WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Brasil
Ano 9 - N° 425 - 2 de Agosto de 2015
GIOVANA CAMPOS
giovana@ccbeunet.br
Santos, SP
(Brasil)
 

 
 

O 8o Congresso da ABRAME
discute a visão espírita e a
visão materialista da vida


O evento será realizado em setembro na cidade de Florianópolis

 
O
8o Congresso da Associação Brasileira de Magistrados Espíritas (ABRAME) acontece entre os dias 25 a 27 de setembro, em Florianópolis (SC). Entre os expositores estarão o juiz de direito Pablo Stolze Gagliano, o jurista René Ariel Dotti, o psicólogo Rossandro Klinjey  e o médico Ricardo Di Bernardi. “A visão materialista e a visão espírita em torno da vida”, “Perdão e conciliação”, “A criminologia e a Doutrina Espírita – O debate atual entre determinismo e livre-arbítrio” e “O exercício da magistratura na dimensão extrafísica – Colônias espirituais e Umbral” são alguns dos temas que serão abordados no Congresso.

Confira, em seguida, uma breve entrevista com o atual presidente da ABRAME, Dr. Kéops Vasconcelos (foto), que nos falou sobre a temática e os objetivos do importante evento: 

 O tema do próximo congresso é A visão materialista e a visão espírita em torno da vida. Por que este assunto estará sendo abordado? 

A ABRAME tem pautado suas atividades, ao longo dos seus 15 anos de existência, às demandas que surgem na nossa sociedade, em

especial naquilo que pertine ao enquadramento do conhecimento jurídico ao conhecimento doutrinário. O tema central do 8o Congresso da ABRAME, “A Visão Materialista e a Visão Espírita em Torno da Vida”, foi-nos sugerido pelo tribuno Divaldo Pereira Franco, que inicialmente estava escalado para proferir a conferência de abertura do evento, mas que, lamentavelmente, teve que cancelar sua participação em razão dos problemas de saúde que vem enfrentando. É um tema bastante pertinente, pois vivemos em uma sociedade que tem se mostrado cada vez mais materialista, sem se aperceber das consequências espirituais de seus atos, notadamente no que diz respeito ao direito à vida, posicionando-se muitas vezes de modo equivocado em relação a temas como aborto, anencefalia, eutanásia, pena de morte, legalização do uso de entorpecentes ou redução da maioridade penal. 

Quais outros assuntos que serão proferidos durante o congresso? 

Inserido nessa temática central, diversas palestras serão desenvolvidas no Congresso da ABRAME, tais como “Perdão e Conciliação”, com o juiz Pablo Stolze Gagliano; “A criminologia e a Doutrina Espírita: O debate atual entre determinismo e livre-arbítrio”, com o jurista René Ariel Dotti; “O exercício da magistratura na dimensão extrafísica – Colônias espirituais e Umbral”, com o médico Ricardo Di Bernardi e a advogada Giovana Rosa; “Em busca da caridade perdida – Fundamentos da verdadeira caridade”, a cargo do juiz Pedro Aujor Furtado Júnior; e “A sociedade que nós temos e a sociedade que nós queremos”, com o psicólogo Rossandro Klinjey. 

Quem é o público-alvo e quantas pessoas são esperadas durante o evento? 

O 8o Congresso da ABRAME será aberto ao público em geral, não sendo restrito a magistrados ou a associados. O foco, porém, está nos operadores do Direito em geral, tais como magistrados, membros do Ministério Público, advogados, bem como nos trabalhadores da área de saúde, como médicos, enfermeiros, psicólogos, terapeutas, além de acadêmicos de todas essas áreas. Estimamos que o evento reúna um público de cerca de 300 pessoas, voltadas para a ampliação do conhecimento jurídico-doutrinário e para a partilha da psicosfera de paz e fraternidade que sempre reina nesses ambientes. 

Haverá outras atividades paralelas ao congresso? 

Na programação do congresso teremos o ensejo e a satisfação de promover o lançamento de obras de nossos associados, em especial o primeiro livro publicado pela própria ABRAME, reunindo uma coletânea de artigos de diversos magistrados que foram inicialmente publicados nas edições da Revista da ABRAME, mas que guardam ainda a atualidade e o brilho, por serem atemporais. Será a primeira contribuição da ABRAME ao mercado editorial espírita, mas já temos projetos de outros lançamentos para os próximos anos. 

Quais as próximas atividades da ABRAME? Há cursos ou seminários, além desse 8o Congresso? 

A ABRAME realiza bienalmente o seu congresso. O 8o Congresso será realizado no Costão do Santinho Resort, em Florianópolis (SC), nos dias 25 a 27 de setembro. Ainda não estão definidas as sedes dos congressos seguintes, porém é bastante provável que no ano de 2017 a sede seja a cidade do Rio de Janeiro. A estruturação da ABRAME se dá por meio de delegacias seccionais em cada Estado da Federação, nas quais ao longo do ano costumam ser realizadas com certa frequência atividades doutrinárias, tais como palestras, grupos de estudo, seminários, a exemplo do que ocorre em Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul. 

É possível espiritualizar as leis humanas? 

O universo é regido, dentre outras leis morais, pela Lei de Progresso. As leis humanas vão sendo aperfeiçoadas, ao longo do tempo, aproximando-se cada vez mais das leis naturais, à medida que os homens evoluem intelectual e moralmente. Assim, nesse lento e gradual processo de depuração, a legislação humana vai se espiritualizando. A ABRAME tem papel relevante, no cenário legislativo brasileiro, buscando atuar no esclarecimento da sociedade e também dos legisladores quanto ao acerto ou desacerto de projetos de lei em tramitação, evitando-se que leis com conteúdo de desvalor à vida sejam aprovadas, como seria o caso do aborto, da pena de morte ou da eutanásia. No momento presente, há um esforço da ABRAME, em parceria com diversas outras entidades, pela aprovação do Estatuto do Nascituro, que representará um enorme avanço na legislação brasileira no tocante à garantia da inviolabilidade da vida humana. 

Como o magistrado espírita vê a questão do julgar e punir? 

A missão de julgar os atos das outras pessoas não é fácil, como se pode presumir. Exige do magistrado um elevado grau de discernimento e de humanismo, para mergulhar nos meandros da alma humana e extrair da lei a aplicação ao caso concreto. É evidente que não se pode interpretar a lição de Jesus: “Não julgueis, para não serdes julgados” (Mt, 7:1) como um obstáculo ao julgamento das demandas judiciais, pois o contexto em que ela se insere nos indica que a lição do Mestre se refere às nossas mazelas morais, à maledicência, à intolerância, ao orgulho, que não podemos apontar nos outros sem examinar a nossa própria fraqueza. No estágio evolutivo em que nos encontramos ainda se faz necessária a atuação do Poder Estatal para coibir condutas, restringir liberdades, como um meio imprescindível à pacificação social. Ao juiz espírita cabe, apenas, julgar com o máximo de prudência, agindo com a firmeza necessária, porém com a compreensão das limitações humanas, aplicando as penas não como uma retribuição, um castigo, mas como uma oportunidade de reeducação do delinquente. Devemos julgar os outros da forma que gostaríamos que o outro nos julgasse, se estivéssemos em polos opostos.

 

Nota da autora:

As inscrições para o 8o Congresso da ABRAME podem ser feitas por meio do site http://www.amc.org.br 



 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita