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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 419 - 21 de Junho de 2015

GEBALDO JOSÉ DE SOUSA
gebaldojose@uol.com.br
Goiânia, Goiás (Brasil)

 

 

Manutenção das instituições espíritas


“Nas reuniões doutrinárias, jamais angariar donativos por meio de coletas, peditórios ou venda de tômbolas, à vista dos inconvenientes que apresentam, de vez que tais expedientes podem ser tomados à conta de pagamento por benefícios.

A pureza da prática da Doutrina Espírita deve ser preservada a todo o custo.” (2)


Lamentavelmente, o equívoco de que ora tratamos é recorrente no meio espírita, seja pela falta de estudo – fato muito comum, em boa parte das Casas Espíritas de nosso país –, seja pelos hábitos ancestrais de se valorizar recursos materiais, em detrimento do ensino e da prática moral, essência da Doutrina Espírita.

Em reuniões públicas nos Centros Espíritas, periodicamente há divulgação de eventos com o fim de arrecadar recursos para aplicação nas atividades de assistência e/ou promoção social que desenvolvem.

Às vezes, sinto-me constrangido ao perceber a ênfase e o tempo dedicado à oferta de ingressos dessas promoções ao público presente às reuniões.

Em muitos casos, não fazem convites: coagem as pessoas a adquiri-los e a comprar livros e outros objetos, postando-se estrategicamente na saída dos presentes!

A divulgação de qualquer evento para obter recursos de manutenção das atividades de Casas Espíritas deve ser feita, a meu ver, em local próprio, com indicações precisas, quanto a dia, hora, local de suas realizações e a que se destinam os valores a arrecadar. Que aí se faça convite à participação de todos, e até como fazê-lo, seja na doação de víveres, seja nas preparações que os antecedem. Ou em ambos os casos. 

Quantos não conhecem as atividades dos Centros Espíritas e que se decepcionam, pensando de si para consigo: religião é tudo igual: só pensa em dinheiro!

Quantos estão em tratamento, melhoram e se sentem obrigados a cooperar, ainda que não disponham de meios para fazê-lo? 

[“Dai de graça o que de graça recebestes.” - O Centro Espírita é instituição de acesso totalmente gratuito! Esse tópico, indiscutivelmente, é um dos pontos de honra da Casa Espírita. O desrespeito a esse Ensinamento, além de desvalorizar quaisquer atividades do ponto de vista moral, elimina delas o rótulo de “Espírita”. Além disso, os dirigentes devem evitar solicitar com frequência doações de caráter material durante as reuniões públicas para não constranger os frequentadores. Independentemente do nível econômico da assembleia reunida, não devemos fazer os adeptos sentirem-se pressionados a ajudar materialmente.] – Leonardo Marmo Moreira. Site: www.oconsolador.com.br edição 247, de 12.02.12. 

Resumidamente, eis recomendações do Manual de Administração das Instituições Espíritas – 1995 (p. 161/2). Editado pela USEERJ, e aprovado pelo Conselho Federativo Nacional, da FEB: 

Instituições Espíritas devem observar meios coerentes com os princípios doutrinários, preservando o respeito que a atividade espírita conquistou perante a opinião pública;

Que ofereçam aos frequentadores oportunidades de trabalho e de confraternização:

a)       Realização de chás e almoços beneficentes;

b)      Bazar e feiras comunitárias, com vendas de trabalhos manuais, artesanatos, roupas, plantas, flores, livros e outros objetos;

c)       Elaboração de listas para angariar donativos, que devem ser distribuídas entre sócios e amigos da Instituição;

d)      Realização de atividades artísticas, com a apresentação de arte espiritualizada ou com mensagem espírita. 

Jamais angariar recursos financeiros nas reuniões de Assistência Espiritual ou Doutrinárias (Reuniões Públicas), “(...) de vez que tais expedientes podem ser tomados à conta de pagamento por benefício”.

Que se evite angariar recursos econômico-financeiros nos ambientes reservados às atividades mediúnicas ou de aplicação de passes.

Buscar autossuficiência econômica para as Entidades que tenham caráter permanente, ou minimizar sua dependência de outras fontes.

Aplicar corretamente os recursos, controlando-os e registrando-os, para a prestação de contas à comunidade, através de balancetes mensais.

Em todas as atividades, observar as exigências legais Municipais, Estaduais e Federais.

Ideal é que as Instituições busquem a autossuficiência (ou menor dependência de terceiros), dedicando-se a produzir utilidades não só para o próprio consumo, mas para vendas do que exceder.

Eis sugestões contidas em obras mediúnicas de reconhecido valor:

“(...) as próprias casas de beneficência, no porvir, se manterão por si próprias à custa do esforço e da colaboração dos que se beneficiam delas e daqueles que as dirigem com alma e coração." Batuíra (Espírito)(2):

“Corvino, porém, obtemperou, firme:

– Sim, temos o direito de esmolar. Esse, contudo, é também o direito do mendigo. Não nos cabe, segundo nos parece, olvidar a produção de benefícios para o mundo. Temos terra disponível, sob a responsabilidade de vários irmãos. O arado não mente. Os grãos respondem com fidelidade ao nosso esforço. Podemos trabalhar. Não devemos recorrer ao concurso alheio, senão em circunstâncias especiais. Não seria aconselhável manter a comunidade improdutiva (...)”.(3) (Grifamos).

Esta última citação demonstra que a questão tem a idade do Cristianismo! Por respeito a ele e ao Espiritismo não podemos compactuar com tais desvirtuamentos!

 

Referências:

1.       Conduta Espírita – Waldo Vieira/André Luiz, cap. 11: No templo, p. 51/52.

2.       XAVIER, Francisco C. Mais Luz. Espírito Batuíra. 5ed. GEEM: São Paulo, 1980. p. 109-110: Cap. 84;

3.       Emmanuel/Francisco C. Xavier. Ave, Cristo! 5ed. FEB: Rio de Janeiro, 1975. p. 101: Cap. V.

 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita