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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 417 - 7 de Junho de 2015

RICARDO BAESSO DE OLIVEIRA 
kargabrl@uol.com.br
Juiz de Fora, MG (Brasil)

 


O que devemos entender
por “provas”?


O termo prova é amplamente encontrado no vocabulário espírita. Eventualmente se encontra a palavra provação, que segundo o dicionário Michaelis tem o mesmo significado de prova. Como devemos entender, do ponto de vista espírita, tal vocábulo?

O dicionário Michaelis dá para o vocábulo prova várias definições. Nos detemos apenas em duas:

01- Aquilo que serve para estabelecer uma verdade por verificação ou demonstração, que mostra ou confirma a verdade de um fato, o mesmo que teste.

02- ensaio, experiência.

Embora admitamos que, eventualmente, Kardec se valeu da palavra prova como teste/verificação de conhecimentos, na sua acepção primitiva, tal como foi usada pelos Espíritos que assessoraram Kardec, a segunda definição – ensaio, experiência – nos parece mais adequada.

Não há lógica na ideia de que Deus nos envie à dimensão física para nos testar, no que quer que seja, pois, conhecendo o futuro, sabe de nossas possibilidades, se venceremos essa ou aquela situação existencial. As realidades particulares ou difíceis que encontramos durante a existência física são possibilidades de vivenciar determinadas situações, acumular experiências, desenvolver habilidades, reforçar as resistências morais. Não são testes na acepção comum do termo, mas sim experiências que contribuem para o nosso crescimento espiritual.

Essas ideias encontram ressonância no pensamento de Emmanuel. Chamado a diferenciar provação de expiação, na questão 246 do livro O consolador, assim se manifesta: A provação é a luta que ensina ao discípulo rebelde e preguiçoso a estrada do trabalho e da edificação espiritual.

Em O Livro dos Espíritos, na resposta à questão 634 encontramos:

[...] é necessário que o Espírito adquira a experiência, e para isso é necessário que ele conheça o bem e o mal; eis porque existe a união do Espírito e do corpo.

Ainda no mesmo livro, item 872, Kardec escreve:

[...] A vida corpórea lhe é dada para purgar-se de suas imperfeições através das provas que nela sofre [...]

Na questão 501, quando Kardec indaga por que a ação dos Espíritos em nossa vida é oculta, os Benfeitores respondem:

Se contásseis com o seu apoio não agiríeis por vós mesmos e o nosso Espírito não progrediria. Para que ele possa adiantar-se necessita de experiência e em geral é preciso que adquira à sua custa; é necessário que exercite as suas forças, sem o que seria como uma criança a quem não deixam andar sozinha.

E finalmente na resposta ao item 871:

[...] A prova não tem por fim esclarecer a Deus sobre o mérito do homem, porque Deus sabe perfeitamente o que ele vale, mas deixar ao homem toda a responsabilidade da sua ação, uma vez que ele tem a liberdade de fazer ou não fazer. Podendo o homem escolher entre o bem e o mal, a prova tem por fim colocá-lo ante a tentação do mal, deixando-lhe todo o mérito da resistência.

Os termos grifados por nós: luta que ensina, adquira a experiência, purgar-se de suas imperfeições, necessita de experiência, adquira à sua custa, exercite as suas forças, responsabilidade da sua ação e mérito da resistência nos parece relacionar-se bem com a definição de prova que defendemos.

Esperamos ter contribuído com o debate, que continua aberto para novas avaliações.


 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita