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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 412 - 3 de Maio de 2015

ÉDO MARIANI 
edo@edomariani.com.br 
Matão, SP (Brasil)

 


A depressão à luz do Espiritismo


No Evangelho de Mateus, cap. V, vv. 5, 6 e 10, e em Lucas, cap. VI, vv. 20 e 21, Jesus nos ensina que bem-aventurados serão os aflitos. Entendemos que Jesus felicita os sofredores por saber que o sofrimento, como aprendemos nas palavras sábias de Emmanuel, é a pedagogia divina a nos ensinar a busca dos procedimentos indicados para curarmos as doenças da alma.

Em o Evangelho segundo o Espiritismo, no cap. V, Kardec faz esmerado estudo sobre o porquê dos sofrimentos da humanidade na Terra e, no item 25 do mesmo capítulo, o Espírito François de Genève (Bordeus), com o título “A Melancolia”, analisa o tema escrevendo: “Sabeis por que uma tristeza indefinida às vezes se apossa de vossos corações e vos faz achar a vida tão amarga? É o vosso Espírito que aspira à felicidade e à liberdade e que, ligado ao corpo que lhe serve de prisão, consome-se em grandes esforços para libertar-se dele. Porém vendo que são inúteis, cai em desânimo, e, como o corpo sofre essa influência, a falta de energia, o abatimento e uma espécie de apatia se apoderam de vós, fazendo com que vos acheis infelizes”.

Essas informações de François precedem aos atuais estudos das ciências psíquicas que, atualmente com o diagnóstico de depressão, procuram dar explicações sobre as causas dos transtornos de humor que acometem a muitos nos dias atuais, sendo resultantes de distúrbios de ordem física. Esse mal que está sendo considerado como a doença do século, e que assola o sofrimento humano, merece ser estudado sob o enfoque espiritual em virtude da sua vinculação íntima a sintomas de ordem anímica, como veremos.

O Espiritismo, ensinando e provando a imortalidade da alma, nos traz luz sobre o tema, pois os amigos espirituais, propiciando ajuda aos sofredores, nos têm informado que antes da reencarnação, isto é, antes da nossa volta a uma nova vida na Terra, nesse intervalo, quando merecedores, somos assistidos por eles no preparo do regresso. Esse preparo consiste num como tratamento espiritual, visando ajudar-nos na nossa programação reencarnatória, quando somos orientados sobre aquilo de que necessitamos para o melhor aproveitamento dessa vida futura.

Estando ainda no mundo espiritual, tomamos conhecimento da felicidade relativa desfrutada por aqueles que já adquiriram méritos para assim se sentirem e constatamos que ainda sofremos em virtude das mazelas, das imperfeições, das faltas cometidas, que configuram o mal que carregamos e daí os sentimentos de falência espiritual e, então, de livre vontade, concordamos em aceitar viver as provas e expiações necessárias ao nosso progresso espiritual e quitação dos débitos do passado.

Com essa nova visão concebida pelo Espiritismo, com essa nova ótica, deduzimos, como ensina François, que a depressão nada mais é do que um estado de desilusão que acomete o Espírito encarnado, quando a voz da consciência e as tendências instintivas nos trazem à memória o compromisso assumido antes do retorno e buscamos a nossa recuperação perante nós próprios, e, não nos encontrando com forças para seguir o novo caminho programado, transformando mazelas em virtudes, e nos julgando incapazes e incompetentes, por nos dividirmos entre o homem velho que insiste em ser o que sempre foi e o homem novo que percebe ser necessário realizar as mudanças prometidas, nesse estado de espírito caímos em tristeza profunda, num abatimento constrangedor, desapontados com nós mesmos, contrariados e incapazes, sem coragem de conviver com as frustrações de não podermos ser como queremos e ter que aceitar a vida como ela está sendo e não como gostaríamos que fosse. Incompetentes para a cura desejada, caímos em desequilíbrio espiritual e daí a depressão que, tratada apenas com as drogas medicinais, não surte o efeito desejado e continua-se a sofrer, pelas causas já apontadas.

Focando o mesmo tema, Ermance Dufaux, no livro de sua autoria “Reforma Íntima sem Martírio”, psicografia de Wanderley S. de Oliveira, nos ensina: “Considerando o egoísmo como o hábito de ter nossos caprichos pessoais atendidos, a contrariedade é o preço que pagamos pelo esbanjamento do interesse individualista em milênios afora, mas igualmente, é o sentimento que nos fará refletir na necessidade de mudança em busca de uma postura ajustada com as Leis naturais da Vida”.

O Espiritismo é, portanto, a doutrina que vem ao encontro da Humanidade para mostrar que a depressão não é um castigo de Deus, mas, sim, um alerta a ensinar-nos a compreender porque ainda vivemos, neste momento, aqui na Terra.

Alertados, tomamos conhecimento das nossas necessidades e, nos munindo do discernimento para separar o bem do mal e de muita boa vontade para as mudanças necessárias em nossos sentimentos íntimos, é que conseguiremos superar as causas apontadas pela ciência médica com o diagnóstico de depressão.          



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita