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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 409 - 12 de Abril de 2015

WAGNER IDEALI 
wagner.ideali@terra.com.br
Guarulhos, SP (Brasil)

 


Kardec hoje: uma perspectiva atual do Codificador da Doutrina Espírita

“Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei.” - Kardec


Alguns companheiros sugerem que Kardec estaria desatualizado, devido ao turbilhão tecnológico existente atualmente, o contexto da tec
nologia moderna, novos costumes e as mudanças de paradigmas da nossa vida atual, bem como novas frentes espiritualistas da atualidade.

Mas muitos se esquecem de que os ensinos de Jesus têm mais de dois mil anos e continuam atuais como se Ele estivesse entre nós hoje.

Todas as religiões têm se deparado com a Mediunidade, mas nenhuma teve a ousadia de encará-la de frente e estudá-la. Estudar, não como coisas sobrenaturais, mas sim como algo natural e benéfico para o ser humano. Alguns companheiros espíritas procuram até mesmo negar a prática mediúnica. Parecem-nos um Moisés retornando com a proibição de falar com os Espíritos. Lembramos nosso querido Chico Xavier quando disse: “Pode ser até que Moisés tenha proibido os encarnados a falar com os Espíritos, mas duvido que ele consiga proibir os Espíritos de falar com os encarnados”.

Kardec na sua luta constante, perseverante, buscou explicações lógicas e racionais para o fenômeno mediúnico. Encontrou um mundo que se descortinou em sua frente. Não teve medo de nada, estudou, testou, analisou e, por fim, transcreveu todo esse manancial de informações e resultados numa Doutrina objetiva, com características de Ciência, filosofia e Religião.

Os ensinos passados pelos Espíritos para Kardec continuam atuais e consistentes. Nós precisamos, como os aprendizes do Evangelho de Jesus, ter a humildade de reconhecer a nossa inferioridade e abraçar o estudo mais profundo para, isso sim, complementar o que os Espíritos deixaram através do querido prof. Rivail.

Algumas mediunidades se tornaram quase extintas, no entanto, outras tomaram seu lugar.

Os conhecimentos científicos estão mais profundos, nos convocando a uma maior profundidade no estudo da Doutrina para que possamos entender as relações existentes entre essas descobertas científicas dentro dos ramos das Ciências biológicas, físicas e sociais e a própria Doutrina.

A base da Doutrina fundamentada no Amor, Caridade, Reencarnação, Comunicação Além-túmulo, reforma íntima e evolução, não tem o que mudar, mas sim precisamos entender como correlacionar essas verdades com o mundo de hoje, que se deixou levar para um materialismo cego e, em alguns casos, a uma religiosidade sem bases.

Necessário se faz que procuremos nos voltar mais para dentro do nosso íntimo, realizar as mudanças e continuar no estudo da mensagem deixada pelos Espíritos a Kardec, do que essa preocupação de mudança externa que em nada vai nos melhorar.

O Espiritismo está hoje em toda parte. As religiões pouco a pouco estão aceitando as ideias apresentadas pelo Espiritismo e incorporando seus postulados, ideias essas que no passado as mesmas religiões recusavam. Não estamos falando isso com o sentido de recriminar, pois não estamos em condições de recriminar qualquer religião ou pessoa, mas, sim, mostrando a evolução natural das coisas.

O maior bloqueio hoje para a aceitação dos ensinos dos Espíritos, através de Kardec, ainda é o orgulho e a presunção. Com a mudança da humanidade para um patamar de maior compreensão entre os homens, num mundo mais fraterno e participativo, as pessoas pouco a pouco poderão, talvez, não aceitar Kardec como aceitam os espíritas, mas passarão a ver nos seus princípios filosóficos, científicos e religiosos, algo a ser pensado e estudado.

A vida após a morte hoje é estudada por pessoas sérias e a comunicação com o Além não é mais questão de apresentação de circo.

Pouco a pouco sem perceber eles estão adentrando a doutrina espírita.

O importante não é fazer as religiões aceitarem os princípios espíritas, mas sim discutir esses princípios de forma imparcial. Assim sendo, são levadas a perceber a realidade espiritual, a evolução e a comunicação da espiritualidade com os encarnados, de forma natural.

Nós, espíritas, temos de nossa parte procurar conhecer a Doutrina, desenvolvendo a prática da leitura constante e buscando nas obras de Kardec um manancial de conhecimentos para que, acima de tudo, possamos nos conhecer melhor, conhecer o mundo à nossa volta, numa realidade maior que aquela que no passado fora ensinada de forma simplista por grupos religiosos, na tentativa de explicar a vida. Hoje sabemos que esses ensinamentos obtidos no passado serviram como base, estrutura, para que hoje pudéssemos entender algo maior e mais profundo.

Estudando Kardec poderemos melhor entender Jesus, mas viver Jesus ainda só é possível com a prática da Caridade, do amor, do perdão, da entrega de nós mesmos a algo maior que somente vamos perceber vivendo as palavras de Jesus. 


 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita