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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 9 - N° 409 - 12 de Abril de 2015

 
 

 

Amigos para sempre

 

Carlos gostava muito de visitar sua tia Ana, irmã de sua mãe. Sentia um carinho especial pelo primo Vítor, de cinco anos.

Com oito anos, sentindo-se bem mais velho que o primo, Carlos tinha satisfação em brincar com Vitinho, como o chamava. No entanto, o garoto, apesar das atenções que recebia de Carlos, o tratava mal, brigava com ele, não o deixava pegar seus brinquedos e, quando muito irritado, até mandava Carlos embora, afirmando:

— Você é mau! Não gosto de você.    

Sua tia Ana, ao ver o comportamento do filho, abraçava Carlos e o consolava:

— Não ligue, Carlos! Vítor hoje não está muito bem. Está irritado com tudo!

— Não se preocupe, tia Ana, eu entendo. Vou para casa; mamãe já deve estar com o almoço pronto. Outra hora eu volto!... — dizia o menino chateado, mas compreensivo.
 

Geralmente ele não comentava com a mãe como era tratado por Vítor. Não queria deixá-la triste, afinal ele era o filho da sua irmã. Nesse dia, porém, Carlos chegou à casa muito triste. Sentou-se no sofá e, com a cabeça entre as mãos, pôs-se a chorar sentidamente.

A mãe ouviu o barulho da porta e, não vendo ninguém, foi até a sala. Encontrou o filho no sofá chorando muito e perguntou, abraçando-o:

— Carlos, meu filho, o que aconteceu? Por que está chorando assim?!...

Enxugando os olhos, ele disse:

— Mamãe, eu não sei por que Vítor me trata tão mal! Diz que eu sou mau e que não gosta de mim! Mas nunca fiz nada contra ele; ao contrário, gosto muito dele e sempre procuro

ajudá-lo. Levo doces e balas que ganho, eu o ensino a jogar bola, eu leio estórias para ele! Não sei por que me trata assim, como se eu fosse um inimigo!...

A mãe apertou o garoto junto ao peito e, enxugando-lhe os olhos, considerou:

— Carlos, meu filho, todos nós somos Espíritos que já vivemos muitas vezes, você sabe. Quando essas coisas que não sabemos explicar acontecem é sinal de que, no passado, em outra vida, tivemos problema de relacionamento.

— Como assim, mamãe? — indagou o menino arregalando os olhos.

— Suponha que eu tenha prejudicado você numa vida anterior. Você não iria confiar em mim, não é? Agora, ao me reencontrar nesta vida, você sentiria medo, como se soubesse que não poderia confiar em mim. Entendeu?

— Você acha, mamãe, que é assim que Vitinho me vê?!...

— Tudo leva a crer que sim, meu filho.

O garoto ficou pensativo, depois murmurou:

— Ah!... Mas eu gosto tanto dele, mamãe! Nunca faria nada contra ele.

— Eu sei, meu filho. Com certeza você mudou de atitude, arrependeu-se do que fez e passou a gostar dele. E ambos renasceram na mesma família para poderem se encontrar, agora fortalecendo os laços de afeto.

Carlos balançou a cabeça, mostrando ter entendido, depois perguntou:
 

— Mamãe, como eu faço para Vítor aprender a confiar em mim?

A mãe sorriu e explicou:

— Você quer agradá-lo, mostrar que realmente o estima, não é? Então, não tenha pressa. Continue a ajudá-lo em tudo que puder, tenha paciência com ele, mostre que gosta dele e, sobretudo, faça preces por ele, pedindo a Jesus que vocês possam se entender de verdade. Tudo isso vai passar, meu filho. Confie em Deus!

Então, no dia seguinte, Carlos foi novamente à casa do primo, tratando-o com muito carinho e até levou-lhe um jogo seu de que Vítor mais gostava e que ele ainda não aprendera a jogar.

— Eu trouxe meu jogo para você, Vitinho. É presente! E vou ensiná-lo a jogar, é fácil.

O pequeno sorriu e abriu a caixa, encantado. Sabia que era um brinquedo para crianças maiores e, talvez por isso, tinha tanta vontade de jogar, como o primo Carlos.

Assim, eles ficaram a manhã toda jogando e brincando. Antes de ir embora, Vítor se despediu do primo agradecendo:

— Adorei você vir à minha casa, Carlos! Obrigado pelo jogo. Você vem amanhã?

— Claro! Pode me esperar! — disse Carlos.
 

No outro dia, ele voltou e trouxe outra surpresa para Vítor: um pequeno trator de que o priminho gostava muito. E, assim, dia após dia, o relacionamento entre eles foi melhorando.

Certa tarde, eles saíram a passear. Carlos e Vitinho toparam com uma turma de garotos de briga. Um deles empurrou Carlos, que caiu e bateu a cabeça num muro.
 

— Socorro! Eles machucaram Carlos!... Mamãe! Titia!... Corram! — Vítor se pôs a gritar, assustado, ao ver o primo no chão.

Ouvindo os gritos do filho, Ana veio correndo e logo a mãe de Carlos apareceu, querendo saber o que tinha acontecido. Ao ver as duas mães, a turma correu. A mãe de Carlos ajoelhou-se no chão, assustada ao ver o filho caído e perguntou se ele estava machucado.

— Não se preocupe, mamãe. Bati a cabeça no muro, mas já estou bem.

Vítor, ainda apavorado, ajoelhou-se no chão e abraçou Carlos, contente por ver que ele não se machucara muito. Só a cabeça sangrava um pouco.

— Ah, Carlos, ainda bem que não foi nada. Fiquei com muito medo daqueles meninos e comecei a gritar. Quando viram mamãe e titia eles foram embora. Graças a Deus!

E, dizendo essas palavras, Vítor abraçou seu primo e disse em lágrimas:

— Eu gosto muito de você, Carlos. É em quem mais confio fora mamãe e papai!... Agora somos amigos para sempre!  

A mãe de Carlos trocou um olhar com o filho e eles se entenderam: tudo tinha passado. Vitinho e Carlos agora eram realmente amigos!...

MEIMEI 

(Recebida por Célia X. de Camargo, em 23/2/2015.) 


                                                 
                                                   
 


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