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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 429 - 30 de Agosto de 2015

RICARDO ORESTES FORNI
iost@terra.com.br
Tupã, SP (Brasil)

 



Quando a maldade predomina
 

734 – Em seu estado atual, o homem tem um direito ilimitado de destruição sobre os animais? "Esse direito é regulado pela necessidade de prover à sua nutrição e à sua segurança. O abuso jamais foi um direito.” (L.E., 734.)


Fato como esse divulgado pela imprensa escrita e televisionada do mundo todo que noticiou a morte de um leão retirado premeditadamente para fora da reserva da área de proteção ambiental do Hwange National Park, no Zimbábue, pelo simples prazer de matar, é uma pequena amostra do mal que ainda reside em muitos seres humanos (humanos?). Um dentista americano cujo nome não merece sequer menção, atraiu o animal para fora da área de proteção amarrando uma carcaça de um outro animal na traseira de um jipe que foi seguido pelo leão sacrificado. Quando o “corajoso” dentista teve o animal ao seu alcance, atingiu-o com uma flecha disparada de um arco apropriado para matar grandes mamíferos. O ferimento produzido não sendo suficiente para matar o leão, fez com que ele se arrastasse por cerca de quarenta horas, quase dois dias, sentindo dores e, provavelmente, pressentindo a agonia da morte, sendo perseguido pelo covarde que o flechou. Ao ter o animal indefeso exposto à sua sanha, fuzilou-o com um tiro, decapitou o mesmo e arrancou-lhe a pele que transformou em um valoroso troféu para demonstrar como esse covarde é “corajoso”.

Os Espíritos respondem a Allan Kardec na questão de número 735 d’O Livro dos Espíritos que a caça, quando tem por objetivo o prazer de destruir sem utilidade, como ocorreu no fato divulgado, ocorre pela predominância da bestialidade sobre a natureza espiritual. E o mais grave do que isso: toda destruição que ultrapasse os limites da necessidade, é uma violação da lei de Deus. E o que traz o consolo a quem se sensibiliza com crueldade tamanha como essa que foi cometida: prestarão contas do abuso da liberdade que lhe foi concedida, porque é aos maus instintos que ele cede.

Perfeito! Embora os que tratam os animais com crueldade não creiam, sequer cogitem de que ferem as Leis de Deus, prestarão, no devido tempo e ocasião, contas do mal cometido.

Em reportagem contida da revista VEJA, edição 2437, é informado que o covarde dentista teria pago o equivalente a 170.000 reais para poder satisfazer a sua sanha interior. Depois de esconder-se (por que, se nada fez de errado?), o “grande” e “corajoso” caçador escreveu um bilhete no qual dizia não fazer ideia de que o leão era tão amado. Ora! Que criatura de Deus não é amada por Ele? Não são amadas por indivíduos trogloditas, espiritualmente falando, que se julgam senhores absolutos daquilo que não criaram e que são incapazes de criar, apenas de maltratar para satisfazer o mundo interior agitado pela maldade que ainda conservam dentro de si mesmos.

Infelizmente, determinados países permitem a caça aos animais transformando-os em troféus pelo método da taxidermia (técnica de manutenção da pele, planos e tamanho original dos animais abatidos), que são “recibos” da maldade e da covardia do ser humano, e que são transportados para diversas partes do mundo. Mas o melhor lugar onde serão registrados por muito tempo é na consciência dos covardes autores de tanta maldade.

Albert Schweitzer, que se dedicou a tratar gratuitamente de leprosos na localidade de Lambarené, na África, dizia que não importava saber se um animal podia raciocinar, mas que era capaz de sofrer, e, por isso, o considerava seu próximo. Também esse grande Espírito, que era incapaz de pisar sobre uma simples flor do campo, afirmava categoricamente que quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seus semelhantes.

Pisoteamos flores, poluímos rios e o próprio ar que respiramos, devastamos florestas, matamos por simples crueldade animais inocentes e ferimos brutalmente nossos semelhantes.

Ainda permanece alguma dúvida sobre as afirmativas de Albert Schweitzer? Ou será que o covarde caçador de leões e outros animais é quem está certo?

Talvez também tenha incidido em erro São Francisco de Assis quando considerava a tudo e a todos da obra da criação divina como sua irmã ou seu irmão.

Enquanto julgarmos estar certos, tenhamos a certeza de que o planeta de regeneração manterá a distância necessária para que a dor nos faça mudar de ponto de vista e de atitude. Só então nos tornaremos dignos de um mundo melhor.
                           

 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita