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Um minuto com Chico Xavier

Ano 9 - N° 416 - 31 de Maio de 2015

JOSÉ ANTÔNIO VIEIRA DE PAULA
depaulajoseantonio@gmail.com
Cambé, Paraná (Brasil)
 

 
 
Estava presente na reunião do Grupo Espírita da Prece, em Uberaba, quando Chico recebeu a mensagem de Clara Nunes, uma das maiores intérpretes de nossa música popular. Foi no dia 15 de setembro de 1984 e, desde então, permanecemos na expectativa de que a referida página nos viesse ter às mãos, o que somente agora aconteceu por uma deferência do Dr. Francisco Borges de Oliveira, diretor do Grupo Espírita “Paulo de Tarso”, de Caetanópolis-MG, que mantém a Creche “Clara Nunes”. Destacamos que, em suas palavras, conforme poderá ser verificado, Clara, após o desenlace, foi assistida por entidades vinculadas aos cultos afro-brasileiros, que confiaram o Espírito liberto aos seus pais, igualmente desencarnados.

A mensagem foi dirigida por ela à irmã Maria, presente na reunião à qual reportamos.

Querida Maria:

Eu pressentia que o encontro, através das notícias, seria primeiramente com você. Somente você teria disposição de viajar de Caetanópolis até aqui, no objetivo de atingir o nosso intercâmbio.

Descrever-lhe o que se passou comigo é impossível agora. Aquela anestesia suave que me fazia sorrir se transformou numa outra espécie de repouso que me fazia dormir.

Sonhava com vocês todos e me via de regresso à infância. Era uma alegria que me situava num mundo fantástico. Melodia e cores, lembranças e vozes se mesclavam e eu me perdia naquele êxtase desconhecido. Não cuidava de mim. Lembrava-me dos que ficaram, mas ainda não sabia se a mudança seria definitiva.

Conte ao nosso querido Paulo a minha experiência. Tantos dias de descanso, ignorando o que vinha a ser tudo aquilo que se apresentava à minha imaginação por fantasias que desconhecia como deslindar.

Peço a você solicitar a ele me perdoe se lhes transmito as presentes notícias com a fidelidade possível.

Acordei num barco engalanado de flores, seguido de outras embarcações, nas quais muitos irmãos entoavam hinos que me eram estranhos. Hinos em que o amor por Iemanjá era a tônica de todas as palavras. Os amigos que me seguiam falavam de libertação e vitória.

Muito pouco a pouco, me conscientizei e passei da euforia ao pranto da saudade, porque a memória despertava para a vida na retaguarda e o nosso Paulo se fazia o centro das minhas recordações.

Queria-o ali naquela abordagem maravilhosa, pois os barcos se abeiravam de certa praia encantadoramente enfeitada de verde nas plantas bravas que a guarneciam.

Quando o barco que me conduzia ancorou suavemente, uma entidade de grande porte se dirigiu a mim com paternal bondade e me convidou a pisar na terra firme. Ali estavam o meu pai, Manoel, e nossa mãezinha, Amélia. Os abraços que nos assinalavam as lágrimas de alegria pareciam sem fim. Era muita saudade acumulada no coração.

Ali, passei ao convívio de meus pais, e os meus guardiões retornavam ao mar alto. Retomei a nossa vida natural e, em companhia de meu pai, pude rever você e os irmãos todos, comovendo-me ao abraçar a nossa Valdemira, que me pareceu um anjo preso ao corpo.

Querida irmã, não disponho das palavras exatas que me correspondam às emoções. Peço a você reconfortar o nosso Paulo e dizer-lhe que não perdi o sonho de meu filhinho que nascesse na terra de nossa união e de nosso amor.

O futuro é luz de Deus. Quem sabe, virá para nós uma vida renovada e diferente para as mais lindas realizações?

Você diga ao meu poeta e letrista querido que estou contente por vê-lo fortalecido e resistente, exceção feita dos “copinhos” que ele conhece e que estou vendo agora um tanto aumentados...

Desejo que ele saiba que o meu amor pelo esposo e noivo permanente que ele continua sendo para mim está brilhando em meu coração, que continua cantando fora do outro coração que me prendia.

A cigarra, por vezes, canta com tanta persistência em louvor a Deus e à Natureza, que se perde das cordas que coordenam a cantiga, caindo ao chão, desencantada.

O meu coração da vida física não suportou a extensão das melodias que me faziam viver, e uma simples renovação para tratamento justo me fez repousar nas maravilhas diferentes a que fui conduzida.

Espero que o nosso Paulo consiga ouvir-me nestas letras.

Agradeço a ele as atitudes dignas com que me acompanhou até o fim do corpo, tanto que agradeço a você e às nossas irmãs e irmãos o respeito com que me honraram a memória, abstendo-se de reclamações indébitas junto aos médicos humanitários que se dispuseram a servir-nos.        

Querida irmã, continue com o nosso grupo em Caetanópolis. O irmão José Viana e o Dr. Borges estão conquistando valiosas experiências.

Muitas saudades e lembranças a todos os nossos e para você um beijo fraternal com as muitas saudades da sua, Clara.


Mensagem extraída do livro “Chico Xavier, 70 anos de Mediunidade”, escrito por Carlos A. Bacelli.   



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita