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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 406 - 22 de Março de 2015

RICARDO ORESTES FORNI
iost@terra.com.br
Tupã, SP (Brasil)

 


Matar: até quando?
 

“O amor instaura a paz e irradia a confiança, promove a não violência e estabelece a fraternidade que une e solidariza os homens uns com os outros, anulando as distâncias e as suspeitas.” – Joanna de Ângelis


Infelizmente, transcorridos tantos milênios, estamos tão distantes dessa atitude. E para demonstrar essa realidade, damos notícia da reportagem trazida pela revista VEJA, edição 2401 de 26 de novembro de 2014, página 40: “Filactérios, a palavra de origem grega para tefilins, são tiras de couro que judeus religiosos usam enroladas nos braços e na cabeça para segurar caixinhas que contêm trechos do Antigo Testamento em que o exigente Deus de Israel demanda obediência. Ver os filactérios ensanguentados de um dos quatro rabinos assassinados numa sinagoga de Jerusalém foi uma das mais chocantes imagens do atentado da semana passada, pelo simbolismo que carrega. Os religiosos ultraortodoxos foram atacados a facadas, machadadas e tiros por dois primos palestinos...”

Até quando o ódio será substituído pelo amor no relacionamento com os semelhantes? Até quando o ser humano acreditará que matar é a melhor solução?

Quando o povo judeu chegou à Terra prometida cerca de mil anos antes dos romanos, executou todo ser vivo que encontrou, inclusive os animais. Nada escapou. Homens, mulheres, crianças, cada boi, cabra ovelha, tudo. Essa ordem consta em Deuteronômio, 20:17-18: “Quanto às cidades dessas pessoas que o Senhor vosso Deus vos está dando como herança, vós não deveis deixar nada que respire permaneça vivo. Vós aniquilareis todos eles – os hititas e os amorritas, os cananeus e os perizeus, os hivitas e os jebuseus; assim como o Senhor vosso Deus ordenou”.

Portanto, já naquela época distante, matar era a melhor solução segundo acreditavam.

Se recordarmos o que ordenou Moisés quando encontrou o povo adorando um bezerro de ouro assim que desceu do Monte Sinai onde fora receber as tábuas dos dez mandamentos, a ordem foi também a de matar. Quase três mil pessoas foram passadas a fio de espada! E isso quando um dos mandamentos dizia claramente: não matarás!

Durante os primeiros séculos de cristianismo, a solução foi a mesma: capturar e matar todos os cristãos.

Nas lamentáveis Cruzadas cujo pretexto era tomar os lugares denominados de Santos na posse dos considerados infiéis, matou-se à vontade.

Nas fogueiras da Inquisição, a mesma orientação era mantida: matar o semelhante que era torturado das mais diversas e cruéis maneiras e enviados para as fogueiras de então. Ordem dada pelos representantes do Cristo que ensinou a amar o semelhante como amamos a Deus. Mas, como não amamos o Criador como se deveria, mata-se. É mais fácil segundo o julgamento dos que assim procederam e continuam a agir.

Nos tempos atuais, o mesmo ritual de ódio prossegue. Matar é tão fácil como desembrulhar um presente. O difícil, senão o impossível para determinadas pessoas, é amar. E quando surge alguém com a capacidade de vivenciar esse amor incondicional pelo semelhante, corre sério risco de vida. Não foi assim com Mahatma Gandhi? Com Martin Luther King?

Não mataram Jesus? Pois então! O que custa matar um outro qualquer?

Isso sem entrarmos no mérito daqueles que assassinam as esperanças alheias à semelhança dos antigos sicários que passavam a lâmina oculta no pescoço de suas vítimas, e voltavam para a multidão gritando por socorro para aquele em quem acabara de desferir o golpe mortal.

Ensina Joanna de Ângelis que o amor é a grande lei da vida. É o amor que estabelece o critério de justiça com igualdade para todos, respondendo em reação conforme praticada a ação.

Eis a questão! Quando começam a surgir nas diversas partes do mundo a reação que corresponde à ação de cada pessoa como um mecanismo infalível da Justiça que não pode ser corrompida, busca-se, desesperadamente, o culpado fora da própria pessoa que praticou o delito, como se ela sempre tivesse sido um exemplo angelical de criatura.

Dia virá em que a ciência dos homens comprovará a existência do modelo organizador biológico sobre o qual tanto nos falou o doutor Hernani Guimarães Andrade. Nesse dia que pode estar próximo ou muito distante conforme o referencial utilizado, o homem terá a prova de que toda a sua ação, no Universo construído com o Amor incondicional, não fica perdida. Tudo é rigorosamente registrado para que se possa dar a cada um segundo as suas obras.

Até que isso venha a ocorrer, quantos crimes mais serão cometidos? Quantas vidas mais serão ceifadas sem trazer solução alguma ao assassino que apenas se encontrará mais e mais endividado consigo mesmo?

Solução? Muito simples. Simples?! Não sei. Cabe a você decidir. A receita é de Joanna de Ângelis. Ei-la: “Amorterapia – eis a proposta de Jesus. A ignorância deve ser combatida e o ignorante educado. O crime necessita ser eliminado, mas o criminoso merece ser reeducado. O amor não acusa, corrige; não atemoriza, ajuda; não pune, educa; não execra, edifica; não destrói, salva”.

A receita correta e de ótimos resultados é essa. A outra, a de matar, sempre será ineficaz para solução de qualquer problema que venhamos a enfrentar. Pelo contrário, além de não ser a solução, é, com a mais absoluta certeza, fator de complicação para quem dela lançar mão.

Não matarás! – tal é a Lei.
 


 


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