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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 422 - 12 de Julho de 2015

MARCOS PAULO DE OLIVEIRA SANTOS
mpoliv@bol.com.br
Taguatinga, DF (Brasil)

 

  

Síndrome da angelitude


O objetivo precípuo da reencarnação é aproximar cada vez mais o ser humano da humanidade. Pode parecer uma contradição, mas não é.

Não somos ainda humanos completos. Estamos extremamente distanciados da humanidade, porque ainda vivemos na consciência do sono (com as exceções compreensíveis).

Como se não bastasse isso, muitos espíritas, incautos, acreditam firmemente que pelo fato de serem assíduos às atividades dos centros espíritas serão guindados à condição de angelitude e serão recebidos com encômios pelos numes tutelares. É a síndrome da angelitude!

Alguns têm a pachorra de indicar, inclusive, a colônia espiritual para onde irão após a desencarnação. E, nesse particular, Nosso Lar já está lotadíssima, já que para lá todos querem ir.

Sinceramente, é uma pantomima tal comportamento.

O Espírito Emmanuel já teve ensejo de asseverar que a distância que separa um cão de nós é a mesma que nos separa de um anjo. Então, para que tanta prosápia?

Façamos uma análise superficial das contradições humanas e vejamos quão distantes estamos da angelitude.

De que adiantam as realizações no bojo do centro espírita e as condutas reprocháveis no cadinho doméstico?

Para que serve a fingida bonomia no diálogo fraterno e a tirania no emprego para com os subordinados?

Para que a utilização de palavras doces como “irmão”, “Cristo”, “caridade” no trato com os colegas de centro espírita e os xingamentos e gestos obscenos nas vias públicas, nos trânsitos?

Por que homens e mulheres vão a púlpito prometer a melhoria das condições de vidas das pessoas e, ao chegarem aos cargos públicos, desviam as verbas da merenda escolar; das áreas da saúde e do saneamento básico; deixando milhares de pessoas em condições miseráveis?

Ora, não é necessária alquimia interpretativa para se compreender que estamos extremamente distantes de uma condição angélica. Mal podemos nos considerar efetivamente humanos.

Basta um minuto de invigilância e brotam de nosso íntimo os instintos agressivos. Não fossem as leis que regem as relações sociais estrugiriam em todos os cantos a violência e a barbárie. As leis, portanto, sobretudo as penais, servem como freios para que não cometamos atrocidades e, outrossim, tornemo-nos mais civilizados.

Desvencilharmo-nos da brutalidade (da animalidade), eis o objetivo impostergável; e um exercício permanente. Faz-se necessário que compreendamos a nossa pequenez, não como um complexo de inferioridade, mas, calcados numa consciência profunda, termos o pés no chão e a mente voltada para o mais alto para que compreendamos a evolução como uma longa jornada.

O caminho é demasiado longo e conhecer a si mesmo é uma tarefa que envidamos há muito tempo. Assim, paremos com atitudes esdrúxulas de acharmos que seremos salvos tão somente pelo pouco que realizamos nos centros espíritas/nas atividades sociais, muitas vezes, transvestidos de máscaras de fingida bondade. É necessário, primeiramente, aparar as muitas arestas que temos (e realizar aquelas atividades são excelentes exercícios para tal); esforçarmo-nos para sermos melhores e seguirmos as características do Homem de Bem, conforme está insculpido em O Evangelho segundo o Espiritismo.

Talvez, depois desse longo périplo, consigamos nos humanizar. Quanto à condição de angelitude, deixemos de lado; ainda não é o momento.                   


 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita