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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 9 - N° 417 - 7 de Junho de 2015
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Trilhas da Libertação

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 24)

Continuamos a apresentar o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995.

Questões preliminares

A. Dentre todas as paixões, quais delas constituem nosso maior verdugo?

São os apetites sexuais o mais terrível verdugo da criatura humana. O plasma psíquico do sexo da pessoa cobiçada atormenta o inquieto e inconsequente, levando-o à desarmonia e à loucura. Somente a decisão forte e consciente para a libertação rompe esse círculo apertado de desejo e insatisfação, de gozo e sede. (Trilhas da Libertação. Vidas em Perigo, pp. 192 a 194.)

B. É certo dizer que os médiuns não são criaturas especiais, mas, em verdade, Espíritos muito comprometidos por seus atos no passado?

Sim, é verdade. Respondendo a uma pergunta de Manoel P. de Miranda, o mentor espiritual explicou: “Não são os médiuns, conforme sabemos, criaturas especiais, destinados à galeria espiritual dos eleitos, como seres venerandos. Normalmente são Espíritos muito comprometidos que dispõem das faculdades medianímicas para mais servir, reequilibrando o psiquismo desarmonizado ao impacto das ações incorretas. Vitimados pela consciência culpada, experimentam os conflitos que defluem das atitudes exorbitantes que se permitiram”. A faculdade propicia-lhes ajudar aqueles a quem ofenderam e se demoram em aflição, assim como a socorrer indiscriminadamente a todos que necessitem de disciplina corretora. (Obra citada. Ocorrência Grave, pp. 195 e 196.)

C. Qual é o verdadeiro direcionador do nosso destino?

O excelente direcionador do destino é o livre-arbítrio. Quando a opção tomada pelo indivíduo é correta, acelera a marcha, e quando é equivocada retarda-a, aprendendo, pela metodologia da reeducação, a discernir o que deve fazer e como realizá-lo, passando a agir com acerto. Contudo, quando gera dificuldades para si mesmo, sofrendo-as com  resignação e amor, elas se tornam elementos vitais para a libertação do indivíduo. (Obra citada. Ocorrência Grave, pp. 198 a 200.)

Texto para leitura

93. Dentre todas as paixões, os apetites sexuais constituem o maior verdugo – Estimulando o companheiro a prosseguir nas suas tarefas, superando-se e transformando lubricidade em afeto, sofreguidão em paz, vício em virtude, o irmão Almiro lembrou-lhe que as comunicações mediúnicas exigem o combustível das forças físicas e psíquicas do instrumento, e que, não raro, o problema apresentado tinha vinculações com os hábitos mentais incorretos, que desarticulam a emoção. Corrigindo-se o centro de posicionamento das ideias, estas fluirão em harmonia e em paz. Quanto à senhora enferma e obsidiada, faziam-se necessárias redobrada vigilância, oração e decisão imediata de interromper o nefasto processo. “Sem dúvida – esclareceu o dirigente –, nossa infeliz cliente se encontra sob indução espiritual perversa. Utilizando-se dos seus hábitos mentais e morais licenciosos, adversários dela como de nós outros açulam-lhe os apetites sexuais, alucinando-a. Porque se permite cultivar as ideias e as aspirações subalternas, encontra-se em faixa psíquica inferior, sendo estimulada à perversão que a pouco e pouco a desarvora.” Enquanto não nos conscientizarmos de que a mente é dínamo gerador de forças, e que, de acordo com a qualidade da onda emitida, nessa frequência nos sentiremos, o problema em pauta se transformará em tragédia do cotidiano, cada dia mais cruel. Esse desbordamento das paixões, durante as horas de lucidez, arquiva no subconsciente os clichês dos desejos não fruídos, que ressurgem à hora do repouso físico como sonhos perturbadores, nos quais intercambiamos com os obsessores. “Dentre as paixões primitivas que remanescem na criatura humana, os apetites sexuais – afirmou o irmão dirigente – se tornam os mais terríveis verdugos, cedendo espaço para as fugas espetaculares em variada expressão de vícios. O plasma psíquico do sexo da pessoa cobiçada atormenta o inquieto e inconsequente, levando-o à desarmonia e à loucura. Somente a decisão forte e consciente para a libertação rompe esse círculo apertado de desejo e insatisfação, de gozo e sede...” Como se procurasse escutar, nos refolhos da alma, a palavra do irmão Vicente, que lhe dominava a mente, o senhor Almiro finalizou: “Encerre imediatamente esse capítulo triste da sua existência que você não está a desenhar. Colhido pela irmã em desalinho, a quem busca ajudar, use de franqueza sem agressividade, e não volte a vê-la”. Colhido pelo conselho claro e direto, Francisco perguntou: “E se, induzida pelo mal que nela reside e pela Entidade má com a qual se homizia psiquicamente, ela vier a suicidar-se?” Almiro meditou e, muito calmo, redarguiu: “Seria profundamente lamentável essa ocorrência inditosa para ela, como também para nós todos. No entanto, a opção é dela. A pretexto de auxiliá-la, sem que ela deseje ajudar-se, não é lícito que você se perca e se desequilibre, sabendo, conforme cremos, que você é somente um capricho a mais, um brinquedo nas mãos levianas de uma pessoa inconsequente, bem como de Entidades vingativas”. (Vidas em Perigo, pp. 192 a 194.)

94. Os médiuns não são criaturas especiais – Finda a entrevista com Almiro, Francisco recuperou a serenidade e retornou ao lar, meditando a respeito da conduta que lhe foi proposta. Portador de grande sensibilidade, embora confiasse na ajuda divina que nunca nos falta, receava um desfecho trágico, quando tomasse a iniciativa de interromper o intercâmbio nefasto. Valendo-se de um momento disponível nas atividades do irmão Vicente, Miranda perguntou-lhe por que os médiuns normalmente se apresentam portando problemas graves, como acontecia a Francisco. Respondeu-lhe o Mentor: “Não são os médiuns, conforme sabemos, criaturas especiais, destinados à galeria espiritual dos eleitos, como seres venerandos. Normalmente são Espíritos muito comprometidos que dispõem das faculdades medianímicas para mais servir, reequilibrando o psiquismo desarmonizado ao impacto das ações incorretas. Vitimados pela consciência culpada, experimentam os conflitos que defluem das atitudes exorbitantes que se permitiram”. A faculdade propicia-lhes ajudar aqueles a quem ofenderam e se demoram em aflição, assim como a socorrer indiscriminadamente a todos que necessitem de disciplina corretora. Como a mediunidade exterioriza energias específicas, que se caracterizam por ondas de simpatia, qual ocorre em diversas áreas humanas, muitas vezes degenera em uniões conflitivas, extraconjugais, sem sentido, produzindo despertamento, após passadas as labaredas da paixão, da dependência emocional, em situações inamistosas, quando não em tragédias lamentáveis. “Nosso Francisco – acrescentou o Mentor – deverá permanecer com o seu espinho na carne, transformando as energias criadoras do sexo em construções do Bem e da Caridade.” (Ocorrência Grave, pp. 195 e 196.)

95. Quem deseje ascender, recebe ajuda para isso – Depois de afirmar que não havia, necessariamente, vínculo entre a senhora obsidiada e Francisco, Vicente explicou que toda ação se direciona ao equilíbrio cósmico, mantendo-o ou desarticulando-o. Assim, a recuperação dá-se em relação às Leis da Vida e não particularmente a cada indivíduo que se sente prejudicado. É por isso que o perdão oferecido pela vítima proporciona a ela mesma maior bem, enquanto o ofensor, embora desculpado, permanece devedor, até o momento em que resgate o mal que praticou. “Nossa irmã – informou Vicente – é acidente natural de percurso, utilizada por mentes desencarnadas, que a manipulam nos quadros da sua leviandade e que pretendem dificultar o ministério do médium criando perturbação e desídia em nossa Casa, fiéis ao programa de desafio e agressão a que se propõe o Chefe, como sabemos. Indiretamente ela se elege cobradora, desnecessária à lei de harmonia, tornando-se, por sua vez, vítima da própria luxúria. Se se mantivesse em outro campo de conduta moral, provavelmente se sentiria tocada pela simpatia do jovem, transformando-a em amizade enriquecedora ao invés de aflição degenerativa, o que lhe faculta sintonizar com o comparsa desencarnado.” A decisão, portanto, é de cada pessoa, conforme as luzes do discernimento que possua. Nesse ponto, Vicente convidou Miranda a visitar, com ele, a médium Raulinda, em cujo quarto eles depararam com uma cena inesperada. Tomada de compulsivo pranto, a jovem apresentava-se agitada e envolta em densas vibrações de sensualidade, enquanto seu adversário desencarnado agredia-a com inusitada violência, blasfemando e acusando-a. Vicente esclareceu que Raulinda se debatia no conflito em torno da sua problemática de saúde, buscando entender-lhe a gênese. Tratando-se com um esculápio de formação moral vulgar, este incutiu-lhe na mente que sua enfermidade possuía raízes histéricas e que somente através do relacionamento sexual poderia ser solucionada.  (Ocorrência Grave, pp. 197 e 198.)

96. O livre-arbítrio é o excelente direcionador do destino – Acostumado à sedução, e percebendo a insegurança e a inquietação da cliente, o médico vinha encaminhando todas as conversações nesse sentido, candidatando-se ele próprio à solução. Casado e pai de família, mas leviano e inescrupuloso, hipnotizou-a com a orientação, e naquele dia mesmo, em pleno consultório, consumara a terapia aviltante. Passado, porém, o momento do enlevo e da sedução, Raulinda tomou consciência da invigilância e, embora tardiamente,  arrependeu-se. “Como o caro Miranda se recorda – explicou Vicente –, temos tentado auxiliá-la com esforço e intensidade de amor em várias oportunidades. O matrimônio estava na pauta da sua reencarnação, a fim de que o adversário desencarnado lhe voltasse aos braços na condição de filho, para que o amor santificado resgatasse a loucura do passado. Desatenta e apressada, resolveu aceitar as propostas infames do médico e, conforme o imperativo das Leis Soberanas, tornar-se-á mãe. Colhido pelo inesperado, e atraído pelo fenômeno biológico da fecundação, o seu inimigo percebe que se encontra imanado ao ovo, em razão de haver-se vinculado ao gameta masculino mediante o processo automático do renascimento. Essa a razão do seu desespero e agressividade ora exacerbados. Tombou nas malhas magnéticas da própria armadilha. O que aconteceria por amor, a imprevidência produziu pela violência.” Feitos esses esclarecimentos, o Mentor acrescentou: “Nossa presença aqui, neste momento, objetiva diminuir as cargas de perturbação, que poderão crescer, levando nossa Raulinda, desgostosa, a uma decisão mais hedionda, qual o suicídio, por dar-se conta da gravidade do acontecimento, não se encontrando com as resistências morais hábeis para suportar os efeitos do gesto impensado. Oremos”. (A irreflexão é responsável por muitos males que afligem o ser humano, que passa a sofrer danos que não se encontram programados na sua ficha cármica. Fatalmente destinado à plenitude, a sua jornada é feita, etapa a etapa, mediante o livre-arbítrio, que se torna o excelente direcionador do destino. Quando a opção é correta, acelera a marcha, e quando é equivocada retarda-a, aprendendo, pela metodologia da reeducação, a discernir o que deve fazer e como realizá-lo, passando a agir com acerto. Contudo, quando gera dificuldades para  si mesmo, sofrendo-as com  resignação e amor, elas se tornam elementos vitais para a libertação do indivíduo.) A jovem Raulinda, deixando-se fragilizar pela dúvida em torno das questões espirituais e estimulada pelo passado à preservação das paixões primitivas, permitiu-se tombar na cilada da insensatez. A ilusão do prazer sexual, sem, no entanto, o amor que lhe dá harmonia, é qual incêndio voraz, sempre fugaz e destruidor... O ser desperta dele insatisfeito, sob a carga dos efeitos que lhe cumpre conduzir, amargando reflexões e, às vezes, revolta contra si mesmo. O médico, certamente, jamais assumiria a paternidade, leviano que era, transferindo a responsabilidade para outrem, como de hábito acontece. É comum a queixa em torno da não proteção divina àqueles que sofrem. Esta, porém, jamais falta, chegando sempre antes da consumação do mal. Entretanto, quando a invigilância desencadeia o drama, torna-se mais difícil deter-lhe o volume, que é resultado das ações irregulares do início. O caso Raulinda encaixava-se perfeitamente nessa tese. (Ocorrência Grave, pp. 198 a 200.)  (Continua no próximo número.)
 



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita