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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 419 - 21 de Junho de 2015

WELLINGTON BALBO
wellington_balbo@hotmail.com
Salvador, BA
(Brasil)

 


Sou cristão; posso tecer críticas aos políticos?


Um assunto espinhoso é a chamada crítica.

Quem gosta de recebê-la? Ainda não ouvi quem goste, embora alguns já amadurecidos consigam filtrar e extrair pontos positivos sem se deixar abalar.

Emmanuel disse a Chico Xavier certa vez: Se as críticas são verdadeiras, não reclame, se não são, nada de ligar para elas.

Boa orientação, mas para saber aplicá-la é preciso um tanto de sangue-frio, de razão, de analisar a questão como se estivesse de fora. Eis aí um bom exercício para o progresso.

Mas por que falo da crítica? Abordo este tema por conta da crise que nosso país está enfrentando; crise moral, com desmandos, absurdos, corrupção e tantas outras situações que fazem corar o povo brasileiro.

Como proceder ante ao que está ocorrendo?

Como falar, discutir, argumentar, lutar pelos direitos e criticar sem faltar com a caridade cristã?

Complicado, porém, possível.

Para o cristão ainda mais complicado, porquanto Jesus recomendou o perdão, o não julgamento, o olhar o lado positivo das coisas.

Logo, sendo a Terra morada dos Espíritos imperfeitos, fato é que muitos se sentem pouco à vontade para dar alguns “puxões de orelha” no semelhante.

Entretanto, vale lembrar que Jesus não se omitia diante das barbaridades de sua época. O mestre falava mesmo.

Ah, mas era Jesus... E ele podia fazer isso porque reunia condições morais para puxar a orelha de seus contemporâneos.

Digo a você que esse argumento é frágil. Naturalmente que estamos longe da natureza moral sublime de Jesus, todavia, o fato de ainda sermos limitados não nos tira a possibilidade de enxergar inconvenientes e falar, criticar, argumentar.

Inconveniente, segundo os Espíritos, ver apenas o bem tapando os olhos para os absurdos.

Os Espíritos ensinam que é lícito repreender alguém desde que seja com fim útil e de forma moderada.

E onde está o problema?

O problema é que sempre queremos dar publicidade ao mal que os outros fazem, denegrindo o semelhante para que assim sejamos exaltados.

Todavia, ver apenas o bem e deixar as coisas como estão em omisso silêncio pode, também, ser configurado como falta de caridade.

E para ilustrar nosso texto, deixo um fato que pude presenciar certa vez:

Um rapaz costumava apresentar-se aos clientes sempre com forte odor que exalava por baixo dos braços. Os colegas, constrangidos, nada diziam a ele, todavia, quando o rapaz se ausentava, tome-lhe risadas e comentários nada caridosos. Eis que chegou alguém e o alertou sobre seu cheiro. Desde então ele corrigiu-se e passou a apresentar-se melhor. Suas vendas melhoraram, sua reputação cresceu, ele foi promovido a supervisor, de supervisor a gerente, de gerente a diretor... Neste caso o silêncio era pura omissão, e a repreensão tornou-se o gatilho que fez sua carreira ascender...

Vale pensar nisso, refletir no coletivo, conversar, discutir, falar sobre a situação do país e buscar alternativas para a melhoria de todos.

Deus observará nossa intenção, e se esta, mesmo quando tecermos críticas, for a de dar nossa parcela de contribuição, sem o intuito de denegrir instituições ou pessoas, será sempre bem-vinda, pois gerará mudanças. 

 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita