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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 426 - 9 de Agosto de 2015

CHRISTINA NUNES
meridius@superig.com.br
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)

 



Convicção da vida espiritual

-“Não adianta! Certeza, certeza mesmo, do que acontece depois da morte ninguém tem. Não existem provas...”


Observamos que por mais que o tempo passe, em meio aos movimentos dentro da divulgação sobre a vida espiritual, mediunidade, reencarnação, e tantos outros temas de relevância inquestionável, em palestras escritas ou em oratórias nas tribunas espíritas ou espiritualistas, volta e meia deparamos com comentários como esse, que nos sinalizam a necessidade urgente de modificação de atitudes e compreensão de certas coisas. 

Inadiável entender que atingimos a efervescência de uma fase nas sociedades humanas em que, para tudo, se exige a exibição imediata da utilidadedo que se pratica, expõe, descobre, e naquilo que se defende. Porque, em tempos de tecnologia avançada, e disseminada em todos os níveis mais vulgares de um cotidiano em que se apertam botões na certeza de que, de forma instantânea, as contas são assim pagas, o livro virtual é, deste modo, folheado; o filme que poucas décadas atrás só era acessível no cinema, ou na TV, é então assistido na tela pequena de um smartphone ou notebook. Deve-se atender à verdade de que a convicção na nossa realidade espiritual maior, definitiva, cuja certeza se pede com urgência para a vitória sobre males milenares que assolam a jornada humana, só acontece a partir de uma adequação da exposição destas mesmas realidades, focando-se no contexto do mundo atual em que vivemos! 

Assim, pergunta-se: os relatos dos experimentos de Crookes, das mesas girantes e pranchetas escreventes, de todo o contexto do Pentateuco elaborado pelos Espíritos em séculos anteriores, mas de difícil estudo para as gerações atuais inseridas numa era da informática de avanços assombrosos a cada quinquênio findo, se tornam obsoletos, e devem ser atirados ao lixo? Obviamente que não! 

Todavia, a prática deste mesmo conteúdo a ser estudado pelo buscador sincero das verdades espirituais deve ser, urgentemente, adaptada às mentes das atuais gerações em trânsito pela Terra! Deve-se, para tanto, acomodar a verdade teórica à aplicabilidade cotidiana de um mundo mergulhado em nova fase de suas lutas coletivas! Por que, então, não se observar o que a própria ciência vem obtendo em termos de progresso de compreensão das dinâmicas energéticas, nas áreas da Física Quântica, e em tantas outras frentes, a fim de se aliar entendimentos que devem convergir para o objetivo final do bem-estar do homem?  

Por que não se falar abertamente em episódios mediúnicos diários, havidos no dia a dia de tantas pessoas que vivenciam minúcias intuitivas, premonitórias, psicográficas, de vidência, e que deixam passar essas experiências sem um olhar mais detido, que revelaria esta outra face mais vasta da Vida, facetas do nosso lar maior e definitivo, após os sucessivos períodos de curta estadia reencarnados neste mundo? 

Afirmações como a que introduz este artigo se repetem como eco insistente porque, no cotidiano massificante das pessoas, não mais se observa o interesse do esclarecimento simples, através do diálogo comum, a partir dos próprios indivíduos envolvidos com o estudo do Espiritismo, e com a sua divulgação mais ou menos ostensiva. No ambiente das práticas diárias de cada um de nós; na hora do almoço, ou do lazer de fim de semana!  

Acredita-se, tacitamente, estar, esta tarefa, relegada aos poucos vultos proeminentes do Movimento Espírita, que de forma periódica atingem algumas centenas de seres com seus discursos e palestras, em muitos casos inspirados; mas que, ao que se percebe, em termos práticos funcionam junto ao despertamento mais acelerado de consciências, da mesma forma anestésica de outras práticas religiosas mecânicas, repetitivas, cujos ouvintes esquecem de todo o conteúdo ouvido, passada apenas meia hora da prédica ou do sermão nos púlpitos. 

No entanto, é preciso mais! Necessário o envolvimento de todos aqueles que já adquiriram, por caminhos diversos, convicções próprias da verdade deste mundo maior,pulsante, dinâmico, dentro e fora de nós, caro leitor - sem intimidação e sem modéstia!  

Porque as pessoas precisam ser lembradas com maior frequência, em meio aos tumultos e correrias dos nossos tempos, de que episódios reputados não mais que como simples, sem maior importância: aquela impressão aparentemente destituída de lógica de que iria telefonar um parente que, para sua surpresa, de repente lhe telefona de fato, ou bate à porta; aquele sonho estranho, cujo conteúdo surpreendentemente se confirmou; aquele reconhecimento forte e estranho experimentado a respeito de alguém que nunca foi visto antes, e outras tantas vivências, tidas como sem lógica, e para as quais o lado racional não acha explicação por mais que se teime, não passam de indícios claros de desempenho mediúnico involuntário, inconsciente, dosEspíritos reencarnados que todos somos!  

É necessário que se conte por aí, sem medo de se passar por maluco, que uma TV ligou sozinha em casa; que algum objeto insolitamente se mexeu; que um “sonho” esquisito se realizou; que um parente desencarnado, através destes mesmos “sonhos”, lhe deu um aviso que se efetivou; que se sente esquisita atração despropositada por este ou aquele país, sem nunca se ter ido lá, ou que se teve a certeza de que conhecia algum lugar visitado, onde nunca se esteve antes! 

Deve-se contar sobre se estar preso no corpo pela manhã sem conseguir se mexer, ainda que devidamente “acordado”; deve-se falar sobre pessoas que aparecem à nossa frente e “somem”, sem explicação plausível... E, estejam certos, impossível que ao menos um destes fenômenos de ordem espiritual não tenha acontecidoalguma vez na vida, para todos nós! Porque refletem leis naturais, e apenas que ainda não explicadas pelo avanço lento de nossa ciência material terrena! 

São esses fatos, dentre tantos outros, caros leitores, a mesma doutrina espírita descrita no Pentateuco, ainda acontecendo, em todas as épocas, nas nossas rotinas diárias! Na prática! Indícios claros de que todos somos Espíritos reencarnados em intercâmbio constante com as dimensões energéticas circundantes, das quais viemos, e para cujos domínios fatalmente voltaremos! 

São indícios de mediunidade espontânea, claros, particularizados em sua expressão, em cada um de nós! Dados, portanto, frontais, indiscutíveis, que, contrariando frequentemente a assertiva do começo desta exposição, nos demonstram, aqui mesmo, que há inúmeros fatos comprobatórios de que a vida existe e persiste fora do corpo físico! 

Não somente ao desencarnarmos, portanto, mas ainda estando aqui, nos sobram evidências de que temos toda uma história que escrevemos em outros lugares e épocas, determinantes do nosso momento presente; e que continuaremos modulando agora, para construir de maneira melhor o nosso porvir! 

Só que se trata,esta certeza, de convicção pessoal e intransferível, porque justificada pelas nossas vivências pessoais, existindo à conta de uma marca d’água! 

Sim! Por mais brilhantes sejam os discursos dos palestrantes espíritas mais ou menos destacados; por mais sublime seja o exemplo da trajetória do querido Chico Xavier, com sua obra social e mediúnica missionária! Se o que se deseja é um progresso real, individual, e da qualidade evolutiva da vida neste pequeno planeta azul, onde em tantas fases são acolhidos os mesmos milhares de Espíritos em avanço consciencial lento; se é que o que se quer não é que o Espiritismo, de modo inevitável, se torne mais uma coleção de dogmas engarrafados, contraproducentes, mofados dentro de livros doutrinários que possuem, é fato, o seu valor inquestionável como fontes teóricas imprescindíveis a um estudo sério de verdades universais; mas livros esses que, no entanto, só podem justificar a sua utilidade dentro da dinâmica atualizada de um contexto vital–não na letra apenas, como nos pontificou o Cristo – mas no espírito da letra, fora dospretendidos formatos definitivos de entendimento ou de significados... 

Se o que se pretende,com sinceridade,é iniciativa própria para se adquirir esta mesma certeza e convicção, aqui e agora, das nossas origens espirituais, e consequente retorno às moradas onde todas as ilusões serão desfeitas, façamos então, cada qual, a nossa parte, nesta tarefa de auxílio mútuo na trajetória evolutiva conjunta! 

Estudemos, sim, os livros basilares; estejamos abertos para as contribuições novas, literárias e orais; mas, acima de tudo, mantenhamos os pés no chão da aplicação prática daquilo que as teorias e doutrinas espíritas nos ensinam– falando com naturalidade a respeito, e nos detendo mais nos acontecimentos que as exemplificam! No segredo da simplicidade da verdade das coisas! 

Sejamos proativos! Não esperemos, passivamente, as grandes palestras, assim como se espera a missa de domingo, para depois se retomar os padrões engessados de se viver. Porque, em tempos em que o que se exige em termos de evolução espiritual real seja a autenticidade de intenções e de atitudes neste sentido, qualquer caminho para as verdades divinas será válido, amigo leitor– desde que seja examinado com sinceridade, e praticado, antes de tudo, por cada um de nós!


 

 


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