WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 9 - N° 428 - 23 de Agosto de 2015
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Trilhas da Libertação

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 35)

Continuamos a apresentar o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995.

Questões preliminares 

A. Quando nos dispomos para o bem, este vem em nosso socorro?

Sim. O desfecho do caso Raulinda foi mais uma prova disso. Basta que a criatura se disponha para o bem e este virá em seu socorro, solucionando quaisquer dificuldades que se apresentem como intransponíveis. (Trilhas da Libertação. O Enfrentamento, pp. 283 e 284.)

B. O dr. Hermann, o cirurgião desencarnado e antigo parceiro do médium Davi, acolheu a proposta de trabalho que lhe fora apresentada?

Sim. Com a proposta, por ele aceita, as futuras cirurgias espirituais seriam realizadas no campo perispiritual, sem cortes físicos nem espetáculos perigosos de exibicionismo desnecessário. O fato produziu um sopro de alegria em todos, prenunciando porvindouras realizações enobrecedoras e mostrando que a ação da caridade jamais cessa e nada a impede, por ser a alma do Bem a expressar-se no amor, iluminada pela fé. (Obra citada. O Enfrentamento, pp. 283 e 284.)

C. Os sequazes do Soberano das Trevas romperam as defesas da Casa Espírita, ou elas lhes foram franqueadas de propósito pelos Benfeitores espirituais?

Elas lhes foram franqueadas de propósito, embora os adversários do Bem pensassem o contrário. O primeiro Espírito a comunicar-se foi o perturbador que estimulara d. Augusta à cena constrangedora contra o médium Francisco. O diálogo com o doutrinador foi inicialmente muito difícil, mas no final, graças às palavras do Sr. Almiro e à intervenção dos Amigos Espirituais, que envolveram o Espírito em diáfana claridade que o reconfortou, asserenando-o como se fora um bálsamo etéreo, ele baqueou, exclamando: “Rendo-me! Não aguento mais este cativeiro. Tenho ânsia de liberdade. Ajude-me, Deus!” Enquanto o Sr. Almiro lhe dirigiu palavras de incentivo, dr. Carneiro envolveu o comunicante em fluidos anestesiantes e ele foi retirado entorpecido, em quase sono, a fim de ser transferido depois para a Colônia a que se vinculava o médico, para tratamento e renovação. (Obra citada. O Enfrentamento, pp. 284 a 289.)

 Texto para leitura

137. O Espírito reencarnante comunica-se e é doutrinado – Na sequência da conversa com Guillaume, Miranda acrescentou: “Quando da sua comunicação você foi aconselhado a não se transformar em cobrador, porque essa é tarefa da Vida, e assim sucedeu. Não há, pois, razão para lamentações inúteis ou novas crises de consciência. Agora, será lícito crescer espiritualmente para auxiliá-la, assistindo-a com os recursos possíveis, e minorar-lhe as aflições através da inspiração frequente e da doação de energias saudáveis. Para consegui-lo, é necessário esforço e devotamento em favor de você mesmo, autoiluminando-se e aderindo a um labor dignificante, no qual supere os impedimentos do egoísmo, os melindres que se derivam das imperfeições, ampliando a capacidade de amor e de serviço. Na razão direta em que adquira valores éticos e títulos de enobrecimento, mais poderá ajudar e assim retribuir o mal de que foi vítima, com todo o bem que lhe cumpre fazer”. Guillaume escutou-o, contrito, interessado, e agradeceu, indagando como poderia começar o programa de autorrenovação. Miranda sugeriu-lhe recorrer ao irmão Vicente, em cujo Núcleo de ação haveria sempre lugar para candidatos ao progresso. Às vinte horas, todos da equipe mediúnica já haviam chegado e se encontravam nos seus lugares de sempre. Depois das leituras iniciais e da prece feita pelo Sr. Almiro, o irmão Vicente, valendo-se da aparelhagem mediúnica de d. Armênia, entreteceu breves considerações e apresentou as instruções a respeito dos compromissos estabelecidos para aquela noite. A união de pensamentos, graças à identidade de objetivos, permitia um clima psíquico superior, condição indispensável ao êxito do tentame com tal magnitude. A primeira comunicação ocorreu por intermédio de Raulinda. Externando mágoa e rebeldia, seu adversário deblaterou, agressivo, ameaçando recuar no processo da reencarnação, provocando o aborto espontâneo. A médium, semiconsciente, enquanto exteriorizava a comunicação, tomava conhecimento da própria gravidez. Inspirado pelo irmão Vicente, Almiro dirigiu-lhe palavras de consolação e esperança. “Observe, meu irmão”, convidou o dirigente. “O seu tem sido um problema de amor fracassado, graças ao qual você se aferra a um plano de vingança absurda. A Divindade, desejando regularizar a ocorrência infeliz, coloca-o nos braços da mulher amada para nova experiência, e você permanece revoltado. Não é uma atitude racional. Nesse cometimento de amor transcendente, a maternidade sublimará os deslizes da afetividade perturbada de antes, e você terá ensejo de receber todo o carinho e desvelo que lhe foram negados. Silencie, por um pouco, o clamor do desequilíbrio e detenha-se a pensar no sacrifício da genitora, sem o apoio do parceiro e quiçá sob o desgosto da família, lutando para preservá-lo. Poderia ela, em um alucinado gesto para manter a aparência de falsa dignidade, providenciar um abortamento criminoso, produzindo-lhe rude choque mediante nova desencarnação prematura...” (O Enfrentamento, pp. 281 a 283.)

138. Basta que a criatura se disponha para o bem e este virá em seu socorro – Foi naquele momento que o Sr. Almiro tomou ciência da gravidez de Raulinda, que não era casada e ficara grávida em circunstâncias para ela constrangedoras. Raulinda, por sua vez, compreendia a ocorrência, tremendo de angústia e medo, visto que estava sendo informada do fato pelo reencarnante, que desse modo a desnudava perante os amigos. Como ali vigoravam a caridade fraternal e o respeito à liberdade do próximo, certamente os irmãos compreenderam o seu drama e alguns sequer se fixariam nele, preocupados antes em ajudá-la, sem vasculhar as causas de suas aflições. O Espírito, porém, deteve-se um pouco em reflexão, amparado pelas cargas fluídicas que Fernando lhe aplicava, e depois respondeu: “Serei filho sem pai, um réprobo na sociedade, por deslize dela, que permanece leviana...” O Sr. Almiro interrompeu-o, energicamente, dizendo: “Não é justo! Sua futura mãe não agiu levianamente. Você lhe ignora as circunstâncias da concepção, não lhe sendo lícito julgá-la. O importante é que lhe será mãe, e toda maternidade é abençoada. Se o pai permanecer omisso, o problema será dele, e a Vida se encarregará de considerar a questão convenientemente. Deixe um pouco o amor-próprio melindrado, o egoísmo absurdo e pense nos testemunhos a que ela se submeterá para desvincular-se com aprumo do dever. Valorize-a e agradeça a Deus a bênção da reencarnação, por que muitos anelam e não conseguem. Agora oremos em louvor e reconhecimento”. A entonação da voz e o sentimento fraterno do Sr. Almiro magnetizaram o adversário da médium, que se sentiu amparado e adormeceu, abraçando a futura mãezinha. Raulinda recobrou, então, a consciência plena, sem convulsão ou choque, igualmente comovida. Inspirada nas reflexões íntimas pelo dr. Carneiro, sensibilizou-se e, em prece silenciosa, entregou-se a Deus disposta a arcar com o ônus das consequências do passo em falso... Súbita alegria a invadiu, levando-a a íntima felicidade desconhecida. O amor encerrava, naquele momento, mais um capítulo da tragédia do cotidiano com perspectivas de ventura. Basta que a criatura se disponha para o bem e este virá em seu socorro, solucionando quaisquer dificuldades que se apresentem como intransponíveis. Em seguida, o dr. Hermann manifestou-se, por intermédio de Leonardo, cujo Mentor anuíra com entusiasmo a respeito da proposta de trabalho com o cirurgião desencarnado, considerando que as intervenções seriam realizadas no campo perispiritual, sem cortes físicos nem espetáculos perigosos de exibicionismo desnecessário. Logo no início da comunicação, os membros do grupo deram-se conta de qual Espírito se tratava, em função das suas características. Fazendo rápida abordagem sobre a mediunidade a serviço da saúde holística, integral, o antigo cirurgião declinou o nome Hans e despediu-se. Houve um sopro de alegria em ambas as esferas ali interpenetradas, programando porvindouras realizações enobrecedoras. É que a ação da caridade jamais cessa; nada a impede e nunca desaparecerá, por ser a alma do Bem a expressar-se no amor, iluminada pela fé. (O Enfrentamento, pp. 283 e 284.)

139. As defesas da Casa são franqueadas de propósito aos sequazes do Soberano – O próximo Espírito a comunicar-se foi o perturbador que estimulara d. Augusta à cena constrangedora contra  o médium Francisco. Valendo-se da faculdade deste, sem delongas, o Espírito externou: “Hoje veremos quem manda neste arraial”. Ouviram-se então estranhos sons de trombetas e grande algazarra fora do recinto. Ridículo cortejo, então, apareceu, e, como se rompessem as defesas – que foram franqueadas a propósito, pois eram aguardados –, estranho séquito e o seu reizete deram entrada com fanfarras e tubas guerreiras. Dr. Carneiro, Fernando e Vicente, que se haviam preparado para o enfrentamento, permaneciam serenos, embora vigilantes, sérios. As barreiras de acesso à sala foram imediatamente recompostas, enquanto o indigitado comunicante prosseguia: “Eis aqui meu Chefe imediato, aquele a quem dou conta das minhas atividades. Notifiquei-o do acontecimento passado que envolvia o biltre de quem me utilizo e a sua apaixonada”. Ruidosa gargalhada de zombaria estrugiu no recinto. O Sr. Almiro, sem qualquer precipitação, respondeu-lhe: “Há um tremendo equívoco na sua assertiva. Nesta Casa o Chefe é Jesus-Cristo, a quem todos devemos consideração e respeito. Os outros, aqueles que porventura se considerem como tal, estão enganados e aos demais enganando”. O irmão Vicente telecomandava o orientador vigorosamente e ele captava-lhe o pensamento com clareza e segurança. – “Refiro-me – aduziu o comunicante – ao nobre Khan Tuqtamich, governador...” – “A governança dele ficou com os despojos ora consumidos pelo tempo”, interrompeu-o o doutrinador. – “Como se atreve a ofendê-lo?” – “Longe de mim o desejo ou a intenção de ser desrespeitoso com quem quer que seja. Sucede que, aqui, reconhecemos apenas um poder, que é o do amor, sob cuja força todas as potências se dobram.” – “Você irá submeter-se à força magnética do meu senhor aqui presente, após o que iremos virar a mesa e demonstrar que a vitória será nossa, conforme acentua o nosso Soberano.” – “O visitante e sua entourage são bem-vindos, mas não os tememos, o mesmo em relação ao seu Soberano de reino nenhum. O único Soberano imperecível é Deus, a Quem apelamos neste momento por sabedoria e amor, para reparti-los com o amigo e os seus companheiros de engodo.” (A súcia espiritual, vendo o chefete espumejar, golpeava o ar, produzindo alarido ensurdecedor, objetivando quebrar a harmonia psíquica do trabalho, para assaltar de improviso os médiuns e levar pânico aos assistentes. Eles haviam vindo com planos inferiores de violência e atrevimento. No entanto, a equipe estava preparada para a pugna com as armas da oração e da caridade, que são insuperáveis. Os participantes, por sua vez, compreenderam a magnitude do momento e mais se recolheram em comunhão com os Espíritos Nobres, mantendo a harmonia do conjunto.) Ao ouvir as últimas palavras do doutrinador, o médium Francisco foi erguido pelo galhofeiro ameaçador, que aumentou o volume de voz como querendo intimidar, no que foi severamente repreendido. “Sente o médium e comporte-se. Não somos surdos, nem receamos falsas posturas enxertadas de bravatas sem sentido. Ordeno-lhe que se comporte”, disse-lhe o Sr. Almiro. (O Enfrentamento, pp. 284 a 287.)

140. O Khan se manifesta e é duramente advertido – A ordem dada pelo dirigente fez-se acompanhada da onda de energia vigorosa e, embora titubeasse, o agressor cedeu, justificando-se: “Sentarei, porque quero. Ninguém me dá ordens, além do meu Chefe”. O Sr. Almiro, sem se perturbar, acrescentou: “Meu amigo, reconsidere sua posição. Em verdade você teme aquele a quem falsamente denomina como seu Chefe, por ser-lhe servil e porque ele o submete ao seu talante, usando dos velhos truques hipnóticos ou arremedos magnéticos. Este é o momento de você libertar-se dele e dos seus sequazes. Não tema! Aqui há segurança, onde ele jamais o alcançará. Não só ele, mas seja quem for. Todos entraram aqui por anuência dos nossos Mentores, que os aguardavam. O problema será conseguirem sair. Pense nisso. E se duvida, permaneça observando os próximos acontecimentos...” Surpreendido com a altivez do irmão Almiro, e observando o siberiano esbravejante, sem qualquer perturbação nos trabalhos, o comunicante pareceu vacilar e gaguejou, enquanto o dirigente concluiu: “Jesus o tem esperado e o recebe com carinho. Por que preferir o medo, a sombra, o ódio e o desgoverno, à paz, à luz, ao amor e ao equilíbrio? Só você pode eleger. Compare o que tem tido, com o que lhe oferecemos, e decida-se. Agora, ou só muito mais tarde, porquanto oportunidade como esta não se repete com facilidade, e mesmo quando volte a ocorrer, as circunstâncias serão outras, piores...” Nesse momento, os Amigos Espirituais envolveram o Espírito em diáfana claridade que o reconfortou, asserenando-o como se fora um bálsamo etéreo. Tomado então de emoção inusitada, ele baqueou, exclamando: “Rendo-me! Não aguento mais este cativeiro. Tenho ânsia de liberdade. Ajude-me, Deus!” Enquanto o Sr. Almiro lhe dirigiu palavras de incentivo, dr. Carneiro envolveu o comunicante em fluidos anestesiantes e ele foi retirado entorpecido, em quase sono, a fim de ser transferido depois para a Colônia a que se vinculava o médico, para tratamento e renovação. Incontinenti, sob o aplauso da malta, o antigo Khan incorporou por intermédio de d. Armênia. Tomando ares de importância, levantou a médium, olhou desafiadoramente os membros da reunião, e falou com os dentes rilhados: “Parece que encontrei alguém com quem vale a pena lutar. Sempre receei não encontrar opositor do meu quilate. Não que o tenha em alta conta, porém o seu atrevimento me desperta curiosidade, quanto o seu topete me chama a atenção. Lutei contra guerreiros famosos e os venci. Arruinei cidades e submeti povos, deixando os sinais da minha passagem por onde estive: cadáveres e escombros, miséria e dor...” – “E morreu como qualquer um”, atalhou o doutrinador inspirado. “A morte tomou-lhe da mão trêmula o cetro de vergonha que o braço enfraquecido não mais pôde deter, não é verdade? E chegou ao mundo espiritual vencido, sem arrogância, odiado pelas incontáveis vítimas que o não pouparam ao vandalismo da desforra. Foi encarcerado nas furnas do horror que vitalizou, espezinhado, arrastado como escravo, na vasa fétida e pantanosa, sofrendo o corroer dos ácidos que o penetraram, dilacerando as carnes da alma sem cessar.” “Aquele que não poupa o seu próximo –  aduziu o doutrinador – , não é poupado da expiação a que se atira.” (O Enfrentamento, pp. 287 a 289.)  (Continua no próximo número.)
 


 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita