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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 423 - 19 de Julho de 2015

DIAMANTINO LOURENÇO RODRIGUES DE BÁRTOLO
bartolo.profuniv@mail.pt
Venade - Caminha
,
 Viana do Castelo (Portugal

 

 

O prazer da escrita


Muitas são as possibilidades que a vida oferece para o exercício das mais diversas atividades, a fim de se alcançarem determinados objetivos que, em função das expectativas criadas, são mais ou menos conseguidos, proporcionando a quem se envolve em tarefas a eles inerentes, uma relativa satisfação e realização pessoal, o que, quando os resultados são positivos, constitui forte incentivo para se prosseguir, sempre e cada vez melhor.

Escrever é uma atividade complexa porque envolve várias capacidades humanas, para além das funcionalidades físicas, precisamente, da mão que conduz a caneta e/ou o teclado de um computador, tentando acompanhar a espontaneidade e rapidez do pensamento, o que é, praticamente, impossível, assim como faculdades próprias das pessoas: sensibilidade, princípios, valores, sentimentos, emoções, que o autor tenta levar aos seus leitores, com lealdade, amizade, solidariedade, gratidão e muita coragem.

Mas, para além destes “pormenores”, que não são assim tão simples, refletir sobre um tema – organizar, minimamente que seja, o pensamento para que este produza lógica e adequadamente um texto que por sua vez deve respeitar imensas regras ortográficas, sintáticas, éticas, morais e axiológicas – constitui, na verdade, um trabalho difícil, nem sempre enaltecido e compreendido.

O esforço mental que a escrita pressupõe, raramente é valorizado por algumas pessoas, talvez porque os textos escritos implicam, para a sua compreensão, muita concentração e domínio de um ou outro termo, por parte dos leitores, alguns dos quais, nem sequer têm disponibilidade para ocupar um pouco do seu já reduzido tempo livre na análise dos conteúdos e, sobre eles, extrair as ilações que julgarem corretas, independentemente de ficarem, ou não, em sintonia com o pensamento do autor.

A leitura de textos corridos, tal como a reflexão sobre o teor da mensagem que eles transmitem, afigura-se que estará “fora de moda”, porque quase ninguém tem tempo para coisa alguma e, nestas circunstâncias, parece tornar-se mais prático, para tais pessoas, uma linguagem telegráfica, superficial e pretensamente objetiva, pragmática, do tipo “um recado no vão da escada”, mas que nem sempre produz os melhores resultados, considerando-se que esta situação tem vindo a agravar, por via do recurso sistemático às mensagens curtas, quase codificadas, que através dos telemóveis tanto se usa e abusa.

Por outro lado, vem-se comprovando, com muita preocupação, que cada vez se escreve e se lê menos. Que a incorreta construção da frase deturpa a fidelidade e correspondência que se deseja existir entre o pensamento e a escrita, tudo isto agravado pela incapacidade em elaborar um texto sem erros e com uma pontuação correta. Esta, todavia, pode ser efetuada de acordo com a intencionalidade, princípios, valores, sentimentos, emoções e objetivos que o autor pretenda imprimir ao seu texto.

Com todos os condicionalismos, quer pela parte do autor, quer no que respeita ao leitor, a verdade é que se trata de uma tarefa complexa, mas muito estimulante, porque criativa, inovadora e livre. O leitor tem a possibilidade de recriar o texto, criticá-lo, reinterpretá-lo e, no limite, ignorá-lo (que também há quem o faça), mas é sempre livre para contextualizar a mensagem, como muito bem entender, ainda que o seu entendimento não corresponda ao pensamento do autor, até porque não tem de estar de acordo.

Escrever é um ato que implica grande responsabilidade, exposição permanente, relativamente ao público que o vai ler, refletir, criticar, sugerir; e quantas vezes reformular o texto suscita, também, incompreensões, mal-entendidos e, em certas circunstâncias, procedimentos radicais.

Transpor para um texto, que muitas vezes torna público, um pensamento, uma amizade, um desejo, um sentimento, uma emoção, princípios e valores, uma opinião, um estudo, um êxito, um insucesso, reflexão sobre um tema qualquer, comporta sempre algum perigo, confronto e pode deixar sequelas para o resto da vida, se não houver o cuidado, a lealdade e a coragem de se esclarecerem dúvidas, também por isto é que os comentários são muito importantes.

O autor que mais uma vez se expõe comemorou, recentemente, sete anos no exercício da escrita regular que, semanal e ininterruptamente, vem publicando o resultado das suas reflexões e investigações, sobre os mais diversos temas, com especial preocupação no domínio das ciências sociais e humanas: Filosofia, Axiologia, Sociologia, Psicologia, Antropologia, Religião, Política, História, Economia, Educação, Formação, Trabalho, entre muitos outros domínios.

Ao longo destes últimos sete anos, são algumas centenas de artigos publicados, em vários meios da comunicação social, desde Revistas, Jornais, blogs, sites e livros, estes sob a forma de “Antologias”: de autoria própria, em Portugal, são seis; em coautoria, no Brasil, são quatro. Mas que imenso prazer este trabalho, não remunerado, tem proporcionado ao autor! Que grande satisfação e alegria se experienciam!

As reflexões/artigos publicados e a sua continuação no futuro, em circunstância alguma e sob qualquer pretexto, jamais tiveram a mínima e voluntária intencionalidade em prejudicar, injuriar, difamar, denegrir, humilhar ou ofender alguém. Os trabalhos dados à estampa, e os que vierem a ser lançados, para o público analisar, não pretendem atingir ninguém, não se deseja, com eles, exercer quaisquer atos de vingança, nem de desforra, nem perseguição de nenhuma natureza, nem fazer juízos de valor, objetivamente direcionados à idoneidade e bom nome que assiste a todas as pessoas (não há nenhuma razão para que o autor tenha tais atitudes).

As reflexões/artigos que ao longo de sete anos e em número superior a seiscentos e oitenta têm sido acompanhados, analisados, escrutinados e escalpelizados, sob inúmeras perspectivas, e isso é sabido através dos retornos que vão chegando ao conhecimento do autor e que, felizmente, têm sido muito positivos, porque a inteligência dos leitores, a sua compreensão, tolerância e generosidade os levam a formular avaliações extremamente positivas, amáveis, bondosas, livres, estando, ou não, de acordo com a linha seguida pelo autor.

Nesta difícil arte, a de escrever e publicar, uma outra preocupação central do autor tem sido a de expressar o seu pensamento acerca de muitas das suas próprias experiências, ao longo da vida, alguns poucos conhecimentos, nunca se eximindo a manifestar princípios, valores, sentimentos e emoções que, realmente, fazem parte, tanto quanto se julga saber, da sua própria personalidade, da sua maneira de estar na vida, da sua solidariedade, amizade e fidelidade para com um ou outro amigo, sendo certo que as circunstâncias e situações da sociedade em que vive, também de uma ou outra pessoa, por vezes o possam levar a alguma incoerência, ou mesmo, pequenas contradições.

É normal mudar-se de opinião, quando causas profundas impelem as pessoas para a mudança, contudo, apesar de alguma instabilidade emocional, por vezes manifestada, eventualmente, devido a relacionamentos que se afiguram terem-se desconsolidado, por razões alheias ao compositor, todavia, nunca tais circunstâncias conduziram o autor para atitudes incorretas, desrespeitosas, de falta de consideração e estima, para com as pessoas em geral e os leitores em particular. A intervenção literária tem-se pautado por total respeito.

Expor princípios, valores, sentimentos e emoções pode constituir um grande risco, mas vale a pena adotar-se uma postura de verdade, sem reservas, solidária, amiga, leal, com grande gratidão e humildade. Afinal a verdade é sempre a mesma: só uma, com ela se conquista a confiança, o respeito, a amizade e a credibilidade, e deve ser retribuída por quem a recebe.

É um privilégio, dir-se-ia, uma Bênção Divina, ter-se a possibilidade de expor livremente o pensamento num país onde a liberdade de expressão é um direito cívico, constitucionalmente garantido, mas que, por vezes, é mal recebido, porque ainda existe uma certa cultura persecutória, em relação a quem ousa comentar situações que violam os mais elementares direitos humanos.

É uma honra ser lido por tantas pessoas, receber cada vez mais incentivos, ainda que outros tenham sido, ao fim de algum tempo, interrompidos, negados, por razões que o autor desconhece, mas que muito o magoam e julga não merecer tal indiferença, mas um pensador está sujeito a estas vicissitudes, à incompreensão, por vezes, alguma ingratidão que apesar de tudo tenta superar.

Claro que é muito importante perceber que existem leitores verdadeiramente amigos e sinceros, que apreciam o trabalho do autor, que manifestam total solidariedade, que oferecem as suas ideias para melhorar os artigos, que incentivam permanentemente. São estes leitores solidários, amigos, leais, transparentes, que ajudam, com as suas críticas fundamentadas, a melhorar a escrita e as atitudes.

Também é verdade que nem todos os textos agradam a todos os leitores, o que é salutar, porque significa que há opiniões diferentes, o que enriquece as análises, e até contribui para soluções mais equilibradas em relação aos problemas que vão sendo abordados sobre situações do dia a dia, de resto, ninguém é titular absoluto da verdade.

Como é gratificante ouvir e ler comentários sobre os trabalhos que se vão publicando. Como é importante que as análises, diferentes, idênticas ou mesmo divergentes sejam elaboradas e transmitidas ao autor, porque isso estimula para mais: estudo, investigação, reflexão, cuidado nas abordagens dos temas e, por que não, mais entusiasmo no trabalho.

São essenciais os comentários que os leitores produzem porque, no limite, revelam consideração, estima, apreço, por vezes carinho, e valorizam os trabalhos. Por tudo isto é que a gratidão do autor para com os seus leitores em geral, e em particular para com aqueles que comentam, sugerem, incentivam a continuação desta caminhada, é infinita.

Qualquer autor aprecia imensamente os apoios recebidos dos leitores e, nesta linha de pensamento há, justamente, quem defenda igual desejo: «Vivemos na era em que para nos inserir no mundo profissional devemos portar de boa formação e informação. Nada melhor para obtê-las do que sendo leitor assíduo, quem pratica a leitura está fazendo o mesmo com a consciência, o raciocínio e a visão crítica. Espero que gostem do meu blog e deixem sugestões, comentários ou troca de ideias». (Disponível em http://oquemevainacabecaagora.blogspot.pt/, consultado em 02.01.2013.)

Mais de sete anos a escrever e a publicar, semana após semana, é uma grande e agradável responsabilidade. O prazer da escrita torna-se mais profundo, mais permanente, mais cuidado e, acima de tudo, mais direcionado e oferecido com sincera generosidade a todos os leitores, porque é para eles que todo o trabalho é dirigido, que as preocupações em fazer melhor são constantes e “espicaçam” a não parar, enquanto Deus assim o permitir.

É da mais elementar justiça trazer para esta reflexão o inestimável contributo dos órgãos de comunicação e editoras que têm sido postos à disposição do autor, quer a nível local, regional, nacional e internacional. Com efeito, todo este projeto só tem sido possível com o apoio gracioso, sempre disponível, dos respetivos diretores dos órgãos de comunicação, onde são publicados os trabalhos. Sem esta indispensável ajuda os leitores estariam privados de analisar, criticar e incentivar um desígnio que se deseja perdure por muitos anos – essa é a determinação do autor.

O “Dia do Autor Português” foi comemorado este ano (2015) em 22 de Maio. Obviamente que não sendo o autor desta reflexão um escritor renomado, nem tendo possibilidades para igualar aos grandes vultos da literatura, apenas procurou dar o seu modesto contributo e, neste sentido, também pretendeu associar-se a um evento tão significativo, quanto importante, para a divulgação dos nossos princípios, valores, sentimentos, artes e letras.

Muito obrigado pela paciência, compreensão e tolerância na apreciação que tem sido feita ao trabalho de um desconhecido. Muito Obrigado, prezados leitores, e, para finalizar, um pedido para quem deixou de produzir comentários: que retome essa boa prática, porque isso revela solidariedade, amizade, lealdade, consideração, estima, carinho e uma grande firmeza em ajudar quem tem na escrita um imenso prazer. Muito, Muito Obrigado. 


Blog Pessoal:
http://diamantinobartolo.blogspot.com

 

 


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