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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 428 - 23 de Agosto de 2015

ÉDO MARIANI 
edo@edomariani.com.br 
Matão, SP (Brasil)

 

 

Reconciliar com os
adversários


Ensinou-nos Jesus: “Reconciliai-vos o mais cedo possível com o vosso adversário, enquanto estais no caminho com eles (...)”.

Este precioso ensinamento que temos aprendido, de longa data tem sido entendido como a reconciliação com os adversários conquistados durante a nossa presente existência na Terra.

Kardec, o codificador do Espiritismo, também assim entendeu, além de que tenha também advertido do mal que será para o ofensor se o adversário levar para o mundo espiritual a sua amargura. Em O Evangelho segundo o Espiritismo, livro de sua autoria, no Capitulo X, em certo trecho do item 6, afirma: “Quando Jesus recomenda que nos reconciliemos com o nosso adversário o mais breve possível, não é tendo em vista somente acabar com as discórdias durante a existência atual, mas evitar que elas se perpetuem nas existências futuras. Não saireis de lá enquanto não houverdes pago até o ultimo centavo, isto é, satisfeita completamente a justiça de Deus”.

É justo que assim seja. Que aproveitemos o fato de nos encontrarmos aqui e podermos, enquanto juntos, fazer a nossa reconciliação, evitando ter que sofrer mais tarde, depois dele desencarnado, a sua perseguição e aí, então, será bem mais doloroso o entendimento mútuo, ou termos que enfrentá-lo em existência futura.

No entanto, atualmente, os estudiosos da psicologia, especialmente os psicólogos espíritas, encarnados e desencarnados, têm interpretado o ensinamento de Jesus também relacionado com outros “adversários”, aqueles que se encontram dentro de cada criatura humana. São todos os problemas que portamos de longa data, que foram conquistados pelas nossas primárias atitudes em muitas e variadas existências.

O Espírito Hammed, pela psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto, em seu livro “As Dores da Alma”, relaciona vinte e um adversários ferrenhos com os quais precisamos nos reconciliar o mais depressa possível, para deles nos libertarmos e conquistar assim o ideal luminoso do homem novo, lúcido e integral.

Essa reconciliação não deve ser no sentido de “matar o homem velho”, “extinguir sombras”, “vencer o passado” – expressões que comumente são usadas para processo da mudança interior, como assevera Ermance Dufaux em seu magnífico livro REFORMA ÍNTIMA SEM MARTÍRIO.

A reforma íntima segundo José Herculano Pires deve ser entendida como transformação íntima, pois não é possível reformar as nossas conquistas que nos foram muito úteis no passado distante, mas transformá-las para melhor. Não se trata de eliminar o que fomos um dia, mas, segundo Ermance, “... as expressões que melhor significado apresentam para a tarefa íntima de melhoria serão ‘harmonia com a sombra’ e ‘conquistar o passado’, que redunda em uma das mais belas e sublimes palavras dos dicionários humanos: EDUCAÇÃO”.

Continua Ernance em outro trecho do capítulo 6 do livro já citado:

“Interiorização é aprender a convivência pacífica e amável com as nossas mazelas. É aprender a conviver consigo mesmo através de incursões educativas ao mundo íntimo, treinando o autoamor, aprendendo a gostar de si próprio para amar tudo o que existe em torno de nossos passos”.

“Enquanto usarmos de crueldade com o passado de erros, não o conquistaremos em definitivo. A adoção de comportamentos radicais de violentação desenvolve o superficialismo dos estereótipos e angústia da melhora – estados interiores improdutivos para a aquisição no autoconhecimento e no autotriunfo”. 

Verificamos, assim, que é necessário enfrentarmos sérios desafios na luta sem trégua para a plena reconciliação com ambos os adversários, os externos e os internos, com os quais temos convivido. O conhecimento do Espiritismo nos ajudará sem dúvida, mas a decisão final é de cada um.      


 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita