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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 8 - N° 407 - 29 de Março de 2015
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Trilhas da Libertação

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 14)

Continuamos a apresentar o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995.

Questões preliminares

A. No plano espiritual existem Espíritos equivocados, ainda iludidos pelas reminiscências terrestres e preocupados com as querelas do corpo já diluído no túmulo?  

Sim. Segundo o dr. Carneiro de Campos, veem-se na esfera espiritual, a cada instante, Espíritos nas condições mencionadas que se negam à realidade na qual se encontram. Os Benfeitores espirituais, confiantes na ação do tempo, agem com eles pacientemente, amorosamente, sem aguardar resultados imediatos, impossíveis, obviamente, de serem atingidos. (Trilhas da Libertação. Reflexões Necessárias, pp. 114 e 115.)

B. Em que lugar na Crosta terrestre a equipe espiritual desfrutava do necessário repouso após os trabalhos realizados na Casa Espírita?

A sede terrestre para esse repouso, após os trabalhos na Sociedade Espírita, situava-se em bairro próximo da capital de X... Era o lar de uma afeiçoada trabalhadora da Doutrina Espírita, que cultivava o Evangelho e vivia-o intensamente. Chamava-se Ernestina. Dotada de caráter diamantino, trabalhava em uma empresa de grande porte, de onde retirava os recursos para a sua própria manutenção, auxiliando alguns familiares e os irmãos do Calvário com generosidade e júbilo. Contribuía em favor da divulgação do Espiritismo mediante o seu ensino, nos cursos ministrados na Sociedade que frequentava. Retirava, periodicamente, do seu tempo escasso, horas valiosas para visitar e confortar os enfermos, especialmente os internados na Colônia de hansenianos em cidade do interior do Estado, acompanhada por dois abnegados amigos, José e Ângelo, ambos dedicados à Causa do Bem. (Obra citada. Ensinamentos Preciosos, pp. 116 e 117.) 

C. A reencarnação é considerada por Manoel Philomeno de Miranda um teste severo para aprendizagem superior. Por quê? 

O motivo desse pensamento advém do fato de que a existência corpórea é assinalada por incontáveis riscos e desafios constantes, que a podem pôr a perder de um instante para outro. O véu carnal, que obscurece o discernimento da realidade maior, impede muitas vezes – se a pessoa não é afeiçoada à reflexão – que se adote o comportamento correto diante das inúmeras pressões que confundem a razão e o sentimento, gerando muitas dificuldades. Eis por que o hábito da meditação, da análise cuidadosa antes de determinadas decisões, senão de quase todas, tornam-se indispensáveis. Pensar duas vezes antes de agir, como assevera o refrão popular, é atitude de equilíbrio. (Obra citada. Ensinamentos Preciosos, pp. 118 e 119.)

Texto para leitura

53. A Sabedoria Divina jamais nos deixa sós – Diante dessas considerações, fica fácil entender a loucura avolumada na Terra, a falência dos padrões éticos e o anseio pelo retorno às manifestações primevas do ser. Raciocinando sobre os planos do Soberano Gênio das Trevas, tornavam-se lógicas as ocorrências que antes pareciam absurdas, quase impossíveis de acontecer. No momento em que a cultura atinge as suas mais altas expressões; quando a Ciência mais se aproxima de Deus, auxiliada pela Tecnologia, e o homem sonha com a possibilidade de detectar vida fora da Terra, igualmente campeiam a hediondez do comportamento agressivo; a excessiva miséria de centenas de milhões de pessoas, social e economicamente abandonadas à fome, às doenças, à morte prematura; o erotismo extravagante em generalização; a correria às drogas e aos excessos de toda natureza, tornando-se tudo isso um verdadeiro paradoxo da sociedade. Conhecendo tais planos, não é difícil compreender a luta ancestral, quase mitológica, entre o Bem e o Mal. Miranda diz que já observara a conduta de pessoas dedicadas ao Espiritualismo que, no entanto, se apresentam portadoras de ideias materialistas-utilitaristas, usando sempre a verruma, a acidez e a zombaria contra os seus confrades, por pensarem de forma diferente e não se lhes submeterem à presunção, aos caprichos, ao comando mental. Pugnando sempre contra, e atacando, descobrem erros em tudo e todos, apresentando-se com desfaçatez como defensores do que chamam a Verdade, somente eles possuindo visão e interpretação correta do pensamento que vitalizam e divulgam. Estariam tais pessoas a soldo psíquico dos manipuladores de obsessores? ou seriam alguns deles membros desses grupos, ora reencarnados? Sem qualquer censura a eles, alguns certamente sinceros na forma de se conduzirem, Miranda pergunta: Por que não concedem o direito aos demais de serem conforme lhes aprouver, enquanto eles seguiriam na sua maneira especial de entendimento? Existem, sem dúvida, muitas complexidades no processo da evolução, que se vão delineando e explicando lentamente, à medida que os Espíritos galgam degraus mais elevados. É por isso que as revelações se fazem gradativamente, dando cada uma tempo para que a anterior seja digerida pelas mentes e aplicada nos grupos sociais. A Sabedoria Divina, contudo, jamais deixou a criatura sem os promotores do progresso, que vêm arrancando o ser da ignorância para o conhecimento. (Reflexões Necessárias, pp. 111 a 113.)

54. Há muito que fazer por nosso próximo – Miranda afirma ser crescente o seu afeto a Allan Kardec, por haver ele facultado à mediunidade esclarecida elucidar o comportamento humano e permitir a penetração do entendimento no mundo espiritual. Graças ao Espiritismo, novos descortinos e constantes informações ajudam o ser humano a compreender a finalidade da sua existência na Terra e as metas que lhe cumpre alcançar através de contínuos testes e desafios. Percebendo-lhe as reflexões silenciosas, o dr. Carneiro de Campos enlaçou-lhe o ombro e disse: “Há muito por fazer em favor do nosso próximo, onde quer que se encontre. Aqueles que já despertamos para a compreensão da Vida, temos a tarefa de acordar os que se demoram adormecidos, sem lhes impor normas de conduta ou oferecer-lhes paisagens espirituais que ainda não podem penetrar. Se alguns pudessem conhecer a realidade que ora enfrentamos, enlouqueceriam de pavor, se suicidariam, tombariam na hebetação... O nosso dever induz-nos a ajudá-los a elevar-se, a pouco e pouco, identificando as finalidades existenciais e passando a vivê-las melhor”. Fazendo uma pausa oportuna, o Benfeitor continuou: “Em nossa esfera de ação encontramos, a cada instante, irmãos equivocados, iludidos pelas reminiscências terrestres, defendendo os interesses malsãos dos familiares e afetos, preocupados com as querelas do corpo já diluído no túmulo, negando-se à realidade na qual se encontram. Agimos com eles pacientemente, amorosamente, confiando no tempo. Ora, em relação aos encarnados, a questão faz-se mais complexa, exigindo-nos maior quota de compreensão e bondade. O anestésico da matéria, que bloqueia muitas percepções do Espírito, terá que ser vencido vagarosamente, evitando-se choques danosos ao equilíbrio mental e emocional dos indivíduos”. “Assim – concluiu o Mentor –, prossigamos confiantes, insistindo e perseverando, sem aguardar resultados imediatos, impossíveis de ser atingidos.” (Reflexões Necessárias, pp. 114 e 115.)

55. Um lar genuinamente espírita – A sede terrestre para nosso repouso após os trabalhos na Sociedade Espírita situava-se em bairro próximo da capital de X... Era o lar de uma afeiçoada trabalhadora da Doutrina Espírita, que cultivava o Evangelho e vivia-o intensamente. Não se havendo consorciado matrimonialmente, superou o clima de solidão tornando-se companheira dos que necessitavam de apoio e de amizade. Portadora de aguçada sensibilidade mediúnica, percebia a presença dos Espíritos, com os quais dialogava mentalmente. Dotada de caráter diamantino, trabalhava em uma empresa de grande porte, de onde retirava os recursos para a sua própria manutenção, auxiliando alguns familiares e os irmãos do Calvário com generosidade e júbilo. Contribuía em favor da divulgação do Espiritismo mediante o seu ensino, nos cursos ministrados na Sociedade que frequentava. Discreta, era severa no trajar e no comportar-se, inspirando simpatia e afeto. Retirava, periodicamente, do seu tempo escasso, horas valiosas para visitar e confortar os enfermos, especialmente os internados na Colônia de hansenianos em cidade do interior do Estado, acompanhada por dois abnegados amigos, José e Ângelo, também solteiros e dedicados à Causa do Bem. Aos domingos, à noite, alguns amigos e poucos convidados reuniam-se no seu lar, para estudo do Evangelho à luz do Espiritismo e vibrações intercessórias pelos sofredores. Nesses momentos, abnegados Instrutores desencarnados, que se lhe afeiçoaram, acorriam ao clima doméstico para auxiliar e conduzir, por inspiração, os temas postos em discussão. A sua mãezinha, em Espírito, recepcionava as Entidades, desde o cair da tarde, quando vinham participar do ágape espiritual. Respirava-se, ali, desse modo, uma psicosfera saturada de amor e de espiritualidade, rica de benefícios gerais. Por isso, o dr. Carneiro elegera o ninho doméstico de Ernestina para o repouso de sua equipe durante as atividades programadas. Quando Miranda e os demais ali chegaram, foram recebidos pela veneranda senhora Apolônia, a genitora da dona da casa, que lhes explicou ser aquela a data de aniversário da filha, que comemorava naquele dia o quinquagésimo ano de vida física. Convidados de ambos os planos estavam tranquilos, quando Ernestina, parcialmente desligada do corpo, e sua mãe penetraram na sala de refeições, onde se realizavam os labores dominicais dedicados ao Evangelho. (Ensinamentos Preciosos, pp. 116 e 117.)

56. É preciso pensar duas vezes antes de agir – Todos envolviam a aniversariante em vibrações de ternura, augurando-lhe felicidades durante as provas abençoadas no corpo físico. A reencarnação, lembra Miranda, é teste severo para aprendizagem superior, assinalada por incontáveis riscos e desafios constantes, que a podem pôr a perder de um para outro instante. O véu carnal, que obscurece o discernimento da realidade maior, impede muitas vezes – se a pessoa não é afeiçoada à reflexão – que se adote o comportamento correto diante das inúmeras pressões que confundem a razão e o sentimento, gerando muitas dificuldades. Eis por que o hábito da meditação, da análise cuidadosa antes de determinadas decisões, senão de quase todas, tornam-se indispensáveis. Pensar duas vezes antes de agir, como assevera o refrão popular, é atitude de equilíbrio. Miranda pensava nisso, quando deu entrada no recinto o venerando dr. Bezerra de Menezes, que viera atendendo ao especial convite que lhe encaminhara a senhora Apolônia. Após saudar a todos, o Benfeitor, a pedido da anfitriã, exorou ao Divino Mestre: “Senhor, Tu, que homenageaste os nubentes felizes durante as suas bodas em Caná, participa da nossa festa de ação de graças e enriquece-nos de paz. Agradecemos-Te os anos que se passaram, prósperos, para nossa querida Ernestina, ensejando-lhe crescimento espiritual, abnegação e iluminação da consciência. Sabemos como é áspera e difícil a ascensão, e quanto é inçado de escolhos o roteiro carnal. A cada momento, um novo encontro, ou um reencontro de consequências imprevisíveis, pode transformar-se em tormentoso desencontro. Ciladas são propostas por adversários inescrupulosos, e a sordidez das paixões, que ainda predominam em a natureza humana, gera dificuldades de difícil superação, tentando imobilizar aqueles que se afeiçoam ao bom combate. Vícios, que remanescem no comportamento, ressumam, arbitrariamente, e provocam desassossegos, constituindo-se inimigos severos do progresso. Interferências psíquicas negativas, que procedem da Erraticidade inferior, alteram a visão dos acontecimentos, propelindo a desventuras e insatisfações. No entanto, não faltam a inspiração contínua dos Mensageiros do Bem, os convites da Natureza à harmonia, a dádiva dos amigos afetuosos, a Tua ajuda serena! Graças a esses contributos, a Tua servidora alcança a metade de um século, no corpo físico, avançando sem ruído nem perturbação pela senda que palmilhaste. Ampara-a nos futuros cometimentos e defende-a do mal como e onde quer que se lhe apresente. Agradecemos-Te os júbilos desta hora, e, louvando-Te, entregamo-nos em Tuas mãos para a execução do programa da evolução a que nos convocaste”.  (Ensinamentos Preciosos, pp. 118 e 119.) (Continua no próximo número.)



 


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