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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 9 - N° 409 - 12 de Abril de 2015
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Trilhas da Libertação

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 16)

Continuamos a apresentar o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995.

Questões preliminares

A. Quando uma pessoa lesa outra, é preciso que alguém se lhe faça cobrador?  

Não. Esse é, por sinal, um equívoco que anima os chamados obsessores. Em verdade,  ninguém escapa da correção, quando erra. Mas não é necessário que outrem se lhe faça cobrador, tornando-se candidato, por sua vez, a futuras reparações. Cada qual imprime na consciência os próprios atos, e as Leis se encarregam de trabalhar a retificação dos incursos nos seus Estatutos. A vingança é algo, portanto, absolutamente desnecessário e, por isso, não previsto pela justiça divina. (Trilhas da Libertação. O caso Raulinda, pp. 128 e 129.) 

B. É um equívoco também pensar, como os obsessores, que seu perdão significa a liberação de quem os prejudicou? 

Claro que é um equívoco. O afastamento ou o perdão do obsessor não significa a liberação de quem o prejudicou, porquanto as consequências dos desequilíbrios permanecem e, de conformidade com a Lei, toda causa desencadeada produz um efeito equivalente. (Obra citada. O caso Raulinda, pp. 129 a 131.) 

C. No caso de Raulinda o benfeitor espiritual valeu-se do recurso da regressão de memória? 

Sim. Dr. Carneiro de Campos acercou-se dela e induziu-a às recordações, elucidando-a a respeito dos delitos perpetrados, assim como das futuras possibilidades de reabilitação. Embora as evocações fossem pessoais, Manoel P. de Miranda pôde acompanhar o desenrolar dos fatos mais graves, que culminaram no assassinato do esposo, por ela cometido. Incontinenti, ante a visão do sucedido, ela começou a apresentar sinais de desequilíbrio, que foram interceptados pelo Amigo experiente, que a exortou à mudança de atitude, explicando: “A recordação dos erros tem como finalidade despertar a consciência para o conveniente resgate. No passado de todos nós demoram-se muitas sombras perturbadoras, que o amor de Nosso Pai nos faculta diluir. Desse modo, despertados para a realidade dos objetivos da reencarnação, que têm caráter educativo, reparador, devemo-nos propor o dever de nos iluminarmos, auxiliando aqueles que deixamos tombados na retaguarda”. Após dizer isto, o Mentor envolveu-a em vibrações de equilíbrio. (Obra citada. O caso Raulinda, pp. 131 a 133.)

Texto para leitura 

61. Ninguém escapa da correção, quando erra – Em resposta ao doutrinador, o Espírito disse que quem merecia compaixão não era ele, mas Raulinda; ela é que era criminosa. “Eu estou recorrendo à justiça do desforço, a que têm direito todas as vítimas”, acrescentou o comunicante. Dr. Carneiro replicou: “Infelizmente, a palavra justiça é usada por muitos indivíduos de forma incorreta. Os criminosos assumem postura de inocência e clamam pelo seu nome; os perseguidores impiedosos e os vingadores desalmados recorrem-lhe ao apoio, desfigurando-a. A única justiça real, porém, é a que promana de Deus, que a inseriu nos códigos do amor, em igualdade de condições para todos...” – “Eu sou-lhe a vítima”, alegou o Espírito. “Não tenho direito a reivindicar justiça?” – “Certamente que sim –  respondeu o Mentor –, e a justiça lhe será feita, não por você, que se encontra cego da razão e, talvez, com responsabilidade também nos infelizes acontecimentos em que foi envolvido, mas pela Vida.” A Entidade informou, então, que ele havia amado aquela mulher com devoção, entregando-lhe a vida, e em troca ela ofereceu-lhe adultério, traição e homicídio. “Desconhecendo-lhe a pusilanimidade – prosseguiu o infeliz –, confiei, e fui traído miseravelmente pela desleal, que me substituía por outros no leito, inclusive pelos servos, que me censuravam às ocultas. Quando me dei conta e ela percebeu-me a desconfiança, antes que a desmascarasse, tramou e executou a minha morte, envenenando-me. Será que alguém pode avaliar o rio escaldante de lágrimas de dor e revolta que tenho vertido?” Dr. Carneiro disse-lhe não desconhecer seu sofrimento e explicou que era por isso que ali se encontrava, realizando uma tentativa de reverter seu caudaloso curso. “Até este momento –  lembrou o Mentor – , desde que você a reencontrou, tem-se-lhe transformado em algoz, lentamente dominando-lhe a área do discernimento e agindo diretamente no seu centro genésico, molestando-a, enfermando-a. Sabemos que ninguém escapa da correção, quando erra. Não é necessário, porém, que outrem se lhe faça cobrador, tornando-se candidato, por sua vez, a futuras reparações. Cada qual imprime na consciência os próprios atos, e as Leis se encarregam de trabalhar a retificação dos incursos nos seus Estatutos.” O comunicante, contudo, insistiu: “Jamais a perdoarei!...” Diante dessa assertiva, o doutrinador asseverou que não pode haver nada mais frustrante do que a sensação de perda que sucede ao ato da vingança. E indagou: “Já examinou a hipótese de haver sido corresponsável pelos funestos acontecimentos de que se diz vítima?” Como o Espírito não compreendesse a profundidade da pergunta, alegando que cumprira todos os seus deveres, inclusive os conjugais, dr. Carneiro acrescentou: “Refiro-me a sucessos anteriores a essa existência. Ninguém sofre imerecidamente. Não tinha ela o direito de ser instrumento de cobrança, de dor, para o amigo, como igualmente essa permissão de hoje não lhe é concedida”.  (O caso Raulinda, pp. 128 e 129.)

62. Toda causa desencadeada produz um efeito equivalente – Na sequência do diálogo, o perseguidor de Raulinda observou: “Não acredito que lhe devesse nada, porquanto a amava”, ao que o Mentor replicou: “O amigo usa o verbo amar como instrumento de autodefesa e de acusação. O verdadeiro amor encontra-se acima e além das conjunturas de tempo e lugar, sem nada exigir, nem condicionar. É provável que você a amasse, ou melhor dizendo, cobiçasse-lhe o corpo, a companhia, as sensações, que não são mais do que o desejo animalizado, herança do primitivismo...” (A conversação continuou por mais algum tempo. De um lado, o obsessor  informava que seu objetivo era maltratá-la, a pouco e pouco, conflitá-la e até mesmo levá-la à morte. De outro, o Mentor procurava demovê-lo dessas ideias, explicando que a morte não existe, mas que, matando-lhe o corpo, ela se depuraria e ele a perderia, ficando a sós, desestruturado. Por que não seguir, assim, a diretriz da Vida, libertando-se do ódio e deixando-a por conta de si mesma?) Dito isto, o dr. Carneiro valeu-se então de um último e decisivo argumento. “Quando ela despertar – disse-lhe ele –, e isso ocorrerá em breve, em relação a todos os erros praticados, empenhar-se-á por recuperar-se, e é provável que lhe distenda braços maternos acolhedores, a fim de que os sentimentos se refaçam e se sublimem no amor. Conceda-se tal oportunidade, pois dela você necessita.” Colhido de surpresa pelas perspectivas desenhadas nas frases finais, o Espírito inquiriu: “Renascer nos braços da assassina?” Respondeu o Mentor: “Não, da mulher que você diz que amou e que se converterá em mãe abnegada, mesmo padecendo os efeitos das dissipações que o organismo brevemente exteriorizará. Crucificada nas dores excruciantes que estabeleceu através da insensatez, buscará no filhinho querido o refúgio e o lenitivo para redimir-se.” (O doutrinador explicou  então que o afastamento dele não significava a liberação dela, porquanto as consequências dos desequilíbrios permaneceriam e é assim que funciona a Lei: toda causa desencadeada produz um efeito equivalente.) O Espírito, conturbado com a proposta, exclamou então: “Não sei, não sei! Estou aturdido, muito confuso. Nunca pensei num desfecho desta ordem. Não sei...” (O caso Raulinda, pp. 129 a 131.)

63. Em nosso passado demoram-se muitas sombras perturbadoras – Nesse momento, dr. Carneiro dirigiu a Miranda uma onda mental específica, e ele, juntamente com Fernando, acorreu a aplicar energias calmantes no comunicante, que foi acometido de forte emoção e pôs-se a chorar num misto de angústia e frustração. Prosseguindo com o concurso de aplicação de energias, ele acabou se asserenando, até que adormeceu, sendo retirado, para receber assistência especializada em lugar próprio. Raulinda retornou à consciência lúcida e percebeu o que houvera acontecido. Tentando recordar-se, vieram-lhe à mente alguns clichês das infelizes experiências passadas, identificando as causas dos seus atuais conflitos e sofrimentos. Dr. Carneiro acercou-se dela e induziu-a às recordações, elucidando-a a respeito dos delitos perpetrados, assim como das futuras possibilidades de reabilitação. Embora as evocações fossem pessoais, sintonizado com a sua onda mental Miranda pôde acompanhar o desenrolar dos fatos mais graves, que culminaram no assassinato do esposo. Incontinenti, ante a visão do sucedido, ela começou a apresentar sinais de desequilíbrio, que foram interceptados pelo Amigo experiente, que a exortou à mudança de atitude, explicando: “A recordação dos erros tem como finalidade despertar a consciência para o conveniente resgate. No passado de todos nós demoram-se muitas sombras perturbadoras, que o amor de Nosso Pai nos faculta diluir. Desse modo, despertados para a realidade dos objetivos da reencarnação, que têm caráter educativo, reparador, devemo-nos propor o dever de nos iluminarmos, auxiliando aqueles que deixamos tombados na retaguarda. Assim, à queixa contumaz, à rebeldia sistemática, sobreponhamos a paciência e a resignação com irrestrita confiança em Deus, reabilitando-nos diante de quem prejudicamos, a fim de sermos felizes”. Após dizer isto, o Mentor envolveu-a em vibrações de equilíbrio, enquanto convidou Fernando a trazer seu pupilo à psicofonia através de Francisco, prosseguindo o labor interrompido com o encerramento da sessão realizada poucas horas atrás. É que o amigo do Soberano das Trevas, após a comunicação e a ameaça de que iria pedir providências aos Gênios, não conseguiu evadir-se do recinto em razão das barreiras vibratórias, ali permanecendo, discretamente vigiado pelos assessores do irmão Vicente. Passando da revolta à agressividade, e gerando tumulto no campo vibratório em que permanecia ilhado, aguardou, então, o momento para novo diálogo, agora com maior profundidade. (O caso Raulinda, pp. 131 a 133.)

64. Davi é levado à reunião em estado espiritual deplorável – Médium sonambúlico, Leonardo era dotado de belas faculdades propiciatórias ao intercâmbio. De caráter nobre e sentimentos elevados, tornara-se espírita em plena adolescência, quando os fenômenos espirituais irromperam, levando-o a um período de contínuas perturbações, que foram confundidas, no princípio, como de natureza psicológica. Após ser medicado mais de uma vez, alguém, amigo da família, alvitrou a hipótese de tratar-se de distonia espiritual. Conduzido pela genitora àquele Núcleo Espírita e recebendo conveniente assistência através dos passes e da vinculação às atividades juvenis do Grupo, amainaram-se-lhe os distúrbios. Compreendendo o conteúdo da Doutrina, passou a frequentar as reuniões práticas, nas quais deu atendimento à mediunidade, educando-se e educando-a. Mais tarde, concluiu o curso de Odontologia e consorciou-se com Helena, jovem militante da Casa. Nessa oportunidade, contava ele 28 anos de idade e possuía já expressiva folha de serviços em favor dos sofredores. No momento em que Francisco dava passividade ao amigo dos Gênios, deu entrada no recinto o dr. Hermann Grass, trazendo adormecido, em estado espiritual deplorável, o médium Davi, que foi colocado entre os assistentes. O cérebro de Davi encontrava-se envolto por densa escuridão, decorrente dos pensamentos vitalizados nos últimos tempos, emanando vibrações de baixo teor. Da região genésica, como do estômago, do fígado e do baço, irradiavam-se, em ondas excêntricas, energias viscosas e enfermiças. O hábito dos alcoólicos, nas reuniões sociais e noutros momentos, já o vitimava pela dependência dos mesmos em instalação, apresentando os primeiros sintomas para uma futura cirrose hepática com atuais perturbações digestivas, altas taxas de colesterol, hipertensão arterial, apesar da juventude orgânica... Da área sexual também se exteriorizavam fluidos densos, carregados do magnetismo pernicioso deixado pelos parceiros encarnados, viciosos, e pelos Espíritos de igual psiquismo, que se mesclavam nas orgias elegantes a que o sensitivo se entregava. Apurando a observação, podia-se ver que as vesículas seminais se encontravam comprometidas, como resultado das vibrações que as estimulavam, e que das gônadas jorravam energias sutis de qualidade inferior, alimentadas pela mente de Davi e dos desencarnados que a ele se associavam durante o desdobrar das paixões sexuais. A próstata, em processo de aumento, denotava desarmonia celular, avançando para a futura neoplasia maligna... Adormecido, Davi produzia ruídos e espasmos, característicos dos distúrbios do comportamento psicológico que eram liberados, naquele período, demonstrando uma situação aflitiva.  (Guillaume e Gérard, pp. 134 a 136.) (Continua no próximo número.)



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita