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Crônicas e Artigos

Ano 9 - N° 409 - 12 de Abril de 2015

MARCOS PAULO DE OLIVEIRA SANTOS
mpoliv@bol.com.br
Taguatinga, DF (Brasil)

 


Por que ler os clássicos?


Toda área do conhecimento humano tem um arcabouço teórico que lhe serve de sustentáculo; de base fundamental.

Isto posto, é forçoso considerar que todo aquele que almeja apreender, minimamente, um ramo do saber deve se apropriar da leitura básica dessa área.

Ora, não se pode devassar as complexidades da matemática sem antes conhecer as operações básicas; tampouco se pode ler um Homero sem antes ter a capacidade/habilidade da leitura em seus diversos níveis.

O mesmo ocorre em Doutrina Espírita.

Não se pode compreendê-la, sem antes ter passado por sua base fundamental.

Contudo, é bastante comum (e curioso) encontrarmos várias pessoas que se dizem espíritas, mas que nunca leram, ainda que superficialmente, todo o pentateuco Kardequiano.

Antes que se objete que o verdadeiro espírita é reconhecido por suas condutas (fato que não discordamos), é da orientação do Espírito da Verdade que devemos nos instruir e nos amarmos mutuamente. Afinal, a sabedoria e o amor são as duas asas que nos conduzirão ao Sempiterno.

Então, por que não se leem os clássicos?

O preclaro Codificador estabeleceu em O Livro dos Médiuns um método de estudos que, segundo ele, deveria se iniciar pela obra O que é o Espiritismo, que contém uma síntese doutrinária e a qual é possível compreender do que se trata essa área do conhecimento.

Posteriormente, O Livro dos Espíritos, que é a “coluna dorsal” de toda doutrina; “contém a doutrina completa, como a ditaram os próprios Espíritos, com toda a sua filosofia e todas as suas consequências morais. É a revelação do destino do homem, a iniciação no conhecimento da natureza dos Espíritos e nos mistérios da vida de além-túmulo. Quem o lê compreende que o Espiritismo objetiva um fim sério, que não constitui frívolo passatempo”;

O Livro dos Médiuns, que é um verdadeiro “tratado” sobre a mediunidade e um complemento da obra anterior;

O Evangelho segundo o Espiritismo que versa sobre as leis morais, calcadas nos ensinamentos do Mestre Jesus e nos bons Espíritos. É uma bússola para nossas vidas;

O Céu e o Inferno, que demonstra por meio de um exame crítico a justiça Divina, a lei de causa e efeito, entre outras magnas questões;

Por fim, há ainda, A Gênese, que assim como as demais, é um desdobramento da obra O Livro dos Espíritos e trata dos aspectos científicos da Criação, dentre outros assuntos.

Ora, somente esses volumes tomam demasiado tempo do estudioso e, a cada leitura feita, um aprendizado novo é adquirido; um ponto de vista criado ou renovado. De onde se segue que o clássico não pode ser menoscabado. O clássico só o é, porque sobrevive ao tempo; porque a cada nova leitura tem-se uma interpretação nova...

Além do pentateuco, há também o título Obras Póstumas, que veio à baila após a desencarnação do egrégio Codificador. E que também é obra de “fôlego”!

Após a leitura da base fundamental, o leitor poderá e deverá analisar/estudar qualquer outro material, porque já terá tido contato com a fonte primeira e, de posse dela, poderá passar tudo pelo crivo da razão; averiguar se há consonância com a base espírita ou se necessita de uma confirmação por meio do controle universal dos Espíritos...

O que tem ocorrido, infelizmente, são enxertos estranhos ao Espiritismo e que são considerados verdadeiros pelos confrades incautos. Isso decorre, naturalmente, de não se conhecer a base.

É por isso que, diante de tantas “novidades” esquisitas e que causam transtornos epistemológicos à nobre Doutrina, soa estranho para muitos mencionar a Série André Luiz; a Série Psicológica Joanna de Ângelis; citar um Emmanuel; falar sobre um Manoel Philomeno; Léon Denis, Zilda Gama, Yvonne A. Pereira, William Crookes, Alexandre Aksakof, Gabriel Delanne, Bezerra de Menezes, Hermínio C. Miranda...   

Ao espírita cônscio compete se apropriar da leitura dos clássicos. Eles servirão de embasamento teórico para estudos mais aprofundados em doutrina espírita; para forjar o conhecimento no espírita e este poder se posicionar diante de questionamentos, avanços científicos etc.

E aos neófitos, diante da vasta literatura que facilmente vem a lume e que é rotulada de “espírita”, fica a pergunta: por que ler os clássicos? 


 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita