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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 418 - 14 de Junho de 2015

ALTAMIRANDO CARNEIRO
alta_carneiro@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)

 

 

Suicídio. Fuja dessa ideia


De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) uma pessoa tira sua própria vida de 40 a 40 segundos. Esse dado infeliz significa, por ano, uma média de 815 mil casos de suicídio. Entre os principais motivos estão o desemprego, a solidão, os desajustes sociais e afetivos, os distúrbios sexuais e a miséria socioeconômica.

A literatura espírita proporciona enorme campo para estudos e pesquisas neste assunto. André Luiz, na obra Entre a Terra e o Céu, psicografada por Francisco Cândido Xavier (FEB) relata-nos o caso de um suicida que se afogara nas águas do Rio Paraguai. Após ter sobrevivido a uma intoxicação de grande quantidade de soda cáustica, perdeu a voz em razão das úlceras que se abriram na sua fenda gótica. Mesmo assim, a ideia de tirar a própria vida o perseguia. Ele concretizou a ideia se matando no rio.

Na vida espiritual esse Espírito sofreu muito. Carregou consigo as moléstias que ele mesmo infligira à sua própria garganta. Padecia com ferimentos pesados de asfixia até reencarnar no Rio de Janeiro. Criança, morreu afogado no mar. Socorrido no Lar da Bênção (colônia educativa do Plano Espiritual, misto de escola de mães e domicílio dos pequenos que regressam da esfera carnal), andava sempre aos gritos, sob pesadelos inquietantes, sem perspectivas de melhoras antes da nova encarnação. Veio, novamente, à carne. Mirrado, enfermiço e com uma extensa ferida na glote, que dificultava sua função. Somente a partir da encarnação seguinte conquistou condições de equilíbrio.

No livro O Céu e o Inferno, de Allan Kardec, há o relato de François Victor Louvet (Espírito), que se atirou do alto de uma torre aos 67 anos. E seis anos após sua morte, ainda se via cair despedaçando-se nas pedras! Sua angústia aumentava por não saber quanto tempo duraria semelhante estado.

Materialismo é causa de suicídio – Considerando apenas os casos em que o suicídio ocorre de maneira consciente, a ideia de tirar a própria vida se dá por um descontentamento. Ela pode ser causada por ciúmes, perda de bens terrenos, desonra e outros motivos. Só se chega a tal desespero quando não há esperança de superar os sofrimentos. Aquele que nada espera de seu futuro, julga que com o fim da vida tudo termina. A hipótese do suicídio lhe parece uma solução natural, até mesmo, lógica. Ou seja, as ideias materialistas são as maiores incentivadoras do suicídio.      

As doutrinas materialistas atormentam o raciocínio daqueles que já sofrem com a desesperança. Os cientistas dizem que o pensamento é fruto do cérebro e se extingue com a morte do corpo. Nada se tem a esperar depois da vida. Alguns médicos lutam para fazer a eutanásia, considerando a morte melhor que uma vida com padecimentos. Quais são os sofrimentos maiores, os físicos ou os morais? Que esperança esses médicos estão oferecendo ao homem? Se não bastasse, os filósofos modernos pregam o niilismo (viemos do nada e o nada é o nosso destino). Com o indivíduo sem esperança, pode-se encontrar motivo para continuar vivendo? Enganado, concluirá que abraçar o nada mais rapidamente fará com que sofra menos tempo. “A propagação das doutrinas materialistas é, pois, o veneno que inocula a ideia do suicídio na maioria dos que se suicidam, e os que se constituem apóstolos de semelhantes doutrinas assumem tremenda responsabilidade”, lê-se n’ O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo V, Bem-aventurados os aflitos, item 16.

A coragem moral – As crenças no prolongamento da vida após a morte e na pluralidade das existências oferecem paciência e resignação para se afastar a ideia de suicídio. Segundo Allan Kardec, a coragem moral é a chave para resolver a questão. O Espiritismo transforma a compreensão da vida, tornando a dúvida impossível. O suicídio perde, então, qualquer base racional. Afinal, ele apenas transforma um mal em outro maior. Os que pregam as doutrinas do nada são responsáveis por todo desalento que semeiam.

Poderiam os bons Espíritos impedir que um homem caia no suicídio, evitando assim essa tragédia? Não é assim que funciona a justiça divina. Impedi-lo seria atentar contra seu livre-arbítrio. A vida é uma verdadeira escola, na qual, para elevar-se, o homem precisa transpor as dificuldades pelo seu esforço. As provas devem ser superadas pelo conhecimento das coisas. Somente na adversidade se adquire um coração elevado e uma compreensão melhor da grandeza divina.

Os suicidas enfrentarão suas tendências autodestrutivas por quantas encarnações forem necessárias, até adquirirem a compreensão do valor da vida. O entendimento das leis divinas interrompe esse ciclo. Todas as existências de um indivíduo são solidárias entre si. Não há pressa. Só se alcança sabedoria com esforço e vontade.

Estudos de Allan Kardec – Allan Kardec estudou diversos casos de suicídio. Na Revista Espírita de 1862 acompanhou a história de uma criança de 12 anos que se suicidou por amor. “No caso há um difícil problema de moral, quiçá impossível de resolver pelos argumentos da filosofia ordinária e, ainda menos, pela filosofia materialista. Pensam que tudo está explicado dizendo que é uma criança precoce. Mas isso nada explica; é absolutamente como se dissesse que é dia porque o sol saiu. De onde tal precocidade? Por que certas crianças ultrapassam a idade normal para o desenvolvimento das paixões e da inteligência? Eis uma das dificuldades contra as quais esbarram todas as filosofias, porque suas soluções deixam sempre uma questão não resolvida e a gente sempre pode indagar o porquê do porquê. Admita-se a existência da Alma e o desenvolvimento anterior e tudo se explica da maneira mais natural. Com esse princípio a gente remonta à causa e à fonte de tudo”, diz o Codificador. Sabendo ser de ensino útil, Kardec realizou a evocação do menino suicida. A sessão foi feita na Sociedade Espírita de Paris, em 24 de janeiro de 1862, pela médium E. Véry.

Curiosidade – Uma estatística curiosa revela que o maior índice de suicídio acontece nos países ateus. Principalmente na China, Rússia, Cuba, Lituânia, Letônia e Estônia. Os números mais baixos ocorrem em países islâmicos, depois em hinduístas, seguidos de cristãos e budistas.


 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita