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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 420 - 28 de Junho de 2015

ANSELMO FERREIRA VASCONCELOS
afv@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)

 


Índices perversos - I


O Espírito Joanna de Ângelis esclarece (na obra No Rumo da Felicidade psicografada pelo médium Divaldo P. Franco) que “A decadência atual da ética responde pela degradação da sociedade, prenunciando o fim de um ciclo de evolução, que cede lugar a uma nova consciência de amor e de dever para a construção da paz e da felicidade”. Enquanto aguardamos tais mudanças, o nosso amado Brasil, que outrora recebeu o prognóstico de um dia vir a agasalhar a alcunha de “coração do mundo e pátria do evangelho”, ainda produz estatísticas sociais deploráveis e vergonhosas.

Como nação economicamente emergente seria de se esperar que já tivesse pelo menos obtido avanços substanciais em áreas e dimensões críticas que poderiam, de certo, aliviar a existência das almas que aqui vivem. Mas, infelizmente, não se observa no cenário atual sequer traços de tais realizações, e pode-se também cogitar que sejam algo improvável de serem alcançadas a médio prazo.

Afinal, em pleno século 21 há vilarejos brasileiros que ainda não foram sequer contemplados com a energia elétrica. Ou seja, há gente vivendo no Brasil – refiro-me aqui, por exemplo, às 400 famílias que vivem em São Francisco de Assis do Piauí, conforme reportou o Jornal da Globo recentemente – que não tem acesso à TV, aos eletrodomésticos, aos computadores, a um mínimo de modernidade, enfim. A prova coletiva dessas pessoas é, entre outras coisas, viver à margem das conquistas tecnológicas e do conforto.

É bom recordar que isso acontece num país que aspira ter assento permanente no conselho da ONU e influir em decisões globais, mas que não consegue sequer dar conta das necessidades básicas do seu próprio povo. Não bastasse isso, ainda chega ao desplante de atrair outros povos tão necessitados quanto o nosso por pura demagogia e irresponsabilidade. Veja-se, a propósito, a lamentável condição em que vivem os haitianos em terras brasileiras.

Tais aberrações ocorrem – é sempre pertinente lembrar – numa nação que pelo quinto ano seguido consegue a façanha de ser a pior entre 30 nações com as maiores cargas tributárias do mundo. Dito de outra forma, “o Brasil é o que tem o pior sistema de serviços públicos de qualidade pelo que a população paga de impostos”. Em decorrência de tamanho descalabro, a vida do cidadão comum torna-se cada vez mais penosa.

No entanto, a bazófia contida no discurso oficial não consegue explicar – com um mínimo de coerência e precisão – certas atitudes, ações e políticas de governo que denigrem o nosso país e que tornam a vida dos seus cidadãos uma expiação permanente. Definitivamente, não precisava ser assim, bastasse o interesse coletivo ser colocado acima dos partidários. Por isso, somos todos convocados a bancar um doloroso ajuste fiscal – que suga os nossos recursos sem contrapartidas e estimula a ganância incontida das organizações que aqui operam –, porque nossos governantes atuais simplesmente não conseguiram executar as mudanças e reformas necessárias à nação.

Muitos brasileiros – notadamente aqueles que têm condições – estão deixando o país em busca de melhores oportunidades de trabalho e de prosperidade em outras regiões do mundo. Decepcionados com as crises aqui produzidas e com a falta de direção na administração do país, eles tentam dar novos rumos às suas vidas em terras estrangeiras. Em consequência, o país vem perdendo mão de obra altamente qualificada, assim como valioso capital humano, que tenta a sorte em outras plagas mais favoráveis. Em outras palavras, são pessoas produtivas e preparadas que estão deixando o Brasil; pessoas que já não aguentam mais carregar o peso sufocante do estado em suas costas.

Para os que ficam, entretanto, as perspectivas são sombrias. Apesar da considerável renovação encetada nos quadros congressuais, não foi viável sequer implementar uma modesta mudança na agenda política do país como a adoção, por exemplo, do voto distrital misto – prática corriqueira nas principais democracias do planeta. No final, o que se tem é “mais do mesmo”, isto é, incompetência e má-fé.  No entanto, sem reformas institucionais de peso não há avanços – não nos iludamos ainda mais.

Jesus asseverou que no mundo teríamos aflições, mas acrescentava ao mesmo tempo: “tende bom ânimo, eu venci o mundo” (João, 16: 33). Para nós brasileiros, essa recomendação se aplica cabalmente. Afinal de contas, convivemos com a carestia, desmandos e malversação dos recursos públicos que nos levam a enfrentar mais uma provação coletiva. Mas assim como Jesus venceu a humanidade perversa, nós também haveremos de vencer a ação maléfica de políticos corruptos, mesquinhos e insensíveis que enxameiam essa nação.

Desse modo, para nós, interessados na prevalência do bem sobre a Terra, vencer tal desafio significará a vitória da fé e da confiança em Deus todo-poderoso. Para eles que apenas vislumbram o ganho fácil e as conquistas efêmeras configurará outra derrota moral com graves implicações para o futuro dos seus Espíritos.         


 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita