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Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 9 - N° 420 - 28 de Junho de 2015

ORSON PETER CARRARA
orsonpeter92@gmail.com
Matão, SP (Brasil)

 

 
Lúcia Inês Gomes: 

“Dinamizar o processo de propagação da Boa Nova no seio da sociedade atual é medida de urgência”

A presidente do Centro Espírita Seguidores do Cristo fala-nos sobre a tradicional Feira do Livro Espírita de Volta Redonda (RJ)
 

Lúcia Inês Gomes (foto), espírita desde 1982, é natural de Manhuaçu (MG), mas reside em Volta Redonda (RJ), onde preside o Centro Espírita Seguidores do Cristo. Na presente entrevista, ela nos fala sobre a tradicional Feira do Livro Espírita de Volta Redonda, que alcança em 2015 vinte e sete edições, com experiência valiosa para todos e

grandes benefícios para a divulgação espírita, que inclui extensa programação de palestras durante os 14 dias do evento. 


Quando e como surgiu a Feira do Livro Espírita de Volta Redonda?

Em 1985 iniciamos no Centro uma pequena exposição com venda de livros no mês de aniversário da casa, hoje com o nome de Mostra do Livro e já na 30ª edição. Precisávamos atingir um público maior. Em 1988, um grupo de tarefeiros espíritas do Centro Espírita Seguidores de Cristo teve a iniciativa de instalar uma feira do livro espírita em uma das praças públicas no bairro Retiro, em Volta Redonda. Seu objetivo era claro: contribuir com o processo de propagação dos postulados espíritas, através do livro, facilitando o acesso do público à cultura espírita.  

Nesses anos todos você tem contabilizado os números totais de venda dos livros?

Sim. Em 26 anos tivemos uma venda total de 131.960 exemplares. Nos dois últimos anos, de 2013 e 2014, tivemos uma venda de mais de 10 mil exemplares em 14 dias. 

O local de realização da Feira tem sido o mesmo em todos os anos?

Não. As 3 primeiras Feiras foram realizadas em uma praça no bairro Retiro. No Memorial Zumbi, na Vila Santa Cecília, onde a Feira é atualmente realizada, foram realizadas 21 feiras. 

Conte-nos a passagem mais marcante de suas memórias nesses anos todos de realização.

Foram muitas. Cada ano teve sua marca, porém na 2ª FLE-VR, ainda no bairro Retiro, em barracas não muito bem preparadas, no primeiro dia da Feira começou a chover muito e todos os livros ficaram molhados. Os papéis dos livros eram inferiores aos atuais, de modo que, ao pegarmos os livros, sentimos que não ia ficar um exemplar para contar a história. Após a chuva colocamos os livros nas caixas e encerramos os trabalhos daquele dia. Fomos procurar os companheiros do Centro para podermos no dia seguinte ver o que poderia ser feito, pois pelo estado dos livros a Feira não teria como continuar. No dia seguinte um mutirão de amigos compareceu na barraca e, ao abrirmos as caixas dos livros, qual a nossa surpresa: todos os livros estavam sequinhos e em ótimo estado. Foi uma grande lição, pois na primeira dificuldade já estávamos nos desanimando. Seguimos em frente com os trabalhos e sempre lembrando que para a semente germinar e florir há que enfrentar as dificuldades do caminho. 

Como se dá motivação da equipe, como isso ocorre?

Quando encerramos uma Feira, realizamos uma reunião de avaliação da que terminou e já montamos um calendário para o ano seguinte. Realizamos em torno de 8 reuniões e mais algumas extras em equipes. 

Para 2015, qual o período marcado? Fale-nos sobre os palestrantes já confirmados.

Este ano a Feira está programada para o período de 27 de setembro a 14 de outubro de 2015. O local será, como tem sido, o Memorial Zumbi. Estão confirmados: Pedro Camilo (BA), Orson Peter Carrara (SP), Allan Vilches (SP), Wilson Longobucco (RJ), Welerson Santos (MG), Hélio Ribeiro (RJ), Maria Olegária (RJ), Roni Ricardo Maia, Célio Cosme de Faria, Carlos Sant´Anna (estes três últimos de Volta Redonda).  

Fale-nos sobre o efeito da presença de autores com palestras durante a realização do evento?

Iniciamos as palestras, em conjunto com a Feira, na 5ª edição, com a presença dos escritores Lamartine Palhano Jr. (que foi um grande incentivador da feira), Marcus De Mario e outros. De lá para cá, mesmo mudando o local da feira, conseguimos manter a atividade em conjunto. Esse momento é muito importante, pois muitos que estão passando pelo espaço ficam para escutar e também aqueles que não têm conhecimento da literatura espírita são informados pelos oradores sobre a literatura espírita. Nos últimos seis anos conseguimos colocar palestras todos os dias. E nos finais de semana e feriados, colocamos em diversos horários palestras e bate-papo. 

Com relação aos livros a serem expostos, a Feira já os tem em estoque ou a cada ano os obtém em consignação?

Temos uma parceria com a Livraria Girassol, que consigna para a Feira. A Livraria existe para dar esse suporte para a Feira de Volta Redonda e outras que a procuram. 

Algo mais que gostaria de acrescentar?

No ano em que a feira completou 25 anos instituímos como seu patrono o Senhor Isidório Ribeiro, que foi um grande colaborador da Feira desde o seu surgimento. A data principal da feira é o dia 9 de outubro, dia do auto-de-fé de Barcelona, quando comemoramos com muita alegria o fato de ter sido a queima dos livros a 1ª Feira do Livro Espírita no mundo. 

Suas palavras finais.

Historicamente a feira é um marco. Hoje, passadas mais de duas décadas, é possível avaliar o que esse marco significa para o movimento espírita local e regional:

1°) a representatividade pública da Doutrina Espírita perante a sociedade como um todo;

2°) um canal de comunicação com o grande público de Volta Redonda e da região, através do qual se escoa a cultura doutrinária espírita; e

3°) um ponto de encontro dos espíritas, que no decorrer de quatorze dias se confraternizam no recinto da feira.

Por um lado, a feira proporciona o exercício da união das instituições, a partir do momento em que as equipes de trabalho se formam com o apoio das instituições espíritas, constituindo um colegiado de colaboradores pertencentes aos vários centros espíritas locais. Por outro lado, a feira torna-se a fonte de abastecimento de obras espíritas para os centros espíritas e leitores que, por sua vez, atualizam e complementam suas respectivas bibliotecas. No âmbito externo, a feira tornou-se um ponto de referência da cidade, no mês de outubro. Por tudo isso, temos que reconhecer que a feira do livro representa a conquista de um valioso espaço no universo cultural da cidade e da região, que precisa ser preservado e ampliado para que o conhecimento doutrinário espírita alcance o grande público na via pública. A feira, desde a sua 1ª edição, sempre procurou colocar o livro espírita pelo menor preço. Dinamizar o processo de propagação da Boa Nova no seio da sociedade atual é medida de urgência que não se deve deixar para depois, por uma questão até mesmo de caridade. Hoje com 33 anos trabalhando com o livro espírita e pelo livro espírita.


 
 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita