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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 422 - 12 de Julho de 2015

MARIA MARGARIDA F.  MOREIRA
3m@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)

 

  

Mediunidade e Educação

“Espíritas: amai-vos; este o primeiro ensinamento;
instruí-vos; este o segundo.”
 (1)


Todas as chagas morais da sociedade são provenientes da má educação, da falta de instrução e de estudo. É pela educação que as gerações se transformam, se aperfeiçoam, aprendem a governar-se, conduzir-se como seres conscientes e racionais.

Todos temos necessidade de instrução, tanto intelectual quanto espiritual e também de amor. Através do amor valorizamos a vida e pela sabedoria somos pela vida valorizados. Portanto, amor e sabedoria devem caminhar sempre juntos.

Estudar e servir são rotas inevitáveis na obra de elevação, em qualquer plano de vida. O conhecimento patrocina a nossa libertação, colocando-nos a caminho de novos horizontes, com boas oportunidades de fazer as melhores escolhas, para que as nossas ideias e exemplos reflitam os ensinamentos que Jesus nos deixou, através do seu Evangelho.

Quando se lançavam na França, os fundamentos do Espiritismo, iluminadas entidades que organizavam a Codificação, utilizando-se da personalidade missionária de Allan Kardec, já despertavam os obreiros da primeira hora, para a necessidade da instrução, com a comunicação do Espírito de Verdade exortando incisivo: “Espíritas: amai-vos; este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo”.

Então, há muito que a Espiritualidade Superior vem conclamando, insistindo, através de sucessivas mensagens, pela necessidade do estudo e do trabalho nas fileiras renovadoras do Espiritismo. Dessa forma, amor e instrução, tem sido a palavra de ordem dos mensageiros de Cristo.

E os obreiros da vez somos nós, na condição de medianeiros, de receptores da Espiritualidade, temos o dever de nos colocarmos em condições de mais amplo discernimento da vida dos homens e dos Espíritos, nos afinizando com os princípios elevados, através do estudo, da fixação dos ensinos Espíritas.

A maioria dos homens habituou-se a crer que médium só é aquele que em mesa específica de trabalhos mediúnicos psicografa ou fala, ouve ou vê os Espíritos, alivia ou cura os enfermos. Esse é o pensamento errôneo, geralmente, difundido além das fronteiras do Espiritismo, pois ao discutirmos tema elevado, em qualquer lugar e hora, somos, muitas vezes, intérpretes de Espíritos sérios que de nós se aproximam, atraídos pela seriedade da conversação.

Ao contrário, em momento de invigilância vocabular, no trato com problemas humanos, atraímos Espíritos desajustados que, sintonizados conosco, nos fazem porta-voz de suas induções. Com as luzes da Doutrina Espírita o médium educar-se-á para vigiar as próprias comunicações e aplicar sua faculdade para o bem de todos.

O Espiritismo oferece regras normativas para o bom exercício da mediunidade, tornando-a fonte de luz e esclarecimento, para que o medianeiro não caminhe às cegas, sem rumo. O médium que se dedica ao aprendizado possibilita a sua própria defesa resguardando-se contra processos obsessivos, vigia a própria vida, disciplina as emoções, cultiva as virtudes cristãs e oferece ao Senhor, multiplicados, os talentos que por empréstimo lhe foram confiados e estará, no silêncio de suas dores, preparando o seu caminho de elevação para o Alto, exercendo sua mediunidade com Jesus. Conforme advertência de O Evangelho segundo o Espiritismo, Capítulo XVI, item 6: “O médium, que não se instrui, é operário negligente, cuja ferramenta será destruída pelas traças ou roubada pelos ladrões”.

A Doutrina Espírita é portadora de importantes informações que oferecem ao médium segurança e harmonia íntima, porém requer demorado e frequente estudo e bem estruturada reflexão para que, melhor assimilada, seja mais facilmente vivida. Os Benfeitores Espirituais estudam sempre, para se tornarem mais úteis no esclarecimento e no consolo. Se nós, médiuns, esperamos auxílio de nossos protetores amigos, é lícito que os mentores espirituais, também, esperem o nosso esforço para o bom desempenho das tarefas que nos foram confiadas.

Aprofundemos, por nossa vez, o pensamento no estudo da revelação kardequiana, reservando algum tempo do dia, da semana, ao estudo frequente, a fim de nos impregnarmos da convicção e da renovação indispensáveis à preservação do patrimônio espiritual com o qual despertaremos além da vida orgânica.


(1)
KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Capítulo VI, item 5 - 3ª ed. São Paulo: FEESP, 1991.


Bibliografia:

XAVIER, Francisco Cândido. Pensamento e Vida (Pelo Espírito Emmanuel). 9ª ed. Rio de Janeiro: Lição 4, 1991.

PERALVA, Martins. Estudando o Evangelho. 11ªed. Rio de Janeiro: FEB, Cap. 45 - 2010.


 

 


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