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O Espiritismo responde
Ano 9 - N° 417 - 7 de Junho de 2015
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
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ESPIRITISMO SÉCULO XXI
 


 
O leitor Orlando Alcassio, em carta publicada nesta mesma edição, pergunta-nos: Mediunidade inconsciente existe ou não existe?

Sim, a mediunidade inconsciente existe. Ocorre que, no tocante à palavra “inconsciente”, existem dois conceitos diferentes na literatura espírita.

Em O Livro dos Médiuns, item 188, ao tratar das variedades comuns a todos os gêneros de mediunidade, Allan Kardec nos informa que existem médiuns sensitivos, médiuns naturais ou inconscientes e os médiuns facultativos ou voluntários.

Médiuns naturais ou inconscientes são, segundo o codificador da doutrina espírita, os que produzem os fenômenos espontaneamente, sem nenhuma participação de sua vontade e o mais das vezes sem o saberem. É assim que muitas pessoas que jamais ouviram falar de Espiritismo podem ser médiuns sem se darem conta disso.

Na obra de André Luiz, ao reportar-se ao fenômeno de psicofonia, o conceito pertinente ao adjetivo “inconsciente” aplicado à mediunidade é colocado de forma diferente. O assunto é tratado por ele nos cap. 6 a 8 do livro Nos Domínios da Mediunidade, obra psicografada por Francisco Cândido Xavier.

Para compreender melhor a diferença entre psicofonia consciente e psicofonia inconsciente, notemos que na primeira – psicofonia consciente – André Luiz compara a associação entre o Espírito sofredor e o corpo do médium a um sutil processo de enxertia neuropsíquica.

Descrevendo um desses casos, em que atuou a médium Eugênia, André diz que leves fios brilhantes ligavam a fronte da alma da médium, desligada do seu veículo físico, ao cérebro da entidade comunicante. Embora senhoreando as forças da médium, o Espírito comunicante permanecia controlado por ela, a quem então ele se imanava pela corrente nervosa, através da qual a médium estaria informada de todas as palavras que ele mentalizasse e pretendesse dizer.

Segundo o instrutor Aulus, consciente de todas as intenções do Espírito infortunado, a médium reservava-se o direito de corrigi-lo em qualquer inconveniência. "Pela corrente nervosa, conhecer-lhe-á as palavras na formação, apreciando-as previamente, de vez que os impulsos mentais dele lhe percutem sobre o pensamento como verdadeiras marteladas. Pode, assim, frustrar-lhe qualquer abuso, fiscalizando-lhe os propósitos e expressões, porque se trata de uma entidade que lhe é inferior, pela perturbação e pelo sofrimento em que se encontra, e a cujo nível não deve arremessar-se, se quiser ser-lhe útil. O Espírito em turvação é um alienado mental, requisitando auxílio.”

Outro dado importante é que a alma de Eugênia, a médium, se conservava bem próxima do seu corpo físico, visto que nesse tipo de fenômeno, sempre que o esforço se refira a entidades em desajuste, o medianeiro não deve ausentar-se demasiado. Com um demente em casa, o afastamento é perigoso.

Na psicofonia inconsciente, os fatos se processam de forma diferente.

A médium agora chama-se Celina. Descrevendo o fenômeno, André diz que, assim que viu o Espírito sofredor, a alma da médium desvencilhou-se do corpo físico, como alguém que se entregasse a sono profundo, e conduziu consigo a aura brilhante de que se coroava. Fitando o desesperado visitante com simpatia, abriu-lhe os braços, auxiliando-o a senhorear o veículo físico, então em sombra. Como se fora atraído por vigoroso ímã, o sofredor arrojou-se sobre a organização física de Celina, colando-se a ela, instintivamente. Auxiliado por outro Espírito, ele sentou-se com dificuldade, afigurando-se a André Luiz estar intensivamente ligado ao cérebro físico da médium.

No caso anterior, a médium Eugênia revelara-se benemérita enfermeira. Neste, Celina surgia como abnegada mãezinha, tal a devoção afetiva para com o hóspede infortunado. Partiam dela fios brilhantes a envolvê-lo inteiramente e o recém-chegado, em vista disso, não obstante senhor de si, demonstrava-se criteriosamente controlado, assemelhando-se a um peixe furioso entre os estreitos limites de um recipiente. O comunicante projetava de si estiletes de treva, que se fundiam na luz com que a alma de Celina o rodeava, dedicada. Ele tentava gritar impropérios, mas em vão. Celina era um instrumento passivo no exterior, entretanto, nas profundezas do ser, mostrava as qualidades morais positivas que lhe eram conquista inalienável, impedindo aquele irmão de qualquer manifestação menos digna.

O instrutor Aulus explicou que Celina constituía um exemplo de sonâmbula perfeita e explicou: "A psicofonia, em seu caso, se processa sem necessidade de ligação da corrente nervosa do cérebro mediúnico à mente do hóspede que o ocupa". A espontaneidade dela é tamanha na cessão de seus recursos, que não tem qualquer dificuldade para desligar-se de maneira automática do campo sensório, perdendo provisoriamente o contacto com os centros motores da vida cerebral. Sua posição medianímica era de extrema passividade. Por isso mesmo, revelava-se o Espírito comunicante mais seguro de si na exteriorização da própria personalidade. Esse fato não significa que a médium estivesse ausente ou irresponsável. Junto de seu corpo, agia como mãe generosa, auxiliando o sofredor que por ela se exprimia, qual se fora frágil protegido de sua bondade.

Concluindo as observações sobre o caso, Aulus explicou: "O sonambulismo puro, quando em mãos desavisadas, pode produzir belos fenômenos, mas é menos útil na construção espiritual do bem. A psicofonia inconsciente, naqueles que não possuem méritos morais suficientes à própria defesa, pode levar à possessão, sempre nociva, e que, por isso, apenas se evidencia integral nos obsessos que se renderam às forças vampirizantes".
 


 
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