WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 9 - N° 422 - 12 de Julho de 2015
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Trilhas da Libertação

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 29)

Continuamos a apresentar o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995.

Questões preliminares

A. Como é possível que Espíritos perversos penetrem recintos cuidadosamente preservados e dedicados ao bem?

Muitos estranham realmente esse fato. Ocorre que, quando tais Entidades são atraídas pelas mentes viciosas que as preferem, não se pode evitar-lhes a presença. Como se trata de eleição pessoal e como cada ser respira no clima psíquico que lhe apraz, é inevitável essa comunhão espiritual, tornando-se responsável o invigilante pelos danos que produz, danos que podem dar-se mesmo no recinto da Casa Espírita. (Trilhas da Libertação. Escândalo e Paz, pp. 232 a 234.)

B. Por que não se deve tocar no corpo dos pacientes durante a terapia bioenergética?

Antes de responder a essa pergunta, lembremos que, como relatado nesta obra, o médium Francisco foi acusado de assédio sexual por uma senhora influenciada por um inimigo desencarnado da Casa Espírita. O escândalo só não tomou maiores proporções porque o presidente da instituição, Sr. Almiro, conversou calmamente com a enferma, infundindo-lhe ânimo e explicando-lhe que se tratava de uma trama infeliz para afligi-la e desestruturar o médium, gerando ainda suspeição a respeito da Casa.  “Eis por que – disse-lhe o Sr. Almiro – não tocamos em nossos pacientes durante a terapia bioenergética, a fim de não apenas respeitarmos as pessoas, como também, mesmo inconscientemente, não lhes despertarmos sensações perturbadoras.” “A aplicação da energia restauradora é feita na aura e nos chacras, de onde se irradia para os diferentes núcleos e órgãos físicos, assim como áreas psíquicas”, acrescentou o dirigente da instituição, explicando por que não devemos tocar no corpo dos nossos pacientes. (Obra citada. Escândalo e Paz, pp. 234 e 235.)

C. Onde se encontram os nossos mais perigosos adversários?

Infelizmente, como esclareceu o benfeitor espiritual Fernando, os nossos mais perigosos adversários encontram-se em nós próprios, que damos guarida às más influências e as sustentamos com nossos caprichos, orgulhos e pequenezes. (Obra citada. Escândalo e Paz, pp. 236 a 238.)

Texto para leitura

113. Explode o escândalo que tanto se temia – Finda a palestra, Francisco foi cercado por pequeno grupo de companheiros que o saudaram, sorridentes. O tema atingira muitos corações, convidando-os a reflexões otimistas, que deveriam ser incorporadas ao comportamento diário. A senhora Augusta, porém, perturbada pelas emoções em desalinho, supôs que a palestra fora um ardil do jovem para descartá-la, talvez por ser ela mais idosa, enquanto ele preferia pessoas mais jovens. O ciúme envolveu-a, então, e ela derrapou na cólera que não pôde dominar. A rejeição sexual aos desequilibrados da emoção desvaira-os e os torna capazes de qualquer alucinação, porque se acreditam necessitados do plasma genésico, que julgam não poder dispensar, quando, na realidade, trata-se de mero capricho pessoal, de torpeza moral. À medida que via a cena de fraternidade espontânea em torno do jovem, mais se lhe aumentou a ira, o que atraiu o comparsa espiritual, que passou a infundir-lhe mais rancor e estímulos para a agressão. (Muitos estranham que Entidades perversas penetrem recintos cuidadosamente preservados e dedicados ao Bem. Ocorre que, quando são atraídas pelas mentes viciosas que as preferem, não se pode evitar-lhes a presença. Como se trata de eleição pessoal e como cada ser respira no clima psíquico que lhe apraz, é inevitável essa comunhão espiritual, tornando-se responsável o invigilante pelos danos que produz.) Fernando, vigilante, insistia em enviar ondas telepáticas sobre a senhora perturbada, para neutralizar-lhe a paixão desordenada, mas ela as rejeitava. Tomada, então, de inopino, pelo adversário espiritual, que encontrou nela perfeita sintonia, a senhora avançou na direção do grupo de jovens, irrompendo com azedume e agressividade na voz e nos gestos contra Francisco: “Hipócrita! Como se atreve a falar de disciplina sexual, quando lhe sou vítima de galanteios e convites perturbadores, sem qualquer consideração pela minha posição de mulher casada, que tenho vindo a este lugar em busca de orientação e conforto?” A cena tomou a todos de perplexidade, mas a mulher, lívida e espumejante, prosseguiu, estentórica, ante o médium, paralisado: “Negue, de público, que me tem assediado, insinuando-se e procurando perturbar-me com sua juventude e masculinidade. Quem pensa que sou, e que é isto aqui, afinal, um bordel?” Após dizer estas palavras, ela ia golpear o rapaz, quando o Sr. Almiro, atraído pela voz alterada, segurou-a com firmeza, interrompendo a cena vulgar. (Escândalo e Paz, pp. 232 a 234.)

114. O Mentor pede que Francisco não se defenda e ele obedece – O dirigente sacudiu-a com força e deu-se conta da incorporação de que era vítima a enferma da alma. Como já soubesse dos antecedentes do caso, tentou retirá-la para uma sala próxima, de forma persuasiva. Ela, porém, transtornada ao extremo, gritou reagindo: “Isto não ficará assim... Tenho que desmascarar o farsante e esta súcia de hipócritas. Envergonhada, depois disto, só há uma solução para mim, que é o suicídio...” E prorrompeu em copioso e agitado pranto. As pessoas que assistiram à cena permaneceram estarrecidas. O dr. Carneiro de Campos, sempre ao lado de Francisco, falou-lhe na acústica da alma: “Recorde-se de Jesus e não se defenda. Pague pela honra de ser fiel ao Bem. Mediunidade sem testemunho assemelha-se a bela orquídea sem perfume e de efêmera duração. Defender-se é acusá-la, e ela já está muito infeliz para piorar-lhe a situação”. Trêmulo e pálido, com lágrimas que lhe desciam dos olhos e se originavam no coração, o médium permaneceu imóvel, desfigurado pelo choque horrendo, sem dizer uma palavra. Augusta foi afastada pelo presidente da Casa e levada à sala de passes, onde este procurou aplicar-lhe a terapêutica apropriada. Ao fazê-lo, a pobre mulher, fixada nas paisagens de sensualidade e dominada pelo verdugo espiritual, repetia: “Também o senhor, apalpando-me o corpo? Que deseja?” O Sr. Almiro prosseguiu, impertérrito, até que a deslindou dos fluidos nefastos, afastando o obsessor, que tombava então na própria armadilha, porque ele ali ficaria para posteriores esclarecimentos. Após recobrar a lucidez, d. Augusta deixou-se dominar por volumoso pranto. O escândalo já havia acontecido, embora atenuado pela ação do bem vigilante, mas dera lugar a comentários variados. Uns lamentaram a cena, enquanto outros alfinetaram: “Quem diria? O Francisco, com aquele ar gentil, perturbando a pobre senhora! Não se pode mesmo confiar em ninguém...” O presidente da Casa conversou calmamente com a enferma, infundindo-lhe ânimo e explicando-lhe que se tratava de uma trama infeliz para afligi-la e desestruturar o médium, gerando ainda suspeição a respeito da Casa. “Eis por que – acrescentou o Sr. Almiro – não tocamos em nossos pacientes durante a terapia bioenergética, a fim de não apenas respeitarmos as pessoas, como também, mesmo inconscientemente, não lhes despertarmos sensações perturbadoras.” “A aplicação da energia restauradora é feita na aura e nos chacras, de onde se irradia para os diferentes núcleos e órgãos físicos, assim como áreas psíquicas.” (Escândalo e Paz, pp. 234 e 235.)

115. Nossos piores adversários encontram-se em nós próprios – Mais calma, embora ainda agastada, d. Augusta indagou, fingindo-se vítima: “E agora, como eu ficarei? Após um acontecimento tão desagradável, como me apresentarei ao meu marido e como suportarei a maledicência?” O dirigente ripostou: “Com a mesma disposição com que a senhora deu início ao escândalo injustificável. Isso servirá à amiga como advertência para o restante dos seus dias, na sua atual e preciosa existência carnal”. – “E se eu suicidar-me?” –  “Pior para a cara irmã, porquanto somente aumentará a sua carga de aflição, sem qualquer lenitivo para as próprias angústias. Um erro não elimina outro, sem lhe diminuir a intensidade de danos. Somente a coragem que enfrenta desafios resolve os problemas que criamos para nós mesmos.” (Logo que a senhora saiu, o Sr. Almiro procurou Francisco e estimulou-o ao prosseguimento das tarefas, com esquecimento do incidente desagradável. As horas se encarregariam de anular as impressões perturbadoras, desde que silenciasse diante de quaisquer comentários desairosos, acusatórios ou defensivos.) “A resposta do Bem –  asseverou o dirigente –  é sempre através das ações positivas com o esquecimento de todo o mal.” Dr. Carneiro  e Vicente estavam jubilosos com a experiência da noite. Como Miranda mostrasse alguma preocupação, Fernando esclareceu: “Nossa alegria resulta do mal que não aconteceu, encerrando um capítulo que poderia ter tido consequências funestas. Observamos o bem operante, mas não avaliamos os males que deixaram de ter curso. Esse desagradável acontecimento breve passará. Francisco aprenderá a adquirir harmonia no vendaval, prosseguindo no ministério mediúnico responsavelmente, cada dia com mais cuidados. D. Augusta, sentindo-se sem campo hábil para os seus conflitos e paixões, logo se afastará; o mensageiro do Soberano das Trevas será doutrinado, esclarecido e se dará conta da perda de forças no primeiro embate. Outros virão, como já está ocorrendo, e atingiremos nossa meta, que é despertar as consciências adormecidas, orientando os bons trabalhadores das hostes espiritistas, a fim de que se mantenham vigilantes e fiéis”. “Infelizmente, os nossos mais perigosos adversários encontram-se em nós próprios, que lhes damos guarida e os sustentamos com nossos caprichos, orgulhos e pequenezes.” Miranda entendeu o recado e concordou com o amigo, porque, de fato, geralmente anotamos o que acontece, sem nos darmos conta do mal que não se verifica. Francisco também compreendera melhor a própria problemática sexual, a timidez, e definiu-se pelo empenho espiritual, prometendo a si mesmo exercer as funções psíquicas com grande doação das energias genésicas. Seria essa a forma que elegeria para a sublimação das suas potencialidades físicas, entregando-se mais e mais ao exercício e prática da mediunidade com Jesus. Miranda recordou-se do que ocorrera a Raulinda, com suas consequências de longo porte e viu que Francisco, ao contrário dela, começava ali realmente a própria ascensão, carregando a cruz invisível das provas redentoras, que poderia transformar em asas de luz para a sua libertação. (Escândalo e Paz, pp. 236 a 238.)

116. Uma psicosfera densa envolve a casa de Davi – O domingo de prazer, à borda da piscina do lar de Davi e Adelaide, foi irrigado com alcoólicos e exageros culinários, que levaram os anfitriões ao repouso durante a tarde. Estava marcado para as vinte horas do mesmo dia o atendimento a uma jovem, vinda de outra cidade com seus pais, que aguardavam um verdadeiro milagre. O médium negociara o socorro mediante alta soma, através de um amigo de ambas as partes, recebendo-a antecipadamente. Tratava-se de um esforço financeiro alto para os clientes, além de um sacrifício para a criança de seis anos, submetida a uma viagem penosa e dorida, considerando-se o depauperamento de suas últimas resistências. Dr. Carneiro, Fernando, Miranda e Ernesto iriam participar do labor, a convite do dr. Hermann Grass, que estava gravemente abatido e preocupado com a sucessão de loucuras praticadas por seu pupilo. Anteriormente era-lhe possível controlar a gula financeira e sexual de Davi, aparecendo-lhe severo e ameaçador, repreendendo-o e até mesmo tomando-o, à sua revelia. Com o tempo, à medida que o médium se atirava ao desalinho moral e mental, as faculdades mediúnicas ficaram bloqueadas, sem a sensibilidade necessária para a clarividência. O cirurgião desencarnado compreendia, então, que também contribuíra para o estado a que chegara o médium, por ter sido imprevidente e presunçoso, além de não possuir os valores morais indispensáveis em qualquer tentame de enobrecimento. É que a vida não se desenvolve ao acaso, havendo códigos de equilíbrio que devem ser preservados, sob pena de consequências desastrosas, quando não respeitados ou não tidos em conta. Na casa de Davi, lamentavelmente frequentada por Espíritos vulgares, era fácil perceber a psicosfera densa, negativa, na qual toda a família se movimentava, com prejuízo para a saúde das crianças. Uma hora antes do compromisso o casal despertou, com ressaca e indisposição própria, que alguns medicamentos ingeridos deveriam resolver. Após banharem-se e cuidarem da aparência, os cônjuges desceram para ligeiro lanche, enquanto aguardavam a cliente, seus pais e o intermediário. Uma sala da casa, aparelhada com alguns instrumentos cirúrgicos, estava reservada para o atendimento referido. (Últimas Advertências, pp. 239 e 240.) (Continua no próximo número.)
 



 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita