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Ano 9 - N° 411 - 26 de Abril de 2015

EURÍPEDES KUHL
euripedes.kuhl@terra.com.br
Ribeirão Preto, SP (Brasil)

 
 

Eurípedes Kühl

Ectoplasma

 Parte 2 e final

Ainda em "O Livro dos Médiuns", Cap. VI, nº 109, Allan Kardec registra que o perispírito é o princípio de todas as manifestações até então tidas à conta de maravilhosas. Posteriormente, referindo-se em particular às características e propriedades do hoje chamado ectoplasma, denominou-o, em "A Gênese", Cap. XIV, nº 35 e 36, de "fluido perispirítico", ou, segundo outros tradutores, de "fluido perispiritual".

Após Kardec os Espíritos deixaram entrever que o ectoplasma, como "produto acabado", isto é, pronto para ser utilizado, em reuniões de materializações ou de outros objetivos (terapêutica?) é composto por outras substâncias, além das orgânicas, do médium.

- André Luiz, Espírito, por exemplo, descreve com minúcias[1] uma reunião de materialização, segundo visão do Plano Maior: Ao ectoplasma utilizado nas sessões de ectoplasmia (materializações), são acrescentados potencial energéti­co de Espíritos Siderais, e outros elementos, denominados "recursos da natureza".

- dessa forma, o fenômeno da materialização, para alcançar êxito, necessita da energia de três elementos essenciais:

    1. Energias sutis, emanadas dos Espíritos Protetores;

    2. Energias do médium (ectoplasma) e eventualmente de outros participantes da reunião; aqui, o ectoplasma do médium é tratado pelo orientador espiritual como "força nervosa, fluindo abundante, qual neblina espessa e leitosa... sendo matéria plástica profundamente sensível às nossas criações mentais";

    3. Energias colhidas de elementos da Natureza terrestre (águas, plantas etc.).

                   NOTA: No já citado livro Espírito, Perispírito e Alma, Hernani Guimarães Andrade propõe a existência dos seguintes tipos de ectoplasma: ectomineroplasma, originário dos materiais minerais; ectofitoplasma, extraído dos vegetais; ectozooplasma, produzido pelos animais; ecto-humanoplasma, gerado pelos humanos. Mas, simplificando a terminologia, no sentido de tornar o significado mais acessível às pessoas, reduzo para ectoplasma mineral, vegetal, animal e humano.

Ainda do autor espiritual André Luiz há outra narração de sessões de ectoplasmia[2], onde é detalhado como o médium que emite o ectoplasma se desdobra, sob influxo espiritual protetor. Na sequência, há materialização de flores, que são distribuídas aos médiuns componentes da sessão.

- Francisco Cândido Xavier (1910-2002), o inolvidável médium brasileiro, “no início da sua tarefa na Terra exercia, dentre outras mediunidades, a de efeitos físicos”, segundo narração abaixo[3]:

Ficaram célebres as reuniões que promoveu junto a vários amigos, tanto em Pedro Leopoldo, quanto em Uberaba. Os que tiveram o privilégio de presenciar referidas reuniões com ele afirmam que observaram inesquecíveis fenômenos. (...) Chico estava num pequeno quarto, recostado numa poltrona. Ao entrar em transe, dentro de poucos minutos uma intensa luz começa a jorrar inundando todo o ambiente da reunião. Para surpresa geral e alegria de todos, Emmanuel surge materializado de corpo inteiro, trajado à romana, com as estrelas do Cruzeiro do Sul resplandecendo em seu peito. Nessas reuniões, ainda se materializavam André Luiz e Scheilla, que aplicavam passes nos enfermos, deixando perfumados os vasilhames com água. Mais tarde, Emmanuel recomendou a Chico que não seria conveniente continuar se desgastando nas atividades de materialização, porque a sua tarefa primordial, na atual existência, era o livro.

- Porém, das mais vibrantes notícias sobre o ectoplasma, são encontradas na narração[4] de fatos estupendos, dentre os quais o de três crianças (irmãs da médium de efeitos físicos Ofélia Corrales, na República de São José da Costa Rica): estando o local da reunião mediúnica com todas as portas trancadas, as três crianças foram transportadas para uma casinha próxima; a seguir, repetiu-se a mesma operação, em sentido inverso — portas trancadas, em ambos os ambientes, eis que as crianças foram trazidas de volta!

Nota: Ocorre-me a lembrança da série de TV “Jornada nas Estrelas”, criada em 1966 por Gene Rodenberry, na qual os tripulantes da nave “Enterprise” passavam por esse fenômeno de desmaterialização num local, seguido de transporte e materialização em outro...

Ainda o saudoso Herculano Pires noticiou[5]:

Um conhecido físico paulista, professor universitário, opinou ser possível o fenômeno da materialização, ante os conhecimentos atuais da Física, mas que, para realizar-se seria necessária uma quantidade de energia só possível de obter-se num período de duzentos anos. Entretanto, como ficou demonstrado nas experiências científicas do Espiritismo (e podendo voltar a ser comprovado desde que o Plano Espiritual o permita, mediante justificada razão), o fenômeno de materialização é produzido em poucos minutos. Além do mais, houve erro de classificação científica por parte daquele cientista (o físico paulista), já que a materialização não é um fenômeno físico, mas um fenômeno fisiológico.

Aportes

“Aporte”, na linguagem parapsicológica, é o aparecimento súbito de objetos, animais ou pessoas, num determinado ambiente, onde esteja um médium de efeitos físicos. Johann Karl Friedrich Zöllner (1834-1882), astrônomo e físico alemão, professor de Astronomia e Física na Universidade de Leipzig, membro da Real Sociedade de Londres, da Imperial Academia de Ciências Físicas e Naturais em Moscou, da Sociedade Científica de Estudos Psíquicos de Paris e da Associação Britânica Espiritualista de Londres, membro honorário da Associação de Ciências Físicas em Frankfurt-on-Main — ufa! — esse brilhante cientista imaginou esse mesmo tipo de transporte através da Quarta Dimensão.

Outra hipótese seria a desmaterialização dos elementos citados e rematerialização em lugar diferente.

Obs.: Citei o currículo do Dr. Zöllner para que seja aquilatado o grau de interesse científico do tema.

Cito outra pequena divagação: na longínqua Ilha da Páscoa, no Oceano Pacífico, as grandes estátuas de pedra, denominadas “Moais”, segundo lendas locais, teriam sido transportadas pela força do pensamento de um sacerdote.  Os blocos de rocha, de uma pedreira afastada quilômetros de onde estão, vinham “pelo ar”...

Não menos impressionantes são os relatos de lousas que vão de uma sala a outra, com portas e janelas fechadas e plantas que são geradas, no próprio ambiente da reunião mediúnica, a partir de outras plantas, chamadas de plantas-médiuns, já que elas é que possibilitaram o nascimento (materialização) de outras, havendo até casos de plantas com frutos![6]

Considerações gerais

O ectoplasma foi tema imperante no final do século XIX, quando homens responsáveis e dedicados pesquisaram-no à exaustão, deixando as portas abertas para os vindouros. Por não disporem de instrumental mais adequado, suas experiências restringiram-se a fenômenos de materialização, junto a médiuns especialistas e exames laboratoriais com os recursos de um século atrás...

Aliás, esse assunto, que no século passado intrigou tantos pesquisadores, hoje já não frequenta os laboratórios e, talvez, poucos Centros Espíritas. Imagino que é porque a humanidade já evoluiu a ponto de permitir-nos considerar que tais fatos nada mais representaram do que um despertamento que a Espiritualidade Amiga, à época, trouxe para a Humanidade. E é importante consignar que as materializações “espoucaram” por toda a Europa logo após a Codificação do Espiritismo, como se os Espíritos quisessem consolidá-lo, literalmente.

Sou dos que consideram o ectoplasma como mais uma bênção, das incontáveis que nos concede o Criador. Seu potencial é inimaginável. Assim, é-me penoso verificar que o ectoplasma não está presente nos laboratórios de pesquisas.

Por isso minha tristeza, ao notar que não há interesse científico sobre essa transcendental questão. Contudo, como "a Natureza não dá saltos", creio que no tempo certo o homem despertará tal atenção. E essa será mais uma das valiosas contribuições que o Espiritismo prestará à Humanidade, vez que as possibilidades de emprego do ectoplasma ultrapassam todos os voos da imaginação: desde transporte de pessoas/objetos, desmaterializando-os na origem e rematerializando-os no destino, até à cura de patologias consideradas fatais.
 


[1] LUIZ, André (Espírito) em Missionários da Luz, psicografia de F.C.Xavier, Cap. 10 (Materialização), 21ªEd., 1988, FEB, RJ/RJ.


[2] LUIZ, André (Espírito) em Nos Domínios da Mediunidade, psicografia de F.C.Xavier, Cap. 28 (Efeitos físicos), 8ªEd., 1976, FEB, RJ/RJ.


[3] Narração no livro “Lições de Sabedoria”, de Marlene Rossi Severino Nobre, Cap.  XV (Chico Xavier, ponte entre dois mundos), pg. 161/162, 1996, Ed. “Folha Espírita”, SP/SP.


[4] LIMA, Antônio, em Vida de Jesus, Cap. (Materializações), 1939, Ed. FEB, Rio/RJ.


[5] PIRES, J.Herculano, em Mediunidade - Vida e Comunicação, pg.33, 2.ed., 1979, EDICEL, SP/SP.


[6] AKSAKOF, Alexan­dre, em Animismo e Espiritismo, 3.ed., Cap. "Materialização e desmaterialização de objetos acessíveis aos nossos sentidos", p. 118-133, 1978, FEB, RJ/RJ.

 


 
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