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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 9 - N° 420 - 28 de Junho de 2015
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Trilhas da Libertação

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 27)

Continuamos a apresentar o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995.

Questões preliminares

A. Que objetivo com relação ao médium Davi tinha seu inimigo desencarnado?

O objetivo era levá-lo à morte, mas não a uma morte simples, uma morte qualquer. Davi seria levado a provocar, ele mesmo, a cena de sangue, a fim de que fosse culpado da própria morte. “Calar-lhe-emos a arrogância, arrojando-o ao chão e o aguardaremos...”, informou o perseguidor, sob os aplausos de alguns companheiros que haviam sido também levados à reunião na Casa Espírita. (Trilhas da Libertação. Socorros de Emergência, pp. 216 a 218.)

B. Na reunião realizada na Casa Espírita, o dr. Hermann também se manifestou com relação ao médium Davi?

Sim. Por meio do médium Leonardo, o dr. Hermann, dirigindo-se a Davi e admoestando-o com severidade, recordou-lhe os desmandos passados e o compromisso assumido para resgatá-los mediante a ação da caridade. Tão profundas foram as suas palavras e tão grave a situação, que o médico concluiu a comunicação entre lágrimas de ternura e preocupação com o destino do médium desatento, que acompanhou todas as cenas com alguma indiferença. É que o entorpecimento moral a que se entregara asfixiava-lhe o Espírito, face à ilusão do mundo material. (Obra citada. Socorros de Emergência, pp. 216 a 218.)

C. As palavras do dr. Hermann produziram em Davi algum efeito?

Nenhum efeito. Em verdade, na manhã que se seguiu à reunião, ao despertar, Davi comentou com a esposa o pesadelo de que fora acometido durante a madrugada, referindo-se à consciência de culpa a respeito das atividades mediúnicas remuneradas que se permitia. “Não há por que você preocupar-se com isso”, acudiu a ambiciosa consorte. “Houvesse algum problema e o dr. Hermann já se teria manifestado negativamente.” Davi disse-lhe, porém, que no pesadelo pareceu-lhe escutar o médico carrancudo, com expressões severas, admoestando-o. “O pior, porém – acrescentou –, foram as ameaças que alguém me direcionava com azedume e rancor.” A esposa, sem compreender o que ocorrera, observou: “Certamente são as vibrações de inveja de muita gente despeitada ou talvez de alguns Espíritos perturbadores, que nos querem atingir. Nós estamos sob a proteção de Deus e nenhum mal nos acontecerá. Ademais, você atende também os pobres gratuitamente, e que não são poucos, aqueles que são socorridos duas vezes por semana, cansando-se e exaurindo-nos. Temos muitos compromissos sociais, filhos a educar, certo nível a manter na comunidade... Tudo isto são despesas e elas são pagas com dinheiro”. (Obra citada. Socorros de Emergência, pág. 218; e Sexo e Responsabilidade, pp. 219 e 220.)

Texto para leitura

105. O dr. Hermann admoesta o médium Davi com severidade – Finalizando sua exortação ao perseguidor de Davi, o doutrinador foi enfático: Era-lhe preciso aproveitar aquele momento para mudar de diretriz, porque depois seria tarde demais. O que lhe constituiria, então, pequeno esforço, mais tarde lhe imporia pesado ônus. O agente das Trevas disse-lhe, porém, que não se arrependia de nada e que prosseguiria usando o médium até o momento da consumação do seu plano, que era matá-lo. “Ora, matá-lo!”, rebateu o Sr. Almiro, inspirado pelo Mentor. “Ninguém morre. É irônico você dizer-nos que seu chefe planeja matá-lo. Aqui estamos, todos imortais em apresentações diferentes e vivos.” O inimigo de Davi explicou, contudo, que não seria uma morte simples. Davi seria levado a provocar, ele mesmo, a cena de sangue, a fim de que fosse culpado da própria morte. “Calar-lhe-emos a arrogância, arrojando-o ao chão e o aguardaremos...”, completou o perseguidor, que foi, nesse momento, aplaudido por alguns companheiros que haviam sido também trazidos à reunião. A intempestiva manifestação em nada alterou a psicosfera reinante. O dr. Carneiro aproximou, então, o doutrinador do comunicante e, tocando-lhe o chakra coronário com forte indução magnética, ripostou, esclarecendo: “Tudo quanto nos acontece hoje resultará em futuro bem para nós mesmos. Se o nosso Davi, que nos ouve, preferir retornar ao mundo espiritual assistido pelo caro irmão e seus sequazes, aprenderá inesquecível lição que o preparará para a Grande Luz em definitivo. A opção será dele. Quanto a nós, a decisão é prosseguir amando o companheiro desatento e você, a quem convidamos ao sono, ao repouso... Durma... Durma...” À medida que o induzia com palavras, o Mentor aplicava-lhe energias entorpecedoras, e ele adormeceu logo após, embora agitado. Em seguida, Francisco foi convidado a sintonizar com a outra Entidade que viera com Davi, cuja doutrinação ficou a cargo do irmão Vicente. Depois, outros Espíritos se comunicaram, inclusive o dr. Hermann, através de Leonardo, dirigindo-se a Davi e admoestando-o com severidade, ao tempo que lhe recordava os desmandos passados e o compromisso assumido para resgatá-los mediante a ação da caridade. Tão profundas foram as suas palavras e tão grave a situação, que o médico concluiu a comunicação entre lágrimas de ternura e preocupação com o destino do desatento, que acompanhou todas as cenas com alguma indiferença. O entorpecimento moral a que se entregara asfixiava-lhe o Espírito, face à ilusão do mundo material... (Socorros de Emergência, pp. 216 a 218.)

106. Davi acorda preocupado, mas a esposa diz que Deus os protege – As entidades atendidas permaneceram no recinto, quando a reunião foi encerrada com nova e fervorosa oração de graças, enunciada pelo dr. Carneiro de Campos, enquanto os reencarnados foram conduzidos a seus lares. “Mudará Davi de comportamento?” A esta pergunta formulada por Miranda, respondeu Fernando: “O futuro dirá... As entidades que se lhe vinculam aqui permanecerão em repouso. Se ele voltar aos desconcertos morais, atraí-las-á de volta e tudo seguirá como antes... Em caso contrário, recambiá-las-emos a nosso campo de socorro”. “Cada um escolhe e frui o que lhe parece melhor, até o momento em que elege o lídimo amor e se liberta, e se torna feliz.” Na manhã que se seguiu à reunião, ao despertar, Davi comentou com a esposa o pesadelo de que fora acometido durante a madrugada, referindo-se à consciência de culpa a respeito das atividades mediúnicas remuneradas que se permitia... “Não há por que você preocupar-se com isso”, acudiu a ambiciosa consorte. “Houvesse algum problema e o dr. Hermann já se teria manifestado negativamente.” Davi disse-lhe, porém, que no pesadelo pareceu-lhe escutar o médico carrancudo, com expressões severas, admoestando-o... “O pior, porém – acrescentou –, foram as ameaças que alguém me direcionava com azedume e rancor.” A esposa, sem compreender o que ocorrera, observou: “Certamente são as vibrações de inveja de muita gente despeitada ou talvez de alguns Espíritos perturbadores, que nos querem atingir. Nós estamos sob a proteção de Deus e nenhum mal nos acontecerá. Ademais, você atende também os pobres gratuitamente, e que não são poucos, aqueles que são socorridos duas vezes por semana, cansando-se e exaurindo-nos. Temos muitos compromissos sociais, filhos a educar, certo nível a manter na comunidade... Tudo isto são despesas e elas são pagas com dinheiro. Tire, portanto, essas sombras da mente, e recorde-se de que, à noite, você deverá atender uma pessoa muito importante, com a qual nos encontramos comprometidos. Desse modo, distraia-se, faça exercícios na piscina, lembrando-se de que hoje é sábado...” (Socorros de Emergência, pág. 218; e Sexo e Responsabilidade, pp. 219 e 220.)

107. A irreflexão responde por incontáveis males – As palavras da esposa foram como que uma ducha fria na consciência do leviano, colocando a atividade espiritual na pauta dos pesadelos, das ocorrências desagradáveis. Miranda e Fernando a tudo viram, porquanto se encontravam no dormitório da casa, a fim de providenciarem apoio, caso as instruções houvessem recebido consideração e o médium alterasse o campo mental através da sintonia com as forças positivas. Lamentavelmente, nem sequer uma oração ocorrera ao casal. Pouco depois, chegaram alguns amigos e, na piscina, hóspedes e anfitriões entregaram-se aos prazeres do whisky e dos salgadinhos... Não demorou muito e chegou também ao local o sicário vinculado às Trevas, exultante e esbravejando: “Livre novamente! Salvo dos desgraçados lobos em peles de ovelhas, que me desejavam reter. Eis-me de volta. Tudo retorna ao normal. É assim que todos queremos. Aleluia!” Fernando e Miranda envolveram a família em ondas de fraternidade e de paz, enquanto os alegres banhistas se divertiam, embriagando-se a expensas alheias. (A irreflexão responde por incontáveis males. Após as nefastas experiências, quando a irresponsabilidade alcança altos índices de desequilíbrios, queixam-se os nela incursos quanto ao auxílio superior, que dizem não haver recebido, entregando-se aos paroxismos da rebeldia, da alucinação. Através dos pensamentos e das ações, estamos programando sem cessar o nosso futuro. Cada ser retrata hoje o comportamento anterior e delineia na atualidade o que será no futuro. Esta regra é chave e modelo para o entendimento da reencarnação e da sua finalidade ético-moral no processo evolutivo.) De retorno à Sociedade Espírita, os dois companheiros a encontraram em preparativos para a reunião da noite, dedicada aos estudos e comentários da Doutrina. O expositor seria Francisco e o tema em pauta, a questão do sexo. O dr. Carneiro iria inspirar o sensitivo, encaminhando as considerações para o aspecto saudável das atitudes humanas em relação ao aparelho genésico, ao tempo em que pretendia alcançar a senhora Augusta, que se tornara motivo de perturbação para o companheiro. A fim de evitar dificuldades previsíveis, ele iria assistir, a partir daquela hora, o expositor, incumbindo Miranda e Francisco de inspirar a senhora atormentada e levá-la a ouvir a palestra, facilitando ao jovem o diálogo futuro, sugerido pelo Sr. Almiro. A visita à dama conflitada foi estabelecida para as quinze horas, de maneira a eliminar qualquer perturbação que a pudesse impedir de comparecer à atividade da noite. (Sexo e Responsabilidade, pp. 220 e 221.)

108. A depressão e suas múltiplas causas – Antes de seguir à casa de Augusta, Miranda decidiu recolher-se por alguns instantes à sua base de repouso, na residência da senhora Ernestina, cujo lar era verdadeiramente um santuário. Vibrações de paz envolviam-no e a psicosfera que se respirava era de renovadoras energias, que beneficiavam os corpos e os espíritos. Quando ele chegou, Ernestina recepcionava uma senhora visivelmente preocupada, em razão do quadro depressivo que lhe atormentava a filha, moçoila de aproximadamente dezesseis anos de idade. D. Apolônia acompanhava a conversação, inspirando a filha, e pediu a cooperação do visitante no socorro às duas pessoas presentes. Miranda observou, então, a presença de um ser infeliz que transmitia fluidos deletérios e pensamentos infelizes à jovem, ignorando sua situação de desencarnado. O fato fez o amigo recordar-se de lições ministradas oportunamente pelo amorável benfeitor dr. Bezerra de Menezes, ao referir-se às causas das depressões, as quais, segundo o Médico dos Pobres, podem ser endógenas e exógenas. As primeiras vincular-se-iam à hereditariedade, às sequelas de várias doenças, como sífilis, câncer, tuberculose, hanseníase, distúrbios digestivos e, modernamente, de viroses como Aids, etc. As exógenas abarcariam os fatores psicossociais, socioeconômicos, sociocomportamentais. O nobre benfeitor incluía aí, contudo, as psicogêneses obsessivas, vinculadas ao pretérito espiritual dos envolvidos na trama, em processo de ajustamento emocional e recuperação moral. Depois de rápida análise, Miranda percebeu que a jovem enfocada sofria um distúrbio mediúnico, de caráter obsessivo simples, provocado inconscientemente pelo desencarnado que a perturbava, absorvendo-lhe a energia e intoxicando-a, por sua vez, com os seus fluidos de pesadas cargas vibratórias. Sem dúvida, havia uma problemática originária do passado a pesar na economia da vítima, facultando-lhe esse doloroso processo de despertamento para a realidade da vida espiritual, visto que não existem efeitos sem causas equivalentes. No imo do ser dormem as razões da vida, com todos os elementos constitutivos da sua paisagem histórica. Na conversa com a mãe e sua filha, Ernestina explicou que os problemas na existência terrena originam-se no ser profundo, no Espírito, e nele se inicia a terapêutica, no caso das enfermidades, ou a solução, quando são de outra natureza. “Na questão em tela –  explicou – o concurso médico faz-se indispensável, ao mesmo tempo a terapia espiritista: passes, água fluidificada, reuniões de esclarecimento, ao lado, naturalmente, da inestimável cooperação do paciente. Ao enfermo cabe o esforço maior, iniciando pela sua renovação moral mediante a oração, os exercícios de paciência, de humildade e de perdão, que terminam por sensibilizar e esclarecer o agente da perturbação que, conscientizado do mal que vem praticando, modifica-se e liberta a sua presa, liberando-se também.” (Sexo e Responsabilidade, pp. 222 e 223.) (Continua no próximo número.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita