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Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 9 - N° 419 - 21 de Junho de 2015
ANDRÉ RIBEIRO FERREIRA
andure@uol.com.br
Brasília, DF (Brasil)
 

 
Vitor Ronaldo Costa: 

“O papel de quem aborda a temática espírita é ser fiel às propostas basilares sustentadas por Kardec”

O autor do livro “Mentomagnetismo e Espiritismo” diz o que
o motivou a escrevê-lo e lembra que o magnetismo
preparou o caminho do Espiritismo

Dr. Vitor Ronaldo de Sousa Costa (foto), médico, nascido em Natal-RN, reside em Brasília-DF. De berço espírita, já publicou os livros Mediunidade e Medicina (Editora O Clarim), O Visitador da Saúde (Ed. Fonte Viva) e Mentomagnetismo e Espiritismo (Ed. O Clarim). É palestrante e dirigente de trabalhos mediúnicos de desobsessão no Grêmio

Espírita Atualpa Barbosa Lima, em Brasília. 


O que o motivou a escrever o livro “Mentomagnetismo e Espiritismo"?

A motivação nasceu do desejo de conciliar as potencialidades do mentomagnetismo com a mediunidade focada na assistência  espiritual devida aos enfermos de ambos os lados da vida. No contexto espírita, com algumas exceções, pouco se comenta a respeito da profunda relação entre Allan Kardec e o magnetismo humano. Este nobre desbravador da alma humana, em sua concepção preclara, considerava o magnetismo a base da nova doutrina por ele codificada, tanto que na “Revista Espírita” de março de 1858 ele assim declara: “O magnetismo preparou o caminho do Espiritismo, e os rápidos progressos desta última doutrina são incontestavelmente devidos à vulgarização das ideias sobre a primeira.” Dentro deste contexto, informamos que a obra “Mentomagnetismo e Espiritismo” elaborada sob a supervisão do mentor espiritual Lancelin, visa dar-nos oportuna contribuição ao estudo da temática.

Para melhor nos situarmos, gostaríamos de conhecer o conceito de mentomagnetismo.

Bem, de acordo com o ponto de vista esposado pela Doutrina Espírita, diríamos que mentomagnetismo é o conjunto de fenômenos eletromagnéticos fundamentados no pensamento focado, na vontade persistente e na prece fervorosa, tudo em forma de irradiação mental, com o objetivo de propiciar os fenômenos anímicos, mediúnicos e de consolidar a terapia fluídica em favor dos enfermos de ambos os lados da vida. 

Que método utiliza e quanto tempo leva na elaboração literária?

O método do qual nos valemos é o do esforço intelectual. De hábito, os livros que fizemos editar são frutos de observações efetivadas no âmbito da prática mediúnica. Com o passar dos tempos, a nossa preferência consolidou-se na análise da mediunidade e na pesquisa dos fenômenos que envolvem a obsessão e a desobsessão. O tempo dedicado à elaboração de cada obra varia, porém, nunca menos de um ano. Quanto ao livro em questão, a metodologia empregada foi um pouco diferente, pois tem como coautor o médium Gustavo H. de Lucena, responsável pela psicografia de cada capítulo. A minha parte se ateve à formulação das questões e aos comentários elaborados ao final de cada capítulo, com a finalidade de bem consolidar o entendimento daquilo descrito pelos amigos espirituais.    

A obra surgiu como fruto de iniciativa particular?

No meu modo de ver, tudo aquilo que se pretende no âmbito da literatura espírita é fruto de uma conjugação de fatores, onde entram em jogo a vontade do escritor e a participação da espiritualidade maior, clareando-nos a mente com a inspiração norteadora. Pensamos nós que a honestidade de propósitos de quem se propõe à divulgação dos princípios espíritas é fator fundamental na elaboração de um trabalho, cujo objetivo é comentar e acrescentar novas ideias aos temas alvissareiros que gravitam em torno da Terceira Revelação da Lei de Deus. 

Como você vê a qualidade da literatura espírita no momento atual? 

Particularmente a vejo com bons olhos. A literatura doutrinária de boa procedência é aquela que aborda de forma ética os fatos embasados nos postulados espíritas e que se reveste de Grande importância para os destinos da Humanidade, pois se propõe a esclarecer as nuances relativas à fenomenologia extrafísica, bem como repercutir o intercâmbio inteligente entre os encarnados e os Espíritos que nos cercam. Em nosso modo de ver, a obra espírita de boa qualidade equivale a verdadeiro repertório de ensinamentos elevados e serve para evidenciar a realidade do homem-espírito e a sua subordinação às Leis da Reencarnação e de Causa e efeito. Tais informações constituem-se em estímulos às iniciativas pessoais de transformação moral para melhor, além de nos consolarem diante das grandes comoções experimentadas no decorrer da jornada.    

Qual o papel dos escritores espíritas na melhoria e preservação da qualidade dos conteúdos literários espíritas?

O papel de quem aborda a temática espírita é ser fiel às propostas basilares sustentadas por Allan Kardec. Isso não significa podar a capacidade de cada autor na divulgação de novos princípios. Especialmente no âmbito da ciência espírita muitas são as hipóteses de trabalho, referentes aos mecanismos intrínsecos da faculdade mediúnica. Vários autores buscam teses explicativas para o mecanismo de senso-percepção mediúnica, sem dúvida, um grande desafio aos pesquisadores e estudiosos. Outros ainda, melhor se adaptam às obras romanceadas, tipo de literatura muito em voga no atual momento. Todavia, de uma maneira em geral, desde que não proliferem as invencionices, o excesso de misticismos e as ideias particulares veiculadas como verdades incontestes, porém desvinculadas das bases doutrinárias, nada temos a opor. Portanto, tudo se resume ao bom senso e à honestidade de propósitos de cada autor.      

O que, na sua percepção, precisa e pode melhorar no incentivo e na formação de novos escritores espíritas?

Aos novos escritores devem ser concedidas as oportunidades de que gostariam. Há muita gente capaz e trabalhos interessantes, que permanecem engavetados, à falta de editoras que ofertem oportunidades aos novatos. Outro detalhe que nos parece válido trata-se da realização de concursos literários. Estes poderiam realizar-se rotineiramente, contando com o incentivo das instituições espíritas destacadas no movimento e com o apoio decisivo das editoras espíritas interessadas na promoção de novos valores. Creio que tais iniciativas trariam benefícios incontestes e, certamente, nos defrontaríamos com surpresas agradáveis ao conjunto de articulistas doutrinários, que nos merecem respeito e admiração. 

Quais as principais dificuldades a superar?

Sem dúvida as grandes barreiras a serem superadas dizem respeito às imperfeições ainda incrustadas em nossa intimidade. Vencer a vaidade excessiva que permeia a mente humana é de uma urgência absoluta, para evitar que o sujeito, principalmente o médium, resvale para o personalismo degradante. As demais imperfeições morais representam as dificuldades implantadas em nosso ser, impedindo-nos a livre caminhada no exercício do bem. Outros tipos de dificuldades poderão ser apontados, porém, desenvolver a boa vontade no sentido de apressar a reforma íntima é inquestionavelmente a melhor iniciativa que se pode tomar, pois nada é mais importante que vencer reconhecida má tendência e, quando isso acontece, as demais dificuldades serão superadas com muito mais facilidade. 

Quais os seus planos em relação ao futuro? Pretende continuar a escrever?

Claro que sim. Pretendemos continuar a escrever, enquanto tal aptidão na presente existência nos for permitida por Deus. Aliás, posso aqui adiantar, em primeira mão, que já se encontra em andamento a elaboração de um novo volume dedicado à parte prática do mentomagnetismo. A obra atualmente editada aborda as bases teóricas da metodologia mentomagnética. Mas o próximo lançamento contará com as instruções práticas, de tal sorte que não só as criaturas, individualmente, mas os grupos assistenciais mediúnicos em conjunto possam se valer dos recursos advindos do potencial mentomagnético a ser endereçado em favor dos doentes encarnados e dos enfermos posicionados no outro lado da vida.  

Sua mensagem final aos nossos leitores.

Inicialmente agradeço a oportunidade de dirigir-me aos confrades espíritas, por intermédio deste conceituado órgão de difusão doutrinária. E no ensejo gostaria também de concitar todos à manutenção da serenidade e do equilíbrio diante das adversidades enfrentadas por considerável parcela da população. O momento se nos apresenta eivado de violência, abusos de toda ordem e inversão de valores morais. Todavia, os espíritas estão cientes de que experimentamos um período sofrido de transição, em busca de um mundo melhor. Portanto, encorajados na fé e na esperança de dias melhores, assumamos a posição de coautores na edificação da nova civilização idealizada por Jesus. Enfim, somos todos colaboradores na obra de implantação da paz e da harmonia em nossa querida morada cósmica: o Planeta Terra.  


 
 


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