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Clássicos do Espiritismo
Ano 8 - N° 408 - 5 de Abril de 2015
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

Os mortos nos falam 

Padre François Brune 

(Parte 11) 

Damos continuidade ao estudo metódico e sequencial do livro Os mortos nos falam, de autoria do padre François Brune. Muito embora esta obra não seja, propriamente falando, um clássico espírita, trata-se de uma ótima contribuição que confirma um grande número de fenômenos relatados nos clássicos do Espiritismo que aqui estudamos. O estudo baseia-se na primeira edição em português desta obra, publicada pela Edicel em 1991.   

Questões preliminares 

A. Após a morte, o destino da pessoa está definido ou há oportunidade de mudança?

Tratando do assunto, padre François Brune é categórico: “Ninguém está definitivamente preso pela morte, contra ou a favor de Deus. Após a morte, tudo ainda é possível”. Segundo ele, abandonamos os catecismos, mas reencontramos as Escrituras. São Pedro, por exemplo, diz que Cristo, após sua morte, foi pregar até aos Espíritos em prisão, aos que foram incrédulos outrora. Ora, se o Cristo foi pregar aos mortos que eram incrédulos no momento de sua morte, sua pregação não teria qualquer sentido se não pudesse ter eficácia. (Os mortos nos falam, pág. 210.)

B. Descer aos Infernos é diferente de descer ao Inferno?

Sim. O termo “Infernos” não tem qualquer conotação de danação; trata-se simplesmente de “lugares inferiores”. Pierre Monnier confirma a validade  da pregação de Jesus  nos lugares inferiores, ao dizer à sua mãe: “Nos ‘Infernos’, ainda há tempo de se converter e escapar do Inferno (neste caso, no sentido de danação). Até depois da morte, o Evangelho é pregado aos culpados para arrancá-los do império do Mal, do Inferno”. Mais adiante, Pierre é ainda mais explícito: “Quando Pedro, o apóstolo, fala da missão de seu Mestre espiritual na morada dos mortos, não se trata de um mito, como argumentam alguns teólogos – argumentação gratuita que confunde a fé. Trata-se da visão gloriosa da Misericórdia de Deus para com os pecadores. Como Jesus despido da carne, nós também vamos até nossos irmãos desolados ou culpados para ensinar-lhes o Evangelho...” (Obra citada, pág. 210.)

C. A reencarnação pode ocorrer envolvendo famílias inteiras?

Sim. A reencarnação ocorre, às vezes, em famílias inteiras, ou quase. Pais que arrastaram seus filhos em sua infelicidade, pedem para reparar a falha dando à luz, novamente, os mesmos filhos. A posição de François Brune – favorável à doutrina da reencarnação – é, no entanto, bastante curiosa: ele não crê que, em relação às criaturas humanas, a reencarnação constitua uma regra. Ela seria, antes, uma medida adotada em caráter excepcional para casos determinados. (Obra citada, pp. 213 e 214.)

Texto para leitura

131. Neste ponto, assevera padre Brune, abandonamos o ensinamento habitual dos catecismos católicos romanos: “Ninguém está definitivamente preso pela morte, contra ou a favor de Deus. Após a morte, tudo ainda é possível”. Abandonamos os catecismos, mas reencontramos as Escrituras. São Pedro, por exemplo, diz que Cristo, após sua morte, foi pregar até aos Espíritos em prisão, aos que foram incrédulos outrora. Ora, se o Cristo foi pregar aos mortos que eram incrédulos no momento de sua morte, sua pregação não teria qualquer sentido se não pudesse ter eficácia. (P. 210)

132. Descer aos Infernos é diferente de descer ao Inferno. O termo “Infernos” não tem qualquer conotação de danação; trata-se simplesmente de “lugares inferiores”. Pierre Monnier confirma  a validade  da pregação de Jesus  nos lugares inferiores, ao dizer à sua mãe: “Nos ‘Infernos’, ainda há tempo de se converter e escapar do Inferno (neste caso, no sentido de danação). Até depois da morte, o Evangelho é pregado aos culpados para arrancá-los do império do Mal, do Inferno”. Mais adiante, Pierre é ainda mais explícito: “Quando Pedro, o apóstolo, fala da missão de seu Mestre espiritual na morada dos mortos, não se trata de um mito, como argumentam alguns teólogos – argumentação gratuita que confunde a fé. Trata-se da visão gloriosa da Misericórdia de Deus para com os pecadores. Como Jesus despido da carne, nós também – seus missionários celestes – vamos até nossos irmãos desolados ou culpados para ensinar-lhes o Evangelho...” (P. 210)

133. Capítulo VIII - A reencarnação: última provação da alma infeliz – Que acontece, então, aos falecidos que mais recusaram o Amor? Pierre Monnier afirma que Deus lhes concede uma segunda oportunidade e permite-lhes voltar à Terra. É a reencarnação. Muitos outros mensageiros afirmam a mesma coisa e padre Brune concorda com essa informação. (P. 213)

134. Segundo Pierre Monnier, a reencarnação ocorre, às vezes, com muito menor frequência do que alguns imaginam. Ela é muitas vezes aconselhada como sendo o meio mais rápido de realização da evolução espiritual, obrigatória para que se atinja a felicidade para a qual tendemos todos, e que só conheceremos na fusão com Deus. A reencarnação seria, no entanto, por assim dizer, sempre facultativa. Isto, na concepção do Espírito de Pierre Monnier. (P. 213)

135. A reencarnação ocorre, às vezes, em famílias inteiras, ou quase. Pais que arrastaram seus filhos em sua infelicidade, pedem para reparar a falha dando à luz, novamente, os mesmos filhos. (PP. 214 e 214)

136. A posição de François Brune – favorável à doutrina da reencarnação – é, no entanto, bastante curiosa: 1) ele não crê que, em relação às criaturas humanas, a reencarnação constitua uma regra. Ela seria, antes, uma medida adotada em caráter excepcional para casos determinados; 2) embora acredite nessa tese, não está convencido de que já tenhamos obtido provas absolutas da existência do fenômeno; 3) ele diz que, ao contrário do que sempre se fala, a doutrina da reencarnação era completamente desconhecida no Egito antigo, na Suméria, na Assíria, em Babilônia, entre os Vedas e os hebreus; 4) não considera argumentos válidos pró-reencarnação os episódios do Evangelho a respeito do cego de nascença e da vinda de Elias; 5) admite porém que no tempo do Cristo a doutrina começava a nascer, porquanto, segundo Flávio Josefo, os Fariseus acreditavam em suplícios eternos, destinados aos maus, e na reencarnação destinada aos bons, e, mais tarde, na Cabala, tal doutrina ocuparia um lugar importante; 6) ele afirma que, ao contrário do que alguns dizem, a Igreja jamais pregou a reencarnação, embora também nunca a tenha formalmente condenado. (PP. 214 a 216)

137. Quanto às vozes do Além, recebidas em fitas magnéticas, elas longe estão de solucionar o caso, porque, segundo a senhora Schäfer, têm sido recebidos por esse meio todos os tipos de opinião, desde: “claro, a reencarnação existe, todos passam por ela”, até: “mas é um absurdo, isto não existe!”, passando por: “não sei de nada”. (P. 217)

138. Padre Brune, depois de reconhecer que Albert Pauchard continua, mesmo no Além, cada vez mais convencido da realidade dessa doutrina, elabora uma série de considerações de natureza filosófica tendentes a mostrar que a reencarnação não seria, como alguns pensam, indispensável à compreensão das aparentes injustiças da existência e da lei do Karma. Aos que afirmam que uma só existência não basta para nossa evolução, padre Brune responde que os que dizem isto não compreendem que a vida continua no Além, onde também se pode perfeitamente progredir. (PP. 218 a 226)

139. Na sequência, ele disserta sobre o que significa efetivamente a reencarnação nas concepções do Ocidente e do Oriente. E afirma não considerar como prova da reencarnação a chamada memória extracerebral, em que crianças descrevem lugares, pessoas e fatos relacionados com uma vida anterior. “Tais lembranças são autênticas, eu admito”, diz padre Brune. “E também referem-se a vidas anteriores. Mas nada me obriga a crer que se trate da mesma pessoa.” (PP. 227 a 231)

140. Brune tende a resolver pela influência de Espíritos o que, na verdade, seriam reminiscências do passado, e procede do mesmo modo com relação aos gênios precoces, como Mozart e outros. (PP. 231 a 236. Ver também p. 239)

141. Capítulo IX - O retorno aos mundos da felicidade – Padre Brune abre este capítulo dizendo que o termo anjo tem sido mencionado por um grande número de mensageiros, para designar os falecidos mais evoluídos em condições de nos ajudar. Essa palavra não tem, pois, para eles, qualquer outro sentido; aliás, afirmam não terem conhecido no Além “anjos”, no sentido comum da palavra. Há mensageiros que dizem, no entanto, que existem seres espirituais que jamais viveram na Terra, nem em qualquer outro planeta, ou seja, jamais “encarnaram” no nível em que se situa nossa matéria, o que não implica dizer que não tenham um corpo. (N.R.: Esta última informação é rejeitada frontalmente pela Doutrina ensinada pelos Espíritos Superiores, que atestam ser a “encarnação”  absolutamente indispensável à evolução da alma.)  (P. 237)

142. Falando sobre o meio espiritual, Alain Tessier, morto em acidente de moto, diz que os não encarnados são muito mais numerosos do que os encarnados, ou seja, há mais mortos do que vivos. E eles nos influenciam muito. A influência dos “bons” equilibra a influência dos “maus”. (P. 238)

143. Padre Brune lembra que alguns acreditam que só podemos realizar descobertas científicas na Terra, quando as mesmas foram feitas no Além, o que explicaria o fato de uma mesma descoberta ser realizada, quase que simultaneamente, por equipes de pesquisadores completamente independentes. Essa ação se exerceria também nas obras de arte e na literatura. Assim, as inúmeras representações de um anjo soprando ao ouvido de um escritor inspirado não são tão ingênuas quanto geralmente parecem. (PP. 238 e 239)  (Continua na próxima semana.)



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita