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Correio Mediúnico
Ano 9 - N° 427 - 16 de Agosto de 2015
 
 

 

Vida e amor

Irmão X


A cena desenrolou-se há quase cinco anos.

O apelo vinha de longe. O cansaço da velha amiga se lhe desenhava no rosto. E o rosto dela se nos refletia no espelho da mente.

Era Dona Maria Eugênia da Cunha, que eu conhecera menina e moça em meus últimos tempos no Rio.

Lembrava-nos a afeição, rogava socorro espiritual.

A jovem de outra época era agora uma viúva, pobre, residindo de favor com o filho único, recém-casado. O chamamento lhe fluía do ser, em nossa direção:

– Meu amigo, em nome de Jesus, se é possível, auxilie-me... Não aguento mais!

Utilizando os recursos do desencarnado, quando pode ganhar distância e tempo, fomos vê-la e encontramo-la, arrasada de angústia, ante os insultos da nora.

Maria Cristina, a boneca que lhe desposara Júlio, o filho que ela preparara com tanto mimo para a vida, não considerava nem mesmo a tempestade lá fora, e ordenava:

– E a senhora saia daqui hoje...

– Mas hoje? Com esta noite? – arrazoava a sogra, em pranto.

– Estou farta, se eu fosse velha moraria no asilo.

– Preciso ver meu filho...

– Isso é que não. Quem manda nesta casa sou eu...

– Sou mãe.

– Seja o que for, saia daqui. A senhora tem irmã no Leblon, tem sobrinhos em Madureira... Pode escolher...

– Maria Cristina!...

– Não dramatize.

– Afinal, você me expulsa deste modo?! Que fiz eu?

– Não vou com a sua cara.

– Minha filha, pelo amor de Deus, não me atire assim porta fora...

– Arranque-se daqui ou não respondo pelo que possa acontecer.

– Júlio!...Quero ver Júlio!...

– A senhora não mais envenenará meu marido com as suas conversas...

– Ah! Meu Deus!...

– Não se escore em Deus para mudar de assunto. Saia agora!

– Preciso arranjar minhas coisas, minha roupa...

– Nada disso... Amanhã, a senhora telefona, que eu mando seus cacarecos...

– Não posso sair assim...

– Vamos ver quem pode mais...

Colocando algum dinheiro nas mãos da sogra, sacudiu-a com violência e, em seguida, puxou-a até a porta e gritou:

– Vá de táxi, vá de ônibus, vá como quiser, mas desapareça!

Inútil qualquer tentame de socorro. A moça, transtornada, não assimilava qualquer apelo de misericórdia.

Num momento, Dona Maria Eugênia se viu empurrada para a rua.

A pobre cambaleou, arrastou-se, e, mais alguns minutos de chuva e lágrimas nos olhos, o desastre... Projetada ao longe por pesado veículo, veio à fratura mortal.

No dia seguinte, identificada pelo filho numa casa de pronto-socorro, largou-se do corpo, ao anoitecer.

Abateu-se o infortúnio sobre o casal. Júlio e Maria Cristina passaram à condição de doentes da alma. Por mais que a mulher engenhasse a escapatória, asseverando que a sogra teimara em sair em visita à irmã, debaixo do aguaceiro, o esposo desconfiava. Desconfiava e sofria.

Dona Maria Eugênia, porém, na espiritualidade, compadeceu-se dos filhos e, conquanto enriquecida de proteção e carinho, não se sentia tranquila ao sabê-los em desentendimento e dificuldade.

Repetia preces, mobilizou relações e, depois de quatro anos, venceu o problema, tornando, de novo, à Terra...

Hoje, fui ver a velha amiga renascida no Rio.

Renasceu de Júlio e Maria Cristina, lembrando uma flor de luz no mesmo tronco familiar. Os pais felizes, agindo intuitivamente, deram-lhe o mesmo nome: Maria Eugênia.

O jovem genitor beijava-a enternecido e a ex-nora, transfigurada em mãezinha abnegada, guardava-a sobre o próprio seio, com a ternura de quem carrega um tesouro.

Meditava nos Prodígios da Reencarnação, à frente do trio, quando o irmão Felisberto, que me acompanhava, falou, entre alegria e a emoção:

– Veja meu amigo!... Não adianta brigar, condenar, ofender, perseguir... A Lei de Deus é o Amor e o Amor Vencerá Sempre.

 

Do livro Cura, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita