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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 429 - 30 de Agosto de 2015

DIAMANTINO LOURENÇO RODRIGUES DE BÁRTOLO
bartolo.profuniv@mail.pt
Venade - Caminha
,
 Viana do Castelo (Portugal)

 

 

Mãe: uma dádiva divina


Todos os dias do ano, das nossas vidas e da história serão sempre muito pouco para enaltecer e homenagear as múltiplas e profundas dimensões da mulher porque, paulatinamente, com o decorrer dos séculos, a sua influência benéfica tem vindo a fazer-se sentir, bem como o desejo para que ela se posicione no lugar, a que, por mérito próprio, tem direito no seio da sociedade, sendo cada vez mais evidenciado, principalmente por todos aqueles que, sem preconceitos, com toda a humildade e gratidão, reconhecem a insubstituabilidade daquele ser humano maravilhoso.

A Mulher vem assumindo, com espírito de tolerância, também de firmeza, a posição merecida de, em todos os domínios, estar ao lado do Homem, partilhando valores, sentimentos, emoções e funções profissionais, numa sociedade muito exigente, extremamente competitiva, todavia, ainda muito dominada por um certo setor masculino que, receando perder prerrogativas, continua, de forma muito sub-reptícia, algo velada e envergonhada, a conceber normas jurídico-legais, para controlar os sistemas: político, religioso, empresarial e ainda familiar, em muitos lares, para evitar a justa ascensão da Mulher.

Entre as muitas e sublimes dimensões que a Mulher assume na sociedade, provavelmente a sua condição de Mãe (quando realmente o deseja e consegue) será, porventura, o seu, ou pelo menos, um dos seus expoentes máximos, porque, para além das inúmeras tarefas, difíceis e, quantas vezes, incompreendidas, que quase sempre tem de desempenhar, ela é a única pessoa a poder atingir tão grande felicidade: gerar e dar à luz um filho, com sofrimento, alegria e amor, mas também como resultado da sua entrega generosa a um homem que igualmente ama (ou já amou). Impossível igualar uma relação tão profunda.

Ser Mãe em toda a sua plenitude de Mulher, verdadeiramente humana, em todo o seu esplendor, é uma condição que nenhum outro ser poderá igualar ou substituir porque, embora verdade, não só a constituição biológica como a sensibilidade sentimental são caraterísticas que existem genuinamente na Mulher e, além disso, ela comporta uma intuição muito apurada para a proteção do/s seu/s filho/s, tornando-se pouco credível que ela possa ser substituída a partir da concepção e aplicação de leis.

Importa refletir, positivamente, sobre a importância, que em nossos dias, significa ter Mãe; interessa meditar, profundamente, no contributo que a Mulher-Mãe dá à humanidade, no sentido da criação, educação e formação que ela proporciona aos seus filhos, em vista da necessidade de uma sociedade equilibrada: em princípios, valores, sentimentos, emoções e desenvolvimento harmonioso da pessoa humana.

Mas também é necessário que se valorize, se proteja e se conceda às Mulheres condições para que elas possam exercer o seu papel maior, que é ser Mãe, porque, afinal, a Mãe é, por um conjunto de qualidades, capacidades, virtudes, valores e sentimentos, o centro da família, a moderadora, a protetora, a administradora, a educadora, a apaziguadora, a única que, paciente e generosamente, sabe escutar, harmonizar posições dos restantes elementos da família, encobrir quando é necessário amparar.

A família, sendo a base e a principal célula da sociedade, será tanto mais responsável por um mundo justo, quanto melhor for a preparação dos seus elementos constituintes, sendo certo que a figura maternal, quando verdadeira e humanamente existe, é decisiva para a interiorização, realização e consolidação de valores e boas práticas comunitárias, precisamente a partir da intervenção sensata e amorosa da Mãe.

O poder matriarcal, no seio da família, será um fator de estabilidade, uma garantia de compreensão e tolerância, perante situações anormais provocadas, ou não, por algum elemento do agregado familiar; será fonte de amor, de carinho e de aconchego, finalmente, significará o poder moderador, conciliador e solucionador de conflitos. O poder da Mãe impõe-se pelas suas virtudes, valores e sentimentos naturais; não é conquistado pela força, nem pelo divisionismo da família, e muito menos pela intervenção e intromissão de elementos estranhos.

Conhece-se bem o papel da Mãe na criação, educação e preparação para a vida dos seus filhos, pelos quais tudo faz, até ao limite dos maiores sacrifícios. A credibilidade da Mãe e o reconhecimento da sua necessidade formal e prática são de tal maneira visíveis e aceitos que, em grande parte das separações matrimoniais, quando há filhos, estes são entregues à guarda da Mãe, naturalmente, com algumas exceções bem fundamentadas.

Igualmente se julga saber que o abandono dos filhos, por parte do pai, é muito maior do que pela Mãe, como também parece um dado adquirido que, na maior parte das situações, são os avós maternos que apoiam a mãe na criação e educação dos filhos, podendo-se inferir que, em regra, os pais, aqui reportados aos homens, são menos responsáveis do que as mães, em muitas situações, designadamente: por imaturidade, por egocentrismo, por não serem capazes de abdicar de certos vícios e formas de vida.

É indiscutível que há muitas e boas exceções, como também é verdade que existem mães que se revelam incapazes para cuidar dos seus filhos, nalguns casos, porém, sem terem qualquer culpa, porque são surpreendidas por homens e/ou jovens sem quaisquer princípios, valores e sentimentos humanos.

O exercício das funções de Mãe, quando assumido em todas as suas dimensões, enfrentando diferentes e complexas dificuldades, revela bem a grandeza desta condição sublime da Mulher-Mãe, eminentemente feminina, e que por tudo isto deveria ser mais respeitada, mais protegida, mais reconhecida nos seus direitos, enquanto Mulher, Cidadã e Trabalhadora.

Não é nada fácil ser Mãe, ainda que a análise parta de um homem, na medida em que, ao longo da história da humanidade, a Mãe tem arcado com as maiores responsabilidades na família e na sociedade porque, em primeira instância, é ela que prepara homens e mulheres para o mundo; é ela que ensina as primeiras palavras, as boas maneiras, os bons hábitos.

Quem não se sente honrado, feliz e abençoado por ter a Mãe presente, sempre do seu lado, nas alegrias e nas tristezas, nos sucessos e nos fracassos, na saúde e na doença? Quantas pessoas em geral, e quantos filhos, em particular, suspiram pela sua Mãe, ou porque ela faleceu, ou porque teve de abandonar o lar, por razões que nem sempre serão da sua exclusiva responsabilidade? A Mãe, em toda a sua plenitude, é indispensável.

Quantas vezes ao longo da vida recorremos à nossa Mãe: para nos ajudar, material e/ou espiritualmente; quantas vezes ela nos negou a sua ajuda? Quantas vezes nós nos interrogamos, profundamente ansiosos: Mãe, onde estás? Ajuda-me! Não me abandones, Mãe!

É muito difícil refletir ou escrever sobre a Mãe, em geral; e sobre a nossa Mãe, em particular, sem que os sentimentos de amor, de saudade ou até de arrependimento, pelo que de errado tenhamos feito, contra a nossa Mãe, nos chamem à razão, nos alertem para a riqueza que temos, ou perdemos, ou ainda que maltratamos.

De fato, ter Mãe é a maior riqueza que se pode obter neste mundo. Quando a nossa Mãe se nos revela com todo o seu amor, sem limites, nem julgamentos e condenações prévios, nem exigências de nenhuma natureza e que, simultaneamente, nos defende, nos elogia, nos projeta para a vida e para a sociedade, então, consideremo-nos as pessoas mais felizes e mais ricas do mundo, porque é impossível uma felicidade maior do que termos a nossa Mãe.

Reconhecendo-se como insubstituíveis as funções de Mãe, numa sociedade civilizada, defensora e praticante dos mais elementares valores do amor, da dignidade e da felicidade, é tempo de se engrandecer a Mulher, nesta sua dimensão ímpar, concedendo-lhe as condições necessárias para que ela tenha um papel mais ativo e decisivo na formação das mulheres e dos homens que, num futuro próximo, nos vão governar, porque cada vez mais se faz sentir a necessidade de uma sociedade mais humana, mais justa e fraterna.

As Mães de todo o mundo transportam nos seus ventres e lançam para a luz do dia crianças que carecem, não só enquanto tais, mas durante toda a vida, dos valores e sentimentos que suas mães podem e, certamente, lhes transmitem. Nota-se muito bem a diferença de uma criança que está sob a proteção e amor de sua mãe, daquela que não tem ou nunca teve essa bênção divina.

Como é triste ouvir os choros lancinantes de uma criança, ou até de um adulto, a chamar pela sua Mãe, a pedir-lhe socorro, a pedir-lhe comida, agasalho, proteção e amor. Como estas situações penetram bem fundo na consciência de quem sabe o que é ter uma Mãe: o sorriso carinhoso da Mulher que primeiro se ama na vida, a doçura de um beijinho, a suavidade de uma carícia terna e meiga e, também de uma “palmadinha” para nos chamar a atenção das nossas traquinices.

Como é bom ter a Mãe do nosso lado, sem condições, nem exigências, e sempre junto de nós, qual baluarte de defesa das nossas fragilidades! Como é imenso o amor de Mãe que pelos seus filhos é capaz de vencer tudo e todos. Como é essencial o acompanhamento de uma Mãe, ao longo das nossas vidas. Como o mundo seria melhor se nós ouvíssemos os sábios conselhos das nossas mães, os valores e sentimentos que elas nos transmitem.

E como será bom para uma Mãe receber dos seus filhos o respeito, a admiração, o amor incondicional. E, quando necessário, tal Mãe poder contar com o filho, igualmente, do seu lado e com ele resolver os problemas da vida. Como será gratificante para uma Mãe saber que o seu filho lhe proporcionará as melhores condições de vida, que ele a visitará frequentemente, ou que a terá junto de si, se a vida lhe permitir, porque, em quaisquer situações, a Mãe saberá sempre compreender o filho e, enquanto puder, mesmo na velhice, mesmo privando-se de bens essenciais à sua vida e saúde, ela, essa Mãe extremosa e amorosa, continuará a velar pela felicidade do seu filho e, quantas vezes, dos netos.

Seria muito significativo – e revelaria boa formação e sentimentos nobres – se toda pessoa que, sendo detentora de qualquer poder, especialmente os líderes políticos, legislativos e executivos, bem como de todas as atividades, adotasse medidas justas, humanas e adequadas à proteção das famílias em geral, e das Mães em particular.

Afinal, foram e continuam a ser elas, as nossas Mães, aquelas que nos ajudaram a chegar até onde estamos; a elas devemos muitos dos nossos sucessos, do nosso conforto e felicidade. Sem as nossas Mães do nosso lado, sem o seu amor, carinho, tolerância e auxílio, provavelmente, não passaríamos de vulgares criaturas, sem valores, sentimentos e, eventualmente, sem rumo na vida.

Por tudo isto, e não é nada pouco, governantes, que também são filhos, protegei as vossas Mães, as nossas Mães, defendei as Mães de todo o mundo, porque, sem elas, seríamos incompletos. Amemos as nossas Mães. Respeitemo-las através do Amor, da Doação, da Ética, da Gratidão, da Lealdade e da Honestidade. É o mínimo dos mínimos que por elas podemos fazer.

Mãe Querida, onde quer que estejas, um beijo, com imenso amor, do teu filho.


Blog Pessoal:
http://diamantinobartolo.blogspot.com

 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita