WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Especial Inglês Espanhol    

Ano 9 - N° 421 - 5 de Julho de 2015

EUGÊNIA PICKINA 
eugeniapickina@gmail.com
Indaiatuba, SP (Brasil)

 
 

Eugênia Pickina

O ser humano necessita ser...


"Observa com cuidado e verás a multidão aturdida, agressiva, estremunhada, que te parece antipática e infeliz. Em realidade, é constituída de pessoas como tu mesmo, fugindo para lugar nenhum, sem coragem para o autoenfrentamento." Joanna de Ângelis/Divaldo Franco

Conheço pessoas que, apesar de ásperas condições históricas, pela manhã já estão despertas e encorajadas para enfrentar os dilemas cotidianos, confiantes de que viver é um aprendizado contínuo, feito e refeito de erros e avanços. É um ato heroico, elas consideram, viver vivos, dando coerência às suas tarefas de alma, ainda que anônimas.

Conheço outras, no entanto, e mesmo alguns colegas acadêmicos cum laude, cujas vidas entendem insossas e vazias, atribuído o inquieto temor à nossa época permeada pelos excessos do materialismo/fanatismo, sem ignorar a indiferença, um artefato muito cosmopolita.

Frequentemente pouco sensibilizada para a importância de dar significado à própria vida, a sociedade contemporânea se espanta quando as boas condições materiais, aliadas a um irracional consumo, possam ser acompanhadas de sensação de insignificação e desespero diante das coisas da vida, sem esquecer o bando invisível de depressivos e infelizes que hoje tingem o mundo de um plúmbeo sofrer crônico. 

É notório que o sofrimento existe... 

Muita gente ainda não entende que somente metas significativas – e portanto a coragem para ser – podem gerar uma pura alegria ou uma satisfação honesta, pois é tão só o dinamismo dialético entre "ser" e "tornar-se" que põe rumo criativo ao caminho individual, algo que necessita muito ser disseminado,  desde o primórdio da educação humana, e para manter fecundo o campo das convivências, estruturando então uma maior proximidade com os ditames da saúde do corpo-e-alma.

É notório que o sofrimento existe e ninguém diria o contrário.

Mas temos a tendência a intensificar o (mau) sofrer, à medida que, especialmente no Ocidente, somos treinados (e instigados) para não enxergar a impermanência das relações e das coisas, apostando, também por causa deste erro de interpretação, na fruição da felicidade como um "produto" a ser alcançado a qualquer custo e que passa, frente à realidade, a ser fonte de angústias e alvo de uma série de atitudes antissociais.

Felicidade e sofrimento são experiências transitórias e, como indivíduos, o que de fato nos cabe é a aventura de evoluir, de nos conhecer para pensar/viver/conviver melhor.

Sem dúvida, e nas dimensões privada e pública, mais e mais o desejo por sabedoria se faz essencial. Pois, para dizer o menos, a sabedoria, relacionada à verdade, logo contrária à mentira e aos enganos, tem o condão de nos afastar das armadilhas de uma vida comandada pelas ilusões.  

O necessário para viver uma vida escolhida 

Além disso, em um mundo que está em duro trânsito, a sabedoria pode nos assegurar a serenidade de reverenciar, aprendendo a agradecer e a saborear, por exemplo, as pequenas coisas do dia a dia: uma boa refeição, um livro edificante, uma companhia agradável, o abraço de um filho, um dia de chuva, um dia ventoso, a franca certeza do devir, da mudança que impregna todas as coisas...

Embora muitos de nós estejamos afetados por um autoconhecimento superficial, pois largamente dirigidos por comandos materialistas (reducionistas), a qualquer instante podemos decidir por uma vida guiada por significação, portanto rumo à sabedoria.

Que é necessário, então, para viver uma vida escolhida?

Uma disposição corajosa para ser e viver, agindo bem, vivendo lucidamente, a despeito de todo mal que ainda permeia o destino humano – individual e coletivo. “Coragem de alma", como dizia Spinoza.

"Coragem de alma" para avançar, mas fazendo bem-feito a nossa parte – sob a luz da razão e do coração, porque a coragem, uma entre tantas outras virtudes, se como traço de caráter implica fraca sensibilidade ao medo, como qualidade é sempre generosa e por isso tece a biografia dos heróis. E precisamos de heróis, os heróis anônimos, que vivem todos os dias e, no vasto mundo, lucidamente educam seus filhos, cientes da responsabilidade de contribuir luminosamente com o destino humano.

“Coragem de alma” para evoluir, pois o ser humano necessita ser...
 

Visite o blog: www.corujasabida.wordpress.com 

 

 


 
Para expressar sua opinião a respeito desta matéria, preencha e envie o formulário abaixo.
Seu comentário poderá ser publicado na seção de cartas de uma de nossas futuras edições.
 
 

Nome:

E-mail:

Cidade e Estado:

Comentário:



 

 

Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita