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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 9 - N° 419 - 21 de Junho de 2015
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Trilhas da Libertação

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 26)

Continuamos a apresentar o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995.

Questões preliminares

A. Quais são as características essenciais ao bom servidor que atua no campo da mediunidade?

No exercício da mediunidade iluminada pelo Espiritismo, a renúncia aos destaques e às glórias humanas, a humildade natural, espontânea, a ação no bem, a gratuidade dos seus serviços, a honradez e seriedade moral constituem características essenciais ao bom servidor. (Trilhas da Libertação. Socorros de Emergência, pp. 208 a 210.)

B. Em que sentido é importante para o médium o exercício correto da mediunidade?

Em todos os sentidos. A vivência dinâmica dos postulados espíritas e o exercício correto da mediunidade constituem recursos preciosos para o trânsito seguro e lúcido entre as esferas física e espiritual. Disso lhe advém a necessária segurança para realização da tarefa que assumiu. (Obra citada. Socorros de Emergência, pp. 210 a 212.)

C. Por que a situação moral do médium Davi havia chegado àquele ponto que os próprios mentores espirituais consideravam deplorável?

Por falta de vigilância e vitimado pelas imperfeições que não corrigiu, ele passou a sintonizar com entidades inferiores que tinham por objetivo levá-lo à ruína moral. Tornou-se, então, a partir desse momento, desequilibrado e incorreto, havendo derrapado nos crimes da simonia e da usurpação de valores que, legitimamente, não lhe pertenciam, mas que no final terá de deixar, qual acontece com tudo que seja material. (Obra citada. Socorros de Emergência, pp. 214 a 216.) 

Texto para leitura 

101. Não se pode ignorar os benefícios resultantes do sofrimento – De certo modo, a opulência nos fracos morais torna-os avaros, indiferentes, soberbos, assim como a miséria os faz agressivos e impiedosos, violentos e perversos. Nos indivíduos fortes, uma como outra circunstância não lhes altera a conduta, conforme expressou o apóstolo Paulo: “Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer o necessário” (Filipenses, 4-12). No exercício da mediunidade iluminada pelo Espiritismo, a renúncia aos destaques e às glórias humanas, a humildade natural, espontânea, a ação no bem, a gratuidade dos seus serviços, a honradez e seriedade moral constituem características essenciais ao bom servidor. Convidado o médium à autorreparação, à autoiluminação, a sua meta não são os bens que deixa ao desencarnar, mas os valores íntimos que sempre conduzirá. Enganam-se todos aqueles que fazem o contrário, ou estimulam, apoiam a insensatez, a ambição, a vaidade dos médiuns, tornando-se-lhes verdadeiros inimigos do crescimento espiritual e moral, mesmo que seu desejo seja outro. Não fazemos apologia do sofrimento, mas não podemos igualmente ignorar os benefícios que ele proporciona, quando compreendido e enfrentado com elevação, com sentimentos nobres. (Em conversa mantida com Fernando, a respeito de Davi, o amigo relatou a Miranda as dificuldades morais em que o médium se encontrava, a par da cilada que estava sendo urdida para pôr fim ao seu ministério, criando uma situação embaraçosa para os seus amigos e, de certo modo, para o bom nome do Espiritismo.) Utilizando-se da psicosfera da Casa Espírita, o irmão Ernesto (guia espiritual de Davi) e o dr. Hermann pretendiam trazê-lo, naquela madrugada, para um diálogo oportuno e sério, como última tentativa para despertá-lo, após o que, por livre opção, caso não aceitasse os alvitres, ficaria entregue a si mesmo. Para isso, dr. Carneiro iria consultar o irmão Vicente, pedindo-lhe licença para usar as instalações físicas e espirituais do recinto dedicado aos labores mediúnicos, face às suas defesas contra quaisquer agressões porventura premeditadas. Havia no companheiro Fernando inusitada preocupação com referência à tarefa programada, pois ele sabia da complexidade do caso, que envolvia interesses do chefe mongol, desejoso de desarticular as elevadas tarefas de libertação que cabe ao Espiritismo em relação às criaturas humanas, influenciando a sociedade do futuro na sua grande transformação, quando o planeta passará à condição de mundo de regeneração. (Socorros de Emergência, pp. 208 a 210.) 

102. A vivência dinâmica dos postulados espíritas é essencial – Contra essa fatalidade evolutiva obstinam-se, ainda, os Espíritos perversos, exploradores das energias dos homens que permanecem vinculados aos prazeres asselvajados, em vampirismos cruéis, caracterizando a dualidade do Bem e do Mal em luta. Ora, o mal são os estados primitivos que conspiram contra a libertação do ser, os quais, não tendo existência real, são de duração efêmera, porque Deus é o Bem Infinito... A reunião fora programada para as duas horas e trinta minutos da madrugada, mas antes desse horário diversos trabalhadores já se encontravam a postos. Enquanto se esperava o início dos trabalhos, Fernando dirigiu-se a Miranda, dizendo: “Quando as criaturas encarnadas buscarem sintonizar conscientemente com as Esferas Superiores da Vida, muitos dos problemas que as angustiam serão solucionados, porquanto, ao retornarem ao corpo físico após a comunicação com os seus guias e protetores, guardarão lucidez da convivência e das instruções que receberam. Normalmente, mesmo entre aqueles que se dedicam aos estudos parapsíquicos e mediúnicos, embora se considerem espiritualistas e espiritistas, o comportamento é vinculado aos estratagemas e disfarces do materialismo. A incerteza da interdependência do Espírito ao corpo, o atavismo religioso mediante o qual inúmeros crentes aceitam o céu, porém preferem desfrutar a Terra, fazem que ao despertarem, ao invés de intentarem recompor as peças das lembranças, atirem-nas ao calabouço sombrio do esquecimento, informando tratar-se de sonhos, e, dessa forma, não merecendo consideração. Outros apelam para as explicações psicanalistas, bastante valiosas, mas não únicas, ou nem sempre convincentes”. Fernando disse isso para explicar que a experiência daquela reunião iria ficar impressa nos painéis da consciência de Davi, qual se dá com outros companheiros, mas os resultados dependeriam da interpretação que ele desse aos fatos, influenciando ou não o seu comportamento a partir de então. “O exercício correto da mediunidade –  acrescentou Fernando – , a vivência dinâmica dos postulados espíritas constituem recursos preciosos para o trânsito seguro e lúcido entre as esferas física e espiritual.” Dito isto, Ernesto e o dr. Hermann deram entrada no recinto, conduzindo Davi adormecido, que exalava odores pestilentos, resultado das libações alcoólicas e dos excessos sexuais. Imantado ao seu corpo espiritual, seguia-o um ser amorfo, lânguido, desagradável, que se apresentava igualmente intoxicado. “Trata-se de entidade viciada em bebidas alcoólicas e sexo promíscuo, que o companheiro encontrou num dos recintos de luxúria e com quem se afinou”, informou Fernando. (Socorros de Emergência, pp. 210 a 212.) 

103. O mistificador se comunica – Logo que Davi chegou à Casa Espírita, adentrou a sala, teleconduzido pelo irmão Vicente, o Espírito mistificador que se fazia passar pelo dr. Hermann nas cirurgias mediúnicas. Golpeando o ar com gestos de extremada violência, ele agredia verbalmente Deus, os Espíritos nobres, a Vida. Em seguida chegaram também, visivelmente adormecidos, o Sr. Almiro, d. Armênia, Leonardo e Francisco. Após colocados à mesa, aplicaram-se-lhes recursos magnéticos de dispersão fluídica, com o que despertaram, sem dificuldade para readquirirem a lucidez, devido à sua experiência nos labores mediúnicos. Embora a irritação do adversário de Davi e de outros Espíritos trazidos à reunião, pairava no ambiente uma psicosfera de confiança e de paz quando dr. Carneiro assumiu a direção dos trabalhos. Ante o silêncio e a agradável expectativa geral, o médico baiano, tomado por grande unção, abriu a reunião com sentida prece dirigida a nosso Pai Misericordioso. “Apiedai-vos de nós!”, rogou o amorável Mentor, finalizando nestes termos a petição: “Nesta madrugada, que simboliza dia novo em vitória sobre a noite densa, ajudai-nos a esclarecer e a encaminhar-vos os companheiros que teimam na irresponsabilidade e parecem comprazer-se na ignorância, na rebeldia. Reconhecendo as nossas limitações, apelamos para a vossa magnanimidade e compaixão. Iluminai nosso caminho, Supremo Pai, e conduzi-nos em paz!” Quando o dirigente silenciou, vibrações suaves invadiram o recinto, envolvendo a todos em agradável sensação de paz. Dr. Carneiro acercou-se, então, de Davi e, auxiliado por Ernesto, valendo-se de recursos especiais, despertou-o, deslocando o vampirizador desencarnado que, a ele acoplado, lhe explorava e roubava preciosas energias. A Entidade foi deitada em uma maca, enquanto o médium, relanceando o olhar em volta, não teve dificuldade em dar-se conta da ocorrência, conquanto se encontrasse ainda um pouco entorpecido. Ernesto explicou-lhe, então, em rápidas palavras, o objetivo daquele encontro, enquanto o sequaz das Trevas foi conduzido ao psiquismo de d. Armênia, com quem quase fundiu-se, perispírito-a-perispírito, iniciando-se desse modo a violenta comunicação.  (Socorros de Emergência, pp. 212 a 214.)  

104. A única realidade existente é Deus, Causa do Universo e de tudo – O Espírito, sem delongas, deblaterou: “Que pretendem comigo? Eu sou apenas um funcionário modesto, agindo no programa de preservação da Terra. Admiro-me que os não-violentos, os discípulos do Cordeiro, se utilizem da violência para atingirem os seus objetivos nefastos”. Telecomandado pelo dr. Carneiro de Campos, o Sr. Almiro respondeu, afável: “Pretendemos esclarecê-lo, libertá-lo de você mesmo, daqueles que o exploram na ignorância e o subjugam na perversidade. Não temos nada contra o amigo, somente a favor. E desde que se trata de um funcionário, esperamos, oportunamente, dialogar com o seu Chefe. Igualmente não nos estamos utilizando da força, mas da lei natural, que estabelece ligações por afinidades. Como o amigo permanece mentindo através do médium Davi, que lhe concede hospedagem psíquica, trazendo o sensitivo, igualmente o conduzimos”. – “Esse farsante não escapará”, alardeou, irritado. “Poremos fim à sua exploração. Qualquer providência agora é tardia. Ele não nos escapará, repito, pois que optou espontaneamente por nós, concedendo-nos guarida e expulsando vocês. Não é verdade?” – “A verdade, meu amigo – respondeu o doutrinador –, apresenta-se sob vários aspectos: a sua, a minha e a legítima, que nem sempre detectamos. Por isso mesmo, pior do que a mentira são as meias-verdades, que apregoamos como únicas. Pelo seu ângulo de observação, o raciocínio parecerá correto, embora totalmente falso. Não era farsante o nosso comum irmão Davi, até que, vitimado pelas imperfeições que não vigiou, nem corrigiu, passou a sintonizar com você e outros semelhantes, tornando-se, a partir desse momento, desequilibrado e incorreto. O fenômeno prossegue verdadeiro, a qualidade, sim, é negativa, porque o agente do mesmo é inferior... Explorador, o pobre médium o é, havendo derrapado nos crimes da simonia e da usurpação de valores que, legitimamente, não lhe pertencem, mas que deixará, qual acontece com tudo que seja material. Quanto a providências tardias, a alegação também é falsa, porque jamais faltaram admoestações, chamamentos, lições e diretrizes ao invigilante companheiro. Não há muito, em reunião equivalente, foi-lhe levantada parcialmente a cortina do passado, liberando-lhe lembranças esquecidas.” Dito isto, o Sr. Almiro acrescentou: “Observe que a única realidade existente é Deus, Causa do Universo e de tudo. Como fugir-Lhe à presença, refugiando-se na fragilidade da violência? Acompanhe, por um momento mental, a força real das leis universais, no macro e no microcosmo. Dar-se-á conta, então, do absurdo que é a sua e a rebelião de outros pigmeus, que se revestem de fortes e esmagadores dos mais ignorantes, dos mais débeis”.  (Socorros de Emergência, pp. 214 a 216.) (Continua no próximo número.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita