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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 429 - 30 de Agosto de 2015

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, MG (Brasil)

 


Os quatro pontos vulneráveis

A vitória tem a grandeza da dimensão da luta travada

“(...) não nos deixeis cair em tentações, mas livrai-nos do mal.”  Jesus.
(Mt., 6:13.)


A razão dessa súplica que Jesus ensinou-nos a fazer prende-se ao fato de trazermos a nossa economia espiritual extremamente onerada por nossos equívocos e ignorância d`antanho, e, portanto, ainda nos encontramos muito vulneráveis às sugestões do mal.

Observamos na década de sessenta do século passado um superlativo recrudescer do mal na Terra com seu corolário de desequilíbrios e desvarios de vária ordem[1]: “a irrupção incontrolável do sexo desvairado, o alucinar das drogas, a mudança dos padrões morais e o crescimento da violência, o abandono a que as gerações jovens foram atiradas, as falsas aberturas para a liberdade sem responsabilidade pelos atos praticados, a música ensurdecedora, a de metais, a de horror, a satânica e tantas outras ocorrências...

Está claro que o processo antropossociológico da evolução, às vezes, deve arrebentar determinados compromissos para abrir novos espaços experimentais, que irão compor o quadro das necessidades evolutivas do homem e da mulher.

No momento em que a cultura atinge as suas mais altas expressões; quando a Ciência mais se aproxima de Deus, auxiliada pela tecnologia, e o homem sonha com a possibilidade de detectar vida fora da Terra, igualmente campeiam a hediondez do comportamento agressivo; a excessiva miséria de centenas de milhões de pessoas, social e economicamente abandonadas à fome, às doenças, à morte prematura; o erotismo extravagante em generalização; a correria às drogas e aos excessos de toda natureza, tornam-se um verdadeiro paradoxo”.

O Mundo Espiritual e o Mundo Carnal se interpenetram e, por consequência, se influenciam mutuamente, tanto para o bem quanto para o mal, é o que ressalta claro da questão de número 459 de O Livro dos Espíritos: “os Espíritos influenciam os encarnados a tal ponto que, de ordinário, são aqueles que dirigem estes”.

Assim, não fica difícil compreender onde está o fulcro gerador de toda essa onda de permissividade iniciada na referida época: tal gênese encontra-se nas regiões mais trevosas do Mundo Espiritual, obedecendo à esmerada planificação.

A ação cuidadosamente planejada pelos agentes das trevas baseia-se em quatro pontos capitais, aos quais o seu mentor intelectual chamou ironicamente:

AS QUATRO LEGÍTIMAS VERDADES1

“Em reunião privada com os chefes dos grupos, o Soberano das Trevas explicitou o programa que elaborara para ser aplicado em todas as suas diretrizes e com pormenorizado zelo, dividindo-se em quatros pontos fundamentais:

Primeira Verdade: - O homem é um animal sexual que se compraz no prazer. Deve ser estimulado ao máximo, até à exaustão, aproveitando-se-lhe as tendências, e, quando ocorrer o cansaço, levá-lo aos abusos, às aberrações... Direcionar esse projeto aos que lutam pelo equilíbrio das forças genésicas, é o empenho dos perturbadores propondo encontros, reencontros e facilidades com pessoas dependentes dos seus comandos que se acercarão das futuras vítimas, enleando-as nos seus jogos e envolvimentos enganosos. Atraído o animal que existe na criatura, a sua dominação será questão de pouco tempo. Se advier o despertamento tardio, as consequências do compromisso já serão inevitáveis, gerando decepções e problemas, sobretudo causando profundas lesões na Alma.  O plasma do sexo impregna os seus usuários de tal forma que ocasiona rude vinculação, somente interrompida com dolorosos lances passionais de complexa e difícil correção.

Segunda Verdade: - o narcisismo é filho predileto do egoísmo e pai do orgulho, da vaidade, inerentes ao ser humano. Fomentar o campeonato da presunção nas modernas escolas do Espiritualismo, ensejando a fascinação, é item de alta relevância para a queda desastrosa de quem deseja a preservação do ideal de crescimento e de libertação. O orgulho entorpece os sentimentos e intoxica o indivíduo, cegando-o e enlouquecendo-o. Exige coorte, e suas correntes de ambição impõem tributários de sustentação. Pavoneando-se, exibindo-se, o indivíduo desestrutura-se e morre nos objetivos maiores, para cuidar apenas do exterior, do faustoso – a mentira de que se insufla.

Terceira Verdade: - O poder tem prevalência em a natureza humana. Remanescente dos instintos agressivos, dominadores e arbitrários, ele se expressa de várias formas, sem disfarce ou escamoteado, explorando aqueles que se lhe submetem e desprezando-os ao mesmo tempo, pela subserviência de que se fazem objeto, e aos competidores e indomáveis detestando, por projetar-lhe sombra. O poder é alçapão que não poupa quem quer que lhe caia na trampa. Ademais, a morte advém, e a fragilidade diante de outras forças aniquila o iludido.

Quarta Verdade: - O dinheiro, que compra vidas e escraviza Almas, será outro excelente recurso decisivo. A ambição da riqueza, mesmo que mascarada, supera a falsa humildade, e o conforto amolenta o caráter, desestimulando os sacrifícios. Sabe-se que o Cristianismo começou a morrer quando o martirológio foi substituído pelo destaque social, e o dinheiro comprou coisas, pessoas e até o Reino dos Céus, aliciando mercenários para manter a hegemonia da fé.

“Quem poderá resistir a essas quatro legítimas verdades?” – interrogou. - “Certamente, aquele que vencer uma ou mais de uma, tombará noutra ou em várias ao mesmo tempo.”

“Gargalhadas estrepitosas sacudiram as furnas. E a partir de então, os técnicos em obsessão, além dos métodos habituais, tornaram-se especialistas no novo e complexo programa que em todos os tempos sempre constituiu veículo de desgraça, agora mais bem aplicado, redundando em penosas derrotas. Não será necessário que detalhemos casos a fim de analisarmos resultados.”

PROFILAXIA

“Precatem-se, os servidores do Bem, das ciladas ultrizes do mal que tem raízes no coração, e sejam advertidos. Suportem o cerco das tentações com estoicismo e paciência, certos de que o Pai não lhes negará socorro nem proteção, propiciando-lhes o que seja mais importante e oportuno. 

Ademais, não receiem as calúnias dos injuriadores que os não consigam derrubar. Quando influenciados pelos assessores dos gênios do mal, mantenham-se intimoratos nos ideais abraçados.  A vitória tem a grandeza da dimensão da luta travada.”

Jesus, que já previa todos esses acontecimentos, com toda razão, há dois milênios, nos ensinou a suplicar ao Pai Celestial: “não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal”. 


 

[1] - FRANCO, Divaldo Pereira. Trilhas da libertação. 2. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1997, pp. 105-107.


 

 


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