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Joias da poesia contemporânea
Ano 9 - N° 425 - 2 de Agosto de 2015

 
 
 

Regresso de Simão Pedro

 Maria Dolores

 

Simão Pedro desperta, além da vida humana.

Retoma, pouco a pouco, as forças da memória,

Terminara, por fim, a luta insana.

Do flagelo por grande pesadelo

Recorda a cruz do fim, levantada ao avesso,

Que aceitara na Terra por vitória...

Sabe que está no Além, pensando em recomeço

Do próprio apostolado...

 

Onde estaria o Mestre Sempre Amado?

E os outros companheiros

De ânimo nobre e forte,

Que o haviam no mundo precedido,

Sob a perseguição sem pausa e sem sentido,

Ao encontro da morte?

 

A brisa da manhã suave e cristalina

Trazia-lhe perfume ao leito novo e alvo...

Indagara Simão: “Que surpresa teria?”.

Tocou o próprio corpo, achou-se são e salvo

E chorava, enlevado, em suprema alegria...

Alguns instantes mais e ouviu, enternecidamente,

Cânticos de louvor e saudação;

Alguém surgiu à porta, de repente,

Envolto em doce luz

A doar-lhe conforto e proteção...

 

Pedro entendeu quem era a bradou-lhe: “Jesus!”.

Erguendo-se, em seguida,

Leve e ágil, gritou: “Ave, Senhor da Vida!...”.

Cristo abeirou-se dele, a enlaçá-lo sorrindo,

Depois vieram outros companheiros,

Instrutores, amigos, mensageiros,

Do júbilo fazendo o festival mais lindo...

 

Pedro enxergou, feliz, os vergéis exteriores...

Eram jardins imensos,

Recheados de flores...

Em profunda euforia,

O ditoso Simão

Tomou a si a mão

Que Jesus lhe estendia

E disse, quase em pranto:

- Senhor; estou cansado,

Não mais me distancies de teu lado.

Trago comigo a dor

Dos que moram no mundo,

Aquele imenso caos, cada vez mais profundo,

De penúria, fadiga e sofrimento.

Não desejo perder as luzes que hoje alcanço,

Permite-me, Senhor ficar contigo,

Neste celeste abrigo.

Necessito de paz, de socorro e descanso...

Ao mundo de onde venho,

Pelas tribulações padecidas no lenho,

Não mais quero voltar.

Desejo aqui viver contigo, neste lar...

 

Mas Jesus apontou-lhe o imenso espaço à frente

E falou-lhe a sorrir:

- Fica, Simão, se estás contente.

Estes sítios são teus,

Tanto quanto de todos os irmãos

Que serviram, na Terra, à bondade de Deus...

Cristo fez pausa e, logo após,

Explicou: “Quanto a mim,

Não posso repousar;

A construção do bem é o meu lugar.

Ouve, Simão!... Enquanto

Houver na Terra um só gemido

Uma gota de pranto,

Enquanto houver no mundo um coração caído,

Devo esforçar-me por permanecer

No trabalho do amor que é meu dever.

Mas, descansa, Simão!... Ver-nos-emos depois,

Nunca houve distância entre nós dois...

 

Afastou-se Jesus,

Entretanto, Simão fitando o Excelso Amigo,

Bradou sem vacilar:

- Senhor, eu vou contigo!...

No passo firme do Divino Mestre,

Ambos se retiraram das Alturas,

Buscando a direção das faixas obscuras

Da vastidão terrestre...

Na retaguarda, em paz, ficou a multidão

De almas angelicais, numa doce canção,

Cujo estribilho recordava

Esta expressão de luz dos hinos galileus:

- Louvado seja o amor!... Bendito seja Deus!...

 

 

Do livro Alma e Vida, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier. 



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita