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Brasil
Ano 9 - N° 416 - 31 de Maio de 2015
JÚLIO ZACARCHENCO
juliokachenco@gmail.com
Sumaré, SP (Brasil)
 
 

Um público numeroso foi ao  workshop ministrado por Divaldo Franco

"Em Busca da Plenitude" foi o tema do evento, que se realizou no dia 3 de maio, no Centro de Convenções da Bahia

 
No primeiro domingo de maio, dia 3, no Centro de Convenções da Bahia, na cidade de Salvador, o médium e orador espírita Divaldo Pereira Franco realizou, como estava previsto, um workshop sobre o tema “Em Busca da Plenitude”. O evento teve início às 8h30 e foi encerrado às 13h30, compondo-se de 3 módulos.

Priscila Beira e alguns familiares apresentaram belíssimas canções, que encantaram o público. E a emoção prosseguiu intensa, com uma linda homenagem ao médium, na forma de apresentação powerpoint, preparada por Jorge Moehlecke.

É cediço que Divaldo possui uma agenda de atividades doutrinárias intensa e exaustiva. Em março, ele cumpriu um roteiro de palestras e seminários em 6 cidades dos Estados Unidos da América, nas duas costas daquele país, após o que, retornou para o Brasil para vários outros compromissos de divulgação espírita; e, em meados de abril, seguiu para outra viagem internacional, a fim de proferir conferências e seminários em Espanha e Portugal. Vitimado por uma pneumonia e atendendo criteriosamente à recomendação médica, antecipou em dois dias o seu retorno ao Brasil, para poder seguir adequadamente o tratamento que lhe fora prescrito. A série de palestras e workshops que seriam realizados em diferentes países europeus, já a partir do início de maio, foi cancelada, para o integral cumprimento do tratamento médico. 

Mais de 2.000 pessoas participaram do evento 

Entretanto, por estar demonstrando ótima recuperação, Divaldo confirmou a sua participação no evento deste domingo. Superando as próprias limitações físicas, o médium espírita subiu ao palco do Centro de Convenções da Bahia sob os aplausos do público de mais de 2.000 pessoas que lotava o auditório, que ali prestava o seu preito de gratidão e reconhecimento pelo ato de profunda renúncia, generosidade e amor de Divaldo, o qual iniciou sua fala declarando, “ipsis verbis”, que “na seara de Jesus, a maior honra é podermos trabalhar, a fim de alcançarmos a plenitude”; e, num ato de grande humildade, pediu escusas pelas dificuldades físicas que apresentava e acrescentou que haveria de fazer todo o esforço que lhe estava ao alcance para cumprir com a tarefa, uma vez que tinha adotado em sua vida Jesus, como exemplo, modelo e guia.

Fato a ser destacado é que, em suas primeiras palavras, sua voz apresentava-se um tanto enfraquecida, algo perfeitamente na-

tural para alguém com o quadro clínico de pneumonia; entretanto, em breves minutos, a voz foi dotada de nova energia, volume, evidenciando a todos o poder da fé e da intervenção espiritual superior na vida e obra desse missionário espírita. 

Autoencontro é o encontro com o deus interno 

Evocando a frase de Erasmus, eleita por Carl Gustav Jung para estampar a porta de sua residência, Divaldo proclamou: “convidado ou não, Deus sempre está presente”; e, dessa forma, desenvolveu o workshop, demonstrando que o encontro com a plenitude ocorre como o coroamento do processo da viagem interior e do autoencontro, que é o encontro com o deus interno, isto é, a nossa realidade divina.

Dentro do processo antropossociopsicológico, foi ressaltada a evolução dos instintos às primeiras emoções, e do pensamento, como base fundamental das emoções, tendo sido recordadas as questões que sempre ocuparam a atenção da Filosofia: qual a finalidade e o sentido da vida; qual a razão dos sofrimentos; por quê sofremos?

Mencionando Platão, um dos precursores do Espiritismo, e baseado nos ensinos da codificação espírita, Divaldo falou sobre o mundo das ideias ou mundo causal (dimensão espiritual) e afirmou que a finalidade da Filosofia é preparar os indivíduos para o enfrentamento da morte física e que o sentido maior da existência é a própria imortalidade.

Em breve retrospectiva histórica do pensamento filosófico, na qual tratou do mito de Perséfone, das doutrinas de Aristóteles, Schopenhauer, Nietzsche, esclareceu como o pessimismo e o ceticismo invadiram as mentes humanas, principalmente a partir do século XV d.C., e a resposta da Divindade às necessidades humanas, com a chegada do Espiritismo, no século XIX, reconhecidamente o Consolador prometido pelo Cristo.  

A dor é um processo natural na existência humana 

A Doutrina Espírita, afirmou Divaldo, trouxe-nos a demonstração científica e lógica dos princípios da imortalidade da alma, da reencarnação e da comunicabilidade dos Espíritos. Pela lei do livre-arbítrio, pela lei de causa e efeito e pela reencarnação, ficaram perfeitamente compreensíveis as causas atuais e anteriores das aflições, as quais atestam a justiça perfeita de Deus. Pelas existências sucessivas, como ficou explicado, é que conseguimos adquirir novos conhecimentos, passar por novas experiências e adquirir virtudes, ao tempo em que eliminamos as nossas imperfeições morais, a que Carl G. Jung denominava o lado sombra da criatura humana. Esse seria a única e verdadeira forma de se conquistar a plenitude.

Divaldo relembrou que a dor é um processo natural e inevitável da existência, mas que o sofrimento decorre da forma como lidamos com a dor, de maneira que a terapia para o sofrimento e também a sua profilaxia residem no exercício do Amor desinteressado, da caridade pura, praticando-se a abnegação e a humildade, a fim de que seja possível experimentar-se a verdadeira felicidade.

Após o coffee-break, Cláudio e Íris Sinoti, psicoterapeutas espíritas e estudiosos da série psicológica de livros de Joanna de Ângelis, apresentaram uma análise espírita das quatro nobres verdades de Buda, demonstrando que o caminho para o encontro com a plenitude leva-nos, necessariamente, ao enfrentamento do sofrimento e de suas causas, para o esforço de erradicação da fonte geradora dos mesmos. 

No final, o público cantou o “parabéns pra você”  

Para o encerramento do workshop, Divaldo Franco retornou ao palco e narrou algumas histórias contendo exemplos de vida, como a da enfermeira sobrevivente do genocídio armênio, narrada no livro “Perdão Radical”, do autor Brian Zahnd, e a do médico americano Dr. Dean Ornish que possuía grande conflito com relação ao seu pai, narrada na obra “Amor e Sobrevivência”, de sua própria autoria. Com isso, mostrou que o sofrimento tem uma face positiva, sendo tanto um recurso terapêutico para a alma quanto um verdadeiro método educacional para o progresso do ser humano, que sente-se, assim, impulsionado a realizar a viagem interior para o autodescobrimento e a libertação dos grilhões que o retêm na inferioridade espiritual.

Para completar o seu pensamento, Divaldo concitou a todos para que colocássemos o Cristo vivo e atuante no âmago de nosso ser, de modo que o Amor e o Autoamor possam ser vividos em todas as suas possíveis manifestações, especialmente na forma do perdão e do autoperdão e, também, no serviço ao próximo, atingindo-se, dessa maneira, o estado de paz interior, que é a própria plenitude.

Após bela visualização terapêutica com os presentes, o público, em pé, cantou o “parabéns pra você”, celebrando os 88 anos de existência física de Divaldo Franco, que seriam completados dois dias depois, no dia 5 de maio, demonstrando imenso carinho e o reconhecimento pela vida franciscana de abnegação, humildade e Amor ao próximo desse missionário do Cristo.

 

Nota do autor: 

As fotos desta reportagem são de autoria de Jorge Moehlecke.

 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita