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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 9 - N° 416 - 31 de Maio de 2015
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Trilhas da Libertação

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 23)

Continuamos a apresentar o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995.

Questões preliminares

A. Quais eram as causas das aflições e conflitos que acometiam com frequência o médium Francisco?  

As causas radicavam-se no passado. Francisco procedia de reencarnações malogradas, especialmente no campo da fé religiosa, onde mais de uma vez se comprometera gravemente. Certa vez, no passado, passando como pastor, vinculado ao clero romano, entregara-se a lamentáveis práticas da luxúria e da sensualidade, vivendo largo período de permissividade e hipocrisia. Utilizando-se da religião, disfarçava as paixões inferiores na sotaina, enquanto explorava moçoilas ingênuas e viúvas angustiadas, que abandonava com indiferença, após saciados os caprichos servis. Denunciado várias vezes, conseguia, a peso de ouro, prosseguir na carreira infeliz, transferido de uma para outra paróquia, onde dava continuidade às práticas perversas e imorais. Ao desencarnar, na meia-idade, reencontrou com várias de suas vítimas que o aguardavam entre ódios e promessas de vingança. Reencarnando, por interferência de abnegado Mentor, volveu ao clero, para reparar e elevar-se, não conseguindo o êxito que dele se esperava, porquanto, insensato, deu curso outra vez aos disparates morais, aumentando ainda mais a carga de aflições que o futuro lhe deveria cobrar. (Trilhas da Libertação. Vidas em Perigo, pp. 185 a 187.)

B. Que aconteceu a Francisco no mundo espiritual depois de seu novo fracasso como membro do clero?

Largo foi o seu trânsito no mundo espiritual, entre remorsos sinceros e dores acerbas, até que nova oportunidade lhe foi concedida, através da faculdade mediúnica, cujo objetivo era ensejar-lhe o apaziguamento com muitos daqueles a quem prejudicara e que não conseguiram perdoá-lo. Graças à conduta irregular na área sexual, que o corrompera antes, renasceu com dificuldades e limites genésicos, que respondiam pelos tormentos atuais. Frequentemente, ao adormecer, assomavam do seu inconsciente profundo as cenas do passado, as quais lhe produziam pesadelos cruéis que o atormentavam, levando-o a reviver o clima de morbidez que o intoxicara antes. Nesses dias, as aflições tornavam-se-lhe ásperas, levando-o à depressão, à insegurança, ao sofrimento. Naturalmente, cultivando esses sentimentos, sintonizava com os adversários, experimentando angústias de alto porte. (Obra citada. Vidas em Perigo, pp. 187 e 188.) 

C. Podemos afirmar que na raiz de todo problema encontramos a presença do passado?

Sim. Foram essas as palavras do dirigente da Casa Espírita, Sr. Almiro, a quem Francisco expôs todo o drama que o acometia. Depois de deixá-lo exteriorizar as aflições, o dirigente, devidamente inspirado pelo Mentor do Grupo, elucidou: “Na raiz de todo problema encontramos a presença do passado. No ontem situam-se as causas, como sabemos, positivas ou perturbadoras da nossa caminhada no rumo do progresso. Equivocados e renitentes, os devedores nos apresentamos jungidos à canga dos débitos que a imprevidência e a presunção nos levaram a contrair. Particularmente, na área dos conflitos sexuais, assim como da insegurança pessoal com todo o seu séquito de tormentos, enfrentamos o ressumar da intemperança e dos abusos de vária ordem, que volvem do pretérito espiritual. O apóstolo Paulo, escrevendo aos gálatas, refere que ‘Tudo o que o homem semear, isso também ceifará’, demonstrando a excelência da Justiça Divina. Daí resulta que a existência física é uma oportunidade feliz de recomposição, em que o endividado se reedifica interiormente mediante o aproveitamento das horas. Aqueles que se consideram estigmatizados por esta ou aquela limitação sexual, estão sob a disciplina retificadora dos excessos que antes se exigiram, impondo-se-lhes a necessidade de recuperação do equilíbrio”. (Obra citada. Vidas em Perigo, pp. 188 a 191.) 

Texto para leitura 

89. O caso Francisco – O médium Francisco, que semanalmente tornava-se instrumento dúctil para as comunicações, particularmente aquelas que se caracterizavam pelo sofrimento e pela perturbação, sintonizando sem esforço com os Espíritos atormentados e obsessores, reencarnara com atividades estabelecidas, programado para uma existência de renúncia e abnegação. Jovem, possuía uma aura de simpatia que contribuía para ser estimado com facilidade, como também para despertar sentimentos vulgares nas pessoas insensatas e viciosas, acostumadas aos desatinos morais. Afligiam-no, no entanto, no seu mundo íntimo, inúmeros conflitos, que ele buscava superar no estudo e na vivência da Doutrina Espírita. Embora aparentasse calma e segurança, não raro surpreendia-se agônico, agitado, sob imperativos afligentes que o dilaceravam por dentro, quando se lhe nublava o entendimento, a ponto de não conseguir orar, de modo a restabelecer o equilíbrio, a harmonia. Isso lhe constituía, de certo modo, um calvário a viver, qual ocorre com expressivo número de criaturas que jornadeiam no mundo, crucificadas em madeiros invisíveis. Na verdade, Francisco procedia de reencarnações malogradas, especialmente no campo da fé religiosa, onde mais de uma vez se comprometera gravemente. Certa vez, no passado, passando como pastor, vinculado ao clero romano, entregara-se a lamentáveis práticas da luxúria e da sensualidade, vivendo largo período de permissividade e hipocrisia. Utilizando-se da religião, disfarçava as paixões inferiores na sotaina, enquanto explorava moçoilas ingênuas e viúvas angustiadas, que abandonava com indiferença, após saciados os caprichos servis. Denunciado várias vezes, conseguia, a peso de ouro, prosseguir na carreira infeliz, transferido de uma para outra paróquia, onde dava continuidade às práticas perversas e imorais. Ao desencarnar, na meia-idade, reencontrou com várias de suas vítimas que o aguardavam entre ódios e promessas de vingança. Reencarnando, por interferência de abnegado Mentor, volveu ao clero, para reparar e elevar-se, não conseguindo o êxito que dele se esperava, porquanto, insensato, deu curso outra vez aos disparates morais, aumentando ainda mais a carga de aflições que o futuro lhe deveria cobrar. (Vidas em Perigo, pp. 185 a 187.) 

90. O assédio da paciente invigilante – Largo foi o seu trânsito no mundo espiritual, entre remorsos sinceros e dores acerbas, até que nova oportunidade lhe foi concedida, através da faculdade mediúnica, cujo objetivo era ensejar-lhe o apaziguamento com muitos daqueles a quem prejudicara e que não conseguiram perdoá-lo. Graças à conduta irregular na área sexual, que o corrompera antes, renasceu com dificuldades e limites genésicos, que respondiam pelos tormentos atuais. Frequentemente, ao adormecer, assomavam do seu inconsciente profundo as cenas do passado, as quais lhe produziam pesadelos cruéis que o atormentavam, levando-o a reviver o clima de morbidez que o intoxicara antes. Nesses dias, as aflições tornavam-se-lhe ásperas, levando-o à depressão, à insegurança, ao sofrimento. Naturalmente, cultivando esses sentimentos, sintonizava com os adversários, experimentando angústias de alto porte. Sua problemática sexual expressava-se em forma de timidez, insegurança, complexo de inferioridade. Ninguém lhe conhecia a identidade interior, que resguardava com dignidade, com pudor. Tivera então oportunidade de iniciar-se na tribuna espírita com muito equilíbrio, sendo a sua palavra inspirada recebida com avidez pelo público que acorria a escutá-lo com frequência; contudo, à medida que se tornava conhecido, mais pesado ônus íntimo lhe era exigido. Reconhecendo as próprias deficiências, Francisco recolhia-se, evitava o tumulto, as rodas excitantes da frivolidade, acautelava-se. A pouco e pouco, sua pessoa passou a merecer destaque no Grupo, o que provocou, por outro lado, a reação dos adversários desencarnados, em especial dos inimigos do Bem. Convidado a atender enfermos e obsidiados, o médium entregou-se ao labor com espírito de serviço, com a pureza de sentimento exigível. Apesar disso, gentil senhora que lhe recebia a assistência espiritual e a bioenergia, frustrada nas ambições conjugais e insatisfeita consigo mesma, acostumada a uma conduta permissiva, então em moda, começou a afeiçoar-se ao jovem trabalhador e, sem policiar a distonia moral, terminou por apaixonar-se, tornando a sua vida um verdadeiro pandemônio. Ela telefonava-lhe insistentemente, adoecia com o objetivo de ter-lhe a presença, cultivava ideias perturbadoras, envolvia-o com vibrações e pensamentos de lascívia. A princípio, Francisco escusou-se, procurou esclarecê-la, apelou para os deveres familiares a que ela se prendia, mas em vão. A verdade é que, dando campo a vinculações psíquicas levianas, tornou-se ela tormento incessante para o jovem médium. (Vidas em Perigo, pp. 187 e 188.) 

91. Na raiz de todo problema encontramos o passado – De tal forma a dama se entregou ao cultivo dos caprichos lúbricos, que acabou atraindo terrível obsessor, vinculado ao Soberano das Trevas, o qual passou a telecomandá-la, tendo em mente levar adiante a programação daquele Espírito terrível que, através da mulher invigilante, pretendia gerar tumulto e desconcerto no Grupo dirigido espiritualmente pelo irmão Vicente. Sentindo-se repelida e aspirando os fluidos tóxicos do comparsa espiritual, a mulher transformou a paixão vulgar em meta essencial da existência, chantageando o homem correto, que a recusava. Altas horas da noite telefonava-lhe, ameaçando narrar o que dizia ser seu sofrimento ao marido, suicidando-se depois e inculpando-o. Aturdido, Francisco resolveu expor o problema ao dirigente da Casa, o irmão Almiro, a fim de receber a orientação da sua experiência, o conselho hábil para solucionar o problema em agravamento. (Quando os indivíduos se buscarem com respeito e confiança, apoiando-se uns aos outros, abrindo o coração, muitos desaires e tragédias poderão ser evitados, ampliando os horizontes da lídima fraternidade, especialmente quando os membros de um mesmo ideal recorrem ao amparo e à inspiração recíproca sob o apoio divino. Certamente foi por essa razão que Jesus recomendou: Confessai-vos uns aos outros.) Almiro escutou, emocionado e atento, toda a narração, envolvendo em simpatia e ternura o consulente e companheiro de atividades espíritas. Depois de deixá-lo exteriorizar as aflições em catarse feliz, o dirigente, devidamente inspirado pelo Mentor do Grupo, elucidou: “Na raiz de todo problema encontramos a presença do passado. No ontem situam-se as causas, como sabemos, positivas ou perturbadoras da nossa caminhada no rumo do progresso. Equivocados e renitentes, os devedores nos apresentamos jungidos à canga dos débitos que a imprevidência e a presunção nos levaram a contrair. Particularmente, na área dos conflitos sexuais, assim como da insegurança pessoal com todo o seu séquito de tormentos, enfrentamos o ressumar da intemperança e dos abusos de vária ordem, que volvem do pretérito espiritual. O apóstolo Paulo, escrevendo aos gálatas, refere que ‘Tudo o que o homem semear, isso também ceifará’, demonstrando a excelência da Justiça Divina. Daí resulta que a existência física é uma oportunidade feliz de recomposição, em que o endividado se reedifica interiormente mediante o aproveitamento das horas. Aqueles que se consideram estigmatizados por esta ou aquela limitação sexual, estão sob a disciplina retificadora dos excessos que antes se exigiram, impondo-se-lhes a necessidade de recuperação do equilíbrio”. (Vidas em Perigo, pp. 188 a 191.) 

92. Ninguém consegue transitar no mundo sem os desafios e as aflições – Prosseguindo em sua análise, o senhor Almiro aduziu: “Alguns psicoterapeutas, vinculados ao pensamento freudiano, recomendariam de imediato a sua entrega ao prazer, à liberação da libido, ao comércio alucinante do sexo nos intercâmbios heterodoxos ora em voga... Não nos cumpre, porém, censurar-lhes a óptica de observação e avaliação do comportamento do homem, que reduzem à simples expressão de animal sexual. Considerando, no entanto, o ser, na sua totalidade, imortal na sua essência, a visão dos problemas que lhe dizem respeito sofre profunda alteração. É certo que a imposição de uma conduta castradora, coibitiva das funções genésicas, atenta contra a própria fisiopsicologia do indivíduo. De acordo com o tipo de cada problemática, é indispensável uma solução específica, equivalente, que lhe corresponda. Assim, no campo das funções reprodutoras, a eleição do parceiro pelo amor representa valiosa decisão, que lhe faculta o núcleo familial no qual se caldearão as expressões da conduta, surgindo o equilíbrio mediante a entrega ao dever, ao amor... Noutras expressões da manifestação sexual derivadas do ontem, certamente essas solicitarão a canalização condizente, dirigindo as energias genésicas para os objetivos da beleza, da cultura, da fé religiosa, da ciência, da tecnologia, que também proporcionam a plenitude. A liberação ampla, que facilmente se transforma em comportamento promíscuo, mais aflige e complica o quadro do portador dos conflitos. Examinem-se os campeões do prazer, e ver-se-á como se apresentam instáveis, atribulados, insatisfeitos, derrapando nos abismos das drogas, das alucinações variadas... É claro que não pretendemos recorrer a imposições puritanistas que ficaram nos dias idos. Somos de parecer que a abstinência, a conduta saudável, mental e física, será sempre o melhor processo psicoterapêutico para a recomposição das paisagens emocionais e morais...” Focalizando, em seguida, diretamente o caso do amigo, o senhor Almiro acrescentou: “Eis por que, nas dificuldades em que você se vê envolvido, as atividades bem orientadas têm-lhe constituído meio seguro de autorrrealização. Como ninguém consegue transitar, no mundo, em clima de harmonia plena, isto é, sem a presença dos desafios e das aflições, ditosos são aqueles que podem olhar para trás sem anotar deslizes que tornariam a própria situação mais conflitiva, mais tormentosa”. “Dessa forma, através da reflexão, você identificará os fatores de perturbação que o aturdem e prosseguirá conduzindo o barco somático de forma equilibrada, embora alguma carência que venha a registrar. A mediunidade é-lhe campo formoso de experiências iluminativas, em cujo aprimoramento suas energias criadoras são utilizadas de maneira eficiente, tranquilizando-o.” (Vidas em Perigo, pp. 191 e 192.) (Continua no próximo número.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita