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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 9 - N° 418 - 14 de Junho de 2015
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Trilhas da Libertação

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 25)

Continuamos a apresentar o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995.

Questões preliminares

A. A mediunidade responsável jamais subirá aos palcos sem consequências funestas?  

Sim. Foi Allan Kardec quem o disse. A mediunidade responsável jamais subirá aos palcos sem consequências funestas para aquele que se deixa arrastar pelo sensacionalismo e pela audácia. Sem a presença dos Espíritos não ocorre o fenômeno mediúnico e, como os nobres não se submetem a tal ridículo, não faltam os levianos e maus que se comprazem com essas excêntricas demonstrações espetaculosas, normalmente resultando, em face do mau uso, em suspensão ou perda da faculdade. (Trilhas da Libertação. Socorros de Emergência, pp. 204 e 205.) 

B. É verdade que o dr. Grass, o médico espiritual que trabalhava com o médium Davi, foi diversas vezes substituído por um mistificador desencarnado?

Sim. O padrão vibratório do psiquismo de Davi se tornara tão instável e inferior, que ele por diversas vezes deu acesso à comunicação de hábil mistificador, que se passava pelo dr. Grass, ludibriando os aficionados desatentos e fascinados que transitavam na mesma faixa moral e psíquica. É por isso que logo depois começaram os insucessos, principalmente através de aplicação de antibióticos, quando terminadas as cirurgias, que passaram a provocar dores nos pacientes. É que o desgaste das energias genésicas de Davi nas noitadas de prazer, encharcando o perispírito de vibrações perniciosas, produzia a neutralização do conteúdo anestésico dos seus fluidos, diluindo igualmente, mais tarde, a ação bactericida, mesmo quando outros benfeitores espirituais tentavam intervir para manter a assepsia ou retirar a dor. (Obra citada. Socorros de Emergência, pp. 205 a 207.) 

C. Deseja conhecer alguém? Qual método, com esse objetivo, é sugerido pelo Soberano das Trevas? 

O método alcançava grande êxito no tocante ao médium Davi, que, em razão da mudança de comportamento, passou a ter grande aptidão para fazer inimigos. Sempre de mau humor, exteriorizando cansaço e azedume, somente se sentia estimulado e jovial quando sua corte o cercava de bajulação e jovens mulheres, adredemente contratadas, apresentavam-se para as orgias nos hotéis e bordéis da moda. Podia-se, na decadência do médium imprevidente, encontrar algumas das regras propostas pelo Soberano das Trevas. “Deseja conhecer alguém? – dissera ele em certa ocasião – conceda-lhe liberdade, poder, fortuna! Depois retirem-lhe tudo, caso ele não tombe na primeira fase.”(Obra citada. Socorros de Emergência, pp. 205 a 207.)

Texto para leitura

97. O comparsa do adversário de Raulinda promete vingança – Não haviam faltado a Raulinda demonstrações de afetividade de ambos os planos da vida, nem as evidências da imortalidade e da interferência mediúnica na sua existência. A jovem médium optou, no entanto, espontaneamente, pelo sinuoso caminho dos sofrimentos, que a poderão beneficiar caso os aceite com elevação moral, mas que não estavam delineados daquela forma. Observando atentamente o adversário espiritual da jovem médium, Miranda percebeu que o Espírito, sentindo-se aprisionado pelo zigoto, que dava continuidade ao fenômeno da mitose celular, esbravejava, tentando, mentalmente, romper o vínculo magnético entre ele o futuro corpo somático, para produzir a anulação da vida física. Impossibilitado, começou a agir psiquicamente no comportamento da paciente, aumentando-lhe o arrependimento, exprobrando-lhe a conduta, induzindo-a ao suicídio como solução para a desonra a que se entregara. Interferindo nas tardias reflexões da moça, ampliava-lhe o pavor a respeito do futuro e das dificuldades no lar que desrespeitara, desconsiderando a confiança dos pais. Desse modo, ameaçando-a, atemorizava-a ainda mais ao dizer-lhe: “Serei teu filho, sem o desejar. Cobrarei, nos teus braços, o que me deves...” Como se irrompesse um vulcão, Raulinda, ouvindo-o e desarvorando-se, ia precipitar-se porta a fora, a gritar, quando Vicente começou a libertá-la das energias perniciosas que a envolviam, após o que lhe aplicou reforço magnético de calma e confiança, levando-a a um torpor benéfico. Passou então, de imediato, a interferir no processo da reencarnação do aturdido Espírito, que não se dava conta daqueles sucessos e experimentava os primeiros choques, resultantes da imantação ao ovo. Nesse instante, entrou no recinto uma Entidade de aspecto hediondo que, ao encontrar ali Vicente e seus companheiros, deteve-se a regular distância e, após ligeiro diálogo com o pré-reencarnante, dominado por incontida fúria, afastou-se blasonando desforço e providências severas a serem tomadas pelo Soberano das Trevas. Vicente, muito sereno, esclareceu: “Miranda, na ocorrência que acompanhamos podemos anotar inúmeros fenômenos, todos filhos do desequilíbrio humano e da ligeireza da fé religiosa quando não se estrutura na razão, fixando-se no comportamento. Não pretendemos, com isso, censurar a conduta da nossa Raulinda. Os nossos comentários objetivam propiciar-nos reflexões profundas. De início, desde os momentos que precederam à sua opção pela autoentrega ao desfrutador inescrupuloso, a nossa amiga não recorreu à oração, à comunhão com Deus, tornando-se acessível à inspiração superior”. (Ocorrência Grave, pp. 200 a 202.)

98. A oração acalma as ansiedades do coração – O Benfeitor espiritual, prosseguindo seus esclarecimentos, lembrou então que Raulinda, deixando-se perturbar pelos apetites sexuais, não recorreu, sequer uma vez, à providência da prece, que por certo a acalmaria, ajudando-a a discernir melhor. Continuando o desalinho do comportamento mental, embora arrependida, não pensou no recurso da comunhão psíquica com o Pai, o que facilitou, na faixa vibratória em que permaneceu, a presença do adversário, que a estimulou e depois tornou-se vítima da própria trama. “A oração – asseverou o Mentor – faculta claridade mental, ampliando a capacidade do entendimento e acalmando as ansiedades do coração. No entanto, são poucos aqueles que a buscam nos momentos próprios e se deixam impregnar pelas suas dúlcidas vibrações.” Depois de ligeira pausa, acrescentou: “A cena que teve lugar no consultório médico foi brutal, sem qualquer envolvimento afetivo. O explorador da ingenuidade alheia, sem qualquer emoção, era apenas a sensação animal em busca de resposta. Iludida e inexperiente, a jovem deixou-se arrastar pelos estímulos vulgares, tornando-se objeto de uso, sem nenhuma consideração. Não houve tempo para recuar, porque as chamas das paixões infrenes são vorazes... Passados os primeiros momentos do conúbio, o constrangimento, a frustração e o choque fizeram-na fugir de retorno ao lar. Sofrerá, agora e mais tarde, o desencanto em torno do relacionamento afetivo, trazendo um conflito que a atormentará, mas que poderia ter sido evitado. Sintonizando mentalmente com o Soberano das Trevas, o enleado nos fluidos da próxima reencarnação pediu socorro, vindo vê-lo um dos emissários do terrível chefe, conforme acompanhamos. Prevendo a ocorrência, foi que cuidamos de mais imantá-lo ao futuro corpo, evitando a interrupção da gestação em começo”. Vicente ponderou que poderia parecer que o fracasso da reencarnação do obsessor fosse a melhor solução para Raulinda; contudo, se isso acontecesse, permaneceria a pugna obsessiva com menor possibilidade de futuro-próximo renascimento, em razão do repúdio que cresceria nela com relação a novas experiências sexuais. Cumpria-lhes, assim, tão somente confiar em Deus e acompanhar pacientemente os acontecimentos, procurando auxiliar com bondade. (Ocorrência Grave, pp. 202 e 203.)

99. A mediunidade responsável jamais subirá aos palcos – Reencontrando, logo depois, o dr. Carneiro e Fernando, que haviam se ausentado para labores pertinentes ao socorro dispensado ao médium Davi, Miranda foi informado de que todas as exortações a este dirigidas permaneciam ignoradas, comprometendo-se Davi cada vez mais com a simonia, a sensualidade e os alcoólicos, que passaram a fazer parte do cardápio das lautas refeições que lhe eram oferecidas. A conduta do médium tornou-se de tal forma irregular, que o próprio dr. Hermann Grass compreendera a dimensão do seu desequilíbrio e não poucas vezes o advertira, sem conseguir, porém, os resultados esperados. (A descida aos porões do erro sempre faculta acesso à marginalidade nas sombras morais. Aquele que se corrompe, intoxicando-se com os vapores do triunfo ilusório, torna-se soberbo e passa a ver o mundo através de lentes distorcidas, de forma a preservar os hábitos licenciosos, equivocados.) No descaminho do médium alucinado, Adelaide, sua esposa, igualmente invigilante, cooperava com a sua venalidade e ambição desmedida, estimulando-o a aplicar o tempo sob vultosas recompensas materiais. Desconfiada de suas aventuras extraconjugais, quando o ciúme gerava discussões cada vez mais frequentes, era ela silenciada com presentes caros, que resultavam do comércio nefário das faculdades mediúnicas. Diante da gravidade do caso, o dr. Hermann, que era antes refratário à presença do dr. Carneiro em suas atividades, recorreu-lhe à orientação e ajuda, razão por que o venerando amigo e Fernando voltaram a acompanhar os atendimentos na novel sociedade que Davi criara, após afastar-se da Casa Espírita. Inamistoso e arrogante em relação aos doentes pobres e malvestidos, que rotulava de questões cármicas, qual se a problemática na área da saúde dos ricos também não o fosse, Davi montara um esquema de pessoas ambiciosas, que passaram a assessorá-lo, explorando os incautos nos espetáculos que produzia. A mediunidade responsável jamais subirá aos palcos, estabeleceu o nobre Codificador do Espiritismo, sem consequências funestas para aquele que se deixa arrastar pelo sensacionalismo, pela audácia. Sem a presença dos Espíritos não ocorre o fenômeno mediúnico e, como os nobres não se submetem a tal ridículo, não faltam os levianos e maus que se comprazem com essas excêntricas demonstrações espetaculosas, normalmente resultando, em face do mau uso, em suspensão ou perda da faculdade.  (Socorros de Emergência, pp. 204 e 205.)

100. Davi desce ainda mais, rumo às paisagens lúgubres – O padrão vibratório do psiquismo de Davi se tornara tão instável e inferior, que a comunicação do médico-cirurgião fazia-se agora penosa para ambos, entre espasmos e rictos nervosos, a fim de ser conseguida a sintonia, o acoplamento perispiritual. Vigiado pelo sicário do Soberano das Trevas, Davi por diversas vezes deu acesso à comunicação de hábil mistificador, que se passava pelo dr. Grass, ludibriando os aficionados desatentos e fascinados que transitavam na mesma faixa moral e psíquica. Logo depois começaram os insucessos, principalmente através de aplicação de antibióticos, quando terminadas as cirurgias, que passaram a provocar dores nos pacientes. É que o desgaste das energias genésicas de Davi nas noitadas de prazer, encharcando o perispírito de vibrações perniciosas, produzia a neutralização do conteúdo anestésico dos seus fluidos, diluindo igualmente, mais tarde, a ação bactericida, mesmo quando outros benfeitores espirituais tentavam intervir para manter a assepsia ou retirar a dor. O médium, sob terrível indução obsessiva, continuava, desse modo, a descida no rumo das paisagens lúgubres. Sem saber como agir, o dr. Grass buscou apoio e diretriz, indagando qual providência deveria ser tomada: se a interrupção ou a supressão da faculdade, a fim de evitar o tombo final na loucura moral. O sábio instrutor, após acompanhar a nova e infeliz fase de Davi, estabeleceu que as providências socorristas não cessariam, mas que, em razão da eleição do médium pelos comparsas inditosos, já se lhe definira o calvário. Sugeriu então ao dr. Hermann acompanhá-lo, aguardando quaisquer momentos favoráveis para inspirá-lo, sem contudo comunicar-se, desde que, mediante as afinidades de gostos e interesses, ele fora substituído pelo adversário, que iria lançar o medianeiro invigilante e presunçoso no caos, para o doloroso despertar. Em razão da mudança de comportamento, Davi passou a ter grande aptidão para fazer inimigos. Sempre de mau humor, exteriorizando cansaço e azedume, somente se sentia estimulado e jovial quando sua corte o cercava de bajulação e jovens mulheres, adredemente contratadas, apresentavam-se para as orgias nos hotéis e bordéis da moda. Podia-se, na decadência do médium imprevidente, encontrar algumas das regras propostas pelo Soberano das Trevas. Essa técnica, assegurava este, é mais valiosa, porque mais sutil e apetecível do que a perseguição desenfreada. “Deseja conhecer alguém? – perguntara ele em certa ocasião –   conceda-lhe liberdade, poder, fortuna! Depois retirem-lhe tudo, caso ele não tombe na primeira fase.” (Socorros de Emergência, pp. 205 a 207.) (Continua no próximo número.)



 


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