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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 9 - N° 421 - 5 de Julho de 2015
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Trilhas da Libertação

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 28)

Continuamos a apresentar o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995.

Questões preliminares

A. Pensamentos otimistas ajudam a superar os estados depressivos?

Sim. Pelo menos foi isso que Ernestina explicou à jovem enferma depois de ministrar-lhe o passe. Ernestina disse-lhe que, a partir de então, era necessário que ela mantivesse um bom estado de espírito, e quando sentisse tristeza procurasse substituí-la por pensamentos otimistas. “É muito fácil – explicou Ernestina – superar os estados depressivos, não cultivando as ideias negativas, pessimistas, fixando-se em outras, as que geram bom ânimo, alegria e paz.” (Trilhas da Libertação. Sexo e Responsabilidade, pp. 224 a 226.)

B. É verdade que a palestra e o estudo na Casa Espírita funcionam como uma espécie de psicoterapia coletiva para encarnados e desencarnados ali presentes?

Sim. É o que Manoel P. de Miranda observou na Casa Espírita onde Francisco proferiu a palestra da noite. Segundo ele, tanto a palestra quanto o estudo funcionavam na condição de psicoterapia coletiva para os indivíduos e os Espíritos. Em razão de os encarnados raramente manterem sintonia elevada por muito tempo, os benfeitores espirituais se utilizavam da palavra do expositor para centralizar-lhes a atenção e fazê-los concentrar-se. Agiam então com dedicação e, ao término, ainda sob a psicosfera saudável, realizavam algumas cirurgias perispirituais, separando mentes parasitas dos seus hospedeiros, refundindo o ânimo nos lutadores, apoiando as intenções saudáveis dos que despertavam, enfim auxiliando em todas as direções, mediante os recursos terapêuticos dos passes individuais ou coletivos. (Obra citada. Sexo e Responsabilidade, pp. 226 e 227.)

C. Pode-se dizer que na conduta do indivíduo perante o sexo se encontram as matrizes de muitos problemas da vida?

Evidentemente. Quaisquer desrespeitos às finalidades superiores do sexo tornam-se fatores de desequilíbrios, desajustes, perturbações, gerando ódios inomináveis, rudes embates, sofrimentos dolorosos e sequelas espirituais demoradas. “No sexo – disse Francisco – encontram-se as matrizes de muitos fenômenos que se transferem de uma para outra existência, atando ou libertando os Espíritos conforme a pauta da utilização que se lhe faculte. Dessa forma, quanto mais lúcido o ser, mais responsável se torna pela função, conduta e exercício sexual. Infelizmente, em razão do prazer que proporciona, em todas as épocas e hoje, particularmente, o sexo tem sido instrumento de viciações ignóbeis, de explorações sórdidas, de crimes inimagináveis, tornando-se veículo de promoção social, comercial, artística e cultural, com graves e imprevisíveis consequências.” (Obra citada. Sexo e Responsabilidade, pp. 228 e 229.)

Texto para leitura

109. Como superar os estados depressivos – Prosseguindo nas explicações, Ernestina leu uma página de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, aberto ao acaso, e, depois de proferir uma oração, colocou-se receptiva à influência espiritual para a aplicação de passes na jovem enferma. Miranda, além de concorrer para a ministração do socorro à moça, retirou o doente espiritual da fixação no perispírito da vítima, que bebeu em seguida a água magnetizada oferecida por Ernestina. Transpirando e emocionada, sentindo-se normalizar, a jovem chorou um pouco, mas, confortada pela anfitrioa, disse-lhe com voz débil: “Sinto-me sair de uma espécie de camisa-de-força e de uma nuvem escura, que me dificultavam raciocinar”. Ernestina disse-lhe que, a partir de então, era necessário que ela mantivesse um bom estado de espírito, e quando sentisse tristeza procurasse substituí-la por pensamentos otimistas. “É muito fácil – asseverou Ernestina – superar os estados depressivos, não cultivando as ideias negativas, pessimistas, fixando-se em outras, as que geram bom ânimo, alegria e paz.” Em seguida, acrescentou que esperaria ambas para o culto evangélico e nova terapia bioenergética, a se realizar no dia seguinte, domingo, em sua casa. Mãe e filha despediram-se, já sorrindo, prometendo retornar, enquanto Ernestina, exteriorizando júbilo, deteve-se em atitude de louvor e de agradecimento. D. Apolônia agradeceu a Miranda a sua cooperação, e passaram ambos a entretecer considerações variadas em torno dos distúrbios da depressão e da síndrome de pânico, que se tornaram graves dramas na área do moderno comportamento psicológico do ser humano. Freud afirmou que na raiz de toda neurose há sempre um problema da libido, mas esse pensamento do pai da Psicanálise –  diz Miranda – está incompleto, podendo-se aduzir que na raiz de todo distúrbio da libido encontramos um fator causal determinante que responde pela distonia. Não iniciando o ser a sua história na concepção, sua origem perde-se nas remotas eras da Criação, quando o psiquismo foi gerado e começou a evoluir, atravessando os reinos mineral, vegetal, animal, hoje hominal e amanhã angélico, rumo ao porvir sem limite. A Natureza, que gastou bilhões de anos na elaboração das formas que a constituem, não gerou o ser humano a golpes de acasos perfeitos e determinantes, conforme pretendem algumas correntes materialistas, simplistas e ingênuas. Acima das causas filogenéticas, transformistas, mesológicas, paira a Causalidade Absoluta, que é Deus, seja qual for o nome que se Lhe dê, orientando o processus transformador, evolutivo. (Sexo e Responsabilidade, pp. 224 a 226.)

110. A importância da palestra no tratamento das criaturas – À noite, já na Casa Espírita, Miranda notou que o Mentor havia convidado para a palestra expressivo número de trabalhadores desencarnados, lúcidos e joviais, que cooperavam com o Grupo, durante as explanações públicas, esclarecendo as companhias espirituais infelizes dos encarnados, afastando as mais rebeldes e encaminhando aquelas que se encontravam predispostas à renovação. Tanto a palestra como o estudo funcionavam na condição de psicoterapia coletiva para os indivíduos e os Espíritos. Em razão de os encarnados raramente manterem sintonia elevada, interesse superior por muito tempo, eles se utilizavam da palavra do expositor para centralizar-lhes a atenção e fazê-los concentrar-se. Agiam então com dedicação e, ao término, ainda sob a psicosfera saudável, realizavam algumas cirurgias perispirituais, separando mentes parasitas dos seus hospedeiros, refundindo o ânimo nos lutadores, apoiando as intenções saudáveis dos que despertavam, enfim auxiliando em todas as direções, mediante os recursos terapêuticos dos passes individuais como coletivos. Realmente o repouso significa pobreza de captação dos nossos sentidos. Em toda parte estão o movimento, a ação, a vida. Na hora prevista, o Sr. Almiro proferiu a palestra de abertura e passou a palavra a Francisco, que pouco antes adentrara o recinto visivelmente telecomandado pelo dr. Carneiro. Nesse momento, a senhora Augusta, um tanto contrafeita, chegou à sala e sentou-se a distância, assistida por Fernando. A pobre senhora encontrava-se aturdida. A fixação no jovem, por viciação mental, e a indução obsessiva que estabelecia um plano macabro, afligiam-na. Sentindo-se frustrada nas tentativas do prazer vulgar com o médium, via no Espiritismo um adversário que, afinal, não existia. Dando-se conta de que a conduta cristã do médium era-lhe impedimento ao gozo e à futilidade, deixou-se arrastar por surda antipatia ao código ético da Doutrina Espírita. Depois das palavras convencionais, Francisco, fortemente inspirado, iniciou a palestra, esclarecendo: “O sexo é departamento divino para a preservação da vida na Terra. Ínsito em todas as criaturas, o mecanismo da reprodução é comandado pela Mente Suprema, que gera automatismos iniciais até o momento da conquista da razão, na Humanidade, quando o discernimento estabelece a ética do comportamento saudável para a dignificação dos seres, arrancando-os dos impulsos meramente instintivos para as eleições do amor, em ascese transcendente”. (Sexo e Responsabilidade, pp. 226 e 227.)

111. No sexo encontram-se as matrizes de muitos problemas da vida – O palestrante lembrou, a seguir, as finalidades elevadas a que se destina o sexo: a encarnação, as reencarnações, a permuta de hormônios físicos e psíquicos, a união dos sentimentos e a fixação dos afetos, asseverando que quaisquer desrespeitos às suas finalidades superiores tornam-se fatores de desequilíbrios, desajustes, perturbações, gerando ódios inomináveis, rudes embates, sofrimentos dolorosos e sequelas espirituais demoradas. “No sexo – afirmou Francisco – encontram-se as matrizes de muitos fenômenos que se transferem de uma para outra existência, atando ou libertando os Espíritos conforme a pauta da utilização que se lhe faculte. Dessa forma, quanto mais lúcido o ser, mais responsável se torna pela função, conduta e exercício sexual. Infelizmente, em razão do prazer que proporciona, em todas as épocas e hoje, particularmente, o sexo tem sido instrumento de viciações ignóbeis, de explorações sórdidas, de crimes inimagináveis, tornando-se veículo de promoção social, comercial, artística e cultural, com graves e imprevisíveis consequências. Combatido tenazmente pelos preconceitos religiosos durante mais de mil anos, liberou-se enfim sob o estandarte das conquistas humanas, porém envilecendo-se, corrompendo-se, exaurindo vidas e se transformando em fator essencial a que quase todos aspiram. Conduzido corretamente e dignificado pelo amor, torna-se fonte de alegria, gerando felicidade, harmonizando e produzindo beleza ao lado das criações que proporciona.” O palestrante fez ligeira pausa em sua oportuna análise, ante um auditório absorvido por suas palavras, enquanto d. Augusta, sem sopitar o mal-estar que experimentava, desejava abandonar o recinto, fato que não se deu porque Fernando lhe aplicou energias calmantes, confortando-a com vibrações de reequilíbrio. Miranda notou nesse momento que se retirou da reunião, praguejando, um dos emissários do Soberano das Trevas, que tinha por tarefa produzir o escândalo, envolvendo-a com o médium dedicado. “A verdadeira castidade e nobre conduta sexual – prosseguiu Francisco – não se restringem ao não uso do aparelho genésico, mas, sim, à atitude mental e ao comportamento emocional. A simples abstenção física, acompanhada de tormento interior, é somente uma fuga da realidade, uma transferência no tempo. Faz-se indispensável considerar e compreender que o sexo é departamento do corpo – como o estômago ou outro órgão qualquer –, uma sua função. A conscientização deve caracterizar-se pela disciplina mental, verbal, superando-se as fantasias eróticas muito do agrado das mentes viciosas. Habituando-se o indivíduo aos pensamentos equilibrados, os apelos orgânicos são facilmente bem dirigidos e tranquilizados. O importante não é o exercício da sua função, o ato em si mesmo, porquanto os ases do prazer normalmente se encontram cansados do seu uso, nunca, porém, satisfeitos.” (Sexo e Responsabilidade, pp. 228 e 229.)

112. Em qualquer dificuldade devemos recorrer à oração – Dando sequência à palestra, o orador afirmou que toda função se expressa através do respectivo órgão, como é evidente. “Desse modo – asseverou –, não apenas mediante o exercício funcional nos relacionamentos orgânicos, indispensáveis à procriação, mas também na canalização das forças genésicas para os ideais do bem, do belo e do nobre, a função sexual se expressa e enriquece o ser, harmonizando-o e facultando-lhe amplas possibilidades nas áreas psíquicas, emocionais e físicas. O seu barateamento através da vulgaridade constitui grave empecilho ao equilíbrio do ser humano, que arde em falsas necessidades e variações, distante do respeito por si mesmo e pelo seu parceiro. Foi por essa razão que os Espíritos Nobres, respondendo à pergunta de Allan Kardec, em torno do efeito que teria sobre a sociedade humana a abolição do casamento, foram concisos, esclarecendo que isto seria uma regressão à vida dos animais, com o agravamento do uso da razão perturbada e insaciável. Nessa, como em outras áreas, e particularmente nela, em razão dos seus hormônios poderosos e suas vibrações no campo da emoção, merece ser considerado o intercâmbio com os Espíritos, respectivamente aqueles que se encontram aprisionados nas faixas grotescas da animalidade, das paixões vis. Atraídos pelas mentes encarnadas, fixam-se-lhes, produzindo fenômenos obsessivos de longo curso e vampirizando suas presas atormentadas. Vezes outras, necessitados de prosseguir nas manifestações tormentosas, inspiram os inadvertidos e passam a utilizar-se deles, voltando a fruir o prazer voluptuoso, enquanto o ser orgânico se sente frustrado, insatisfeito, qual ocorre também no alcoolismo, no tabagismo, na toxicomania, etc. A morte não liberta aqueles que se fizeram escravos, por livre opção, das paixões degenerativas.” Encaminhando-se para o final da palestra, Francisco acrescentou: “Em qualquer circunstância, e especialmente na análise desse fenômeno, como na ação sexual, consulte-se o amor, e ele dirá que se não deve fazer ao próximo o que não se gostaria que aquele lhe fizesse. E quando for necessário dirimir qualquer dificuldade, deve-se recorrer à oração, que é tônico de vida e fio invisível de luz que liga o indivíduo aos dínamos geradores de força vital e de paz”. O palestrante entreteceu outras considerações e, por fim, silenciou diante do auditório comovido. Muitos dos presentes permaneceram reflexionando em torno do profundo e delicado tema, enquanto a reunião avançava para o término. O diretor dos trabalhos preparava-lhes o encerramento, quando os especialistas em passes e socorros, que já vinham auxiliando os encarnados e os Espíritos, se uniram no centro da sala, formando pequeno círculo, uns de costas para os outros, e distenderam as mãos que derramavam energias luminosas sobre todos, enquanto era proferida a prece final. (Sexo e Responsabilidade, pp. 229 a 231.) (Continua no próximo número.)
 



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita