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Brasil
Ano 9 - N° 429 - 30 de Agosto de 2015
GIOVANA CAMPOS
giovana@ccbeunet.br
Santos, SP
(Brasil)
 

Dr. Carlos Eduardo Durgante: 

"A religiosidade e a espiritualidade são uma dimensão relevante e ocupam um lugar importante na vida das pessoas em geral"

Geriatra gaúcho lança livro abordando as dimensões físicas, sociais, mentais e espirituais do envelhecimento

A etapa da vida caracterizada como 3ª idade, com suas peculiaridades, só pode ser compreendida a partir da relação que se estabelece entre os diferentes aspectos cronológicos, biológicos, psicológicos e sociais. Mas por que não inserir também o fator religiosidade e espiritualidade para abranger fatores não compreendidos anteriormente?

Com o avanço tecnológico e farmacológico, vive-se mais e com condições de melhorar ainda mais. Mas, como implementar a qualidade de vida nesta realidade? De forma simples e objetiva, o geriatra gaúcho Dr. Carlos Eduardo Durgante (foto) organizou diversos textos sobre a saúde física, social, psicológica e espiritual relacionados ao avançar da idade.

Para falar sobre essa obra, ele concedeu-nos a entrevista seguinte:  

Como surgiu a ideia de organizar textos para compor A Cartilha do Envelhecimento Sadio? 

Logo após o encerramento do IX Mednesp (Congresso Médico-Espírita) que ocorreu em Maceió em 2013, a Dra. Marlene Nobre, então presidente da entidade, me incumbiu de levar adiante esse projeto editorial que dialogasse com o público que vivencia ou se prepara para o envelhecimento. A Cartilha do Envelhecimento Sadio,  é um guia prático escrito por especialistas da área da saúde, da educação e da assistência social de várias AMEs (Associações Médico-Espíritas) e Sociedades Espíritas do Brasil, com  aconselhamentos e orientações fundamentais para um envelhecimento com saúde,  dignidade  e  qualidade de vida.

Por meio desse projeto editorial, estamos oferecendo diversas “ferramentas”  para a construção de um envelhecimento bem-sucedido, através das conexões entre as diversas dimensões que constituem o ser integral: o físico ao emocional, este ao social e todos ao espiritual. 

A Cartilha aborda a dimensão do corpo, das relações sociais e éticas, da mente e dos sentimentos e do espírito. Por que foram escolhidos estes temas? 

Nos dias de hoje não há como abordarmos a temática Saúde Integral e Envelhecimento Humano, sem ampliarmos os horizontes do conhecimento no que diz respeito às dimensões da saúde e da qualidade de vida. Há muitos anos o conceito de saúde engloba os cuidados do corpo, da mente e das relações sociais. Mais recentemente a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu a Dimensão Espiritual na composição do bem-estar integral do Ser Humano. 

Haverá uma próxima cartilha com novos temas concernentes à 3ª idade? 

Certamente que sim, pois apesar de ser apenas  um guia prático e não um tratado sobre envelhecimento, em um segundo fascículo, outras temáticas que não foram abordadas aqui poderão ser exploradas. 

Pelos avanços da medicina, da tecnologia e da indústria farmacêutica, vive-se mais hoje em dia. Podemos dizer que vivemos com qualidade? 

Atualmente a expectativa média de vida brasileira é de 74,9 anos. Estima-se que em torno de 12% da nossa população seja composta de pessoas com 60 anos ou mais e que no mundo existem aproximadamente 900 milhões de idosos. Não há dúvida que estamos vivendo um fenômeno global do envelhecimento humano, mas o mesmo não ocorre no que diz respeito a viver com qualidade. É só observarmos o indicador que mede a expectativa de vida sem incapacidade (Disability Free Life Expectancy, usado pela Comissão Europeia), que permanece estável nos últimos dez anos. Ou seja, o aumento dos anos de vida ainda significa uma sobrevida sem saúde. 

Quando devemos nos preocupar com a saúde física, psicológica e emocional da 3ª idade? Para quem nunca se preocupou, sempre é tempo de começar? Como? 

Um grande estudo publicado em 2010 pelo periódico científico norte-americano Circulation  sinalizou que os comportamentos ou atitudes saudáveis de vida praticados a partir da meia-idade têm significativa e substancial associação com maior longevidade, com um período maior de vida livre de doenças  cardiovasculares, com uma compressão dessas e das doenças crônico-degenerativas para mais próximo do fim da vida, com maior qualidade de vida e com mais baixos custos com os cuidados médicos na velhice.

Evidências científicas confirmam que mesmo após os 65 anos, se essas atitudes de vida saudáveis (incluindo atividade física, controle dos fatores de risco e socialização) continuarem a ser adotadas, ou iniciadas, os resultados benéficos na qualidade de vida e na longevidade se farão presentes. Estudos prospectivos estão sendo realizados e quiçá comprovem a máxima de que quanto mais cedo na vida adotarmos hábitos saudáveis, por mais tempo viveremos com qualidade e dignidade. 

A religiosidade e/ou espiritualidade é um fator importante na vida das pessoas, principalmente após os 60 anos? Por quê? 

Sem dúvida que sim, a religiosidade e a espiritualidade são uma dimensão relevante e ocupam um lugar importante na vida das pessoas em geral, e estão diretamente relacionadas ao surgimento, manutenção e a possibilidade de atenuarem os agravos impostos pelo envelhecimento à saúde física e mental.

A maioria dos idosos, principalmente aqueles que sofrem de alguma enfermidade física ou mental, é religiosa e usa suas crenças e práticas religiosas para enfrentar suas doenças ou quaisquer outras situações relativas à sua existência. Na mensagem final da nossa Cartilha do Envelhecimento, em homenagem a nossa querida Dra. Marlene, afirmamos que a busca de nossa espiritualização nos traz o conforto e o suporte necessário para que enfrentemos todas as dificuldades dessa viagem que é a nossa existência. Quando encontramos o sentido de nossas vidas através de nossa espiritualização, somos capazes de delinear melhor as estações que atravessaremos em nossa jornada terrena.

Obrigado, Luz e Paz! 




 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita