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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 8 - N° 405 - 15 de Março de 2015
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Trilhas da Libertação

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 12)

Continuamos a apresentar o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995.

Questões preliminares

A. É verdade que muitos inimigos do bem situados na erraticidade são antigos religiosos fracassados?

Sim. A respeito disso, o dr. Carneiro de Campos revelou: “Estes seres, que se extraviaram em diversas reencarnações, assumindo altíssimas responsabilidades negativas para eles mesmos, procedem, na sua maioria, de Doutrinas religiosas cujos nomes denegriram com as suas condutas relapsas, atividades escusas e cortes extravagantes, nas quais o luxo e os prazeres tinham primazia em detrimento dos rebanhos que diziam guardar, mas que somente exploravam, na razão do quanto os desprezavam.” (Trilhas da Libertação. Os Gênios das Trevas, pp. 95 a 97.)

B. Entre nós e os Espíritos inferiores é grande a permuta de energias?

Sim. Segundo o dr. Carneiro de Campos, o intercâmbio de energias psicofísicas entre os seres inferiores desencarnados e os homens é muito maior do que se imagina. Dezenas de milhões de criaturas de ambos os planos se encharcam de vitalidade, explorando-se umas às outras, mediante complexos processos de vampirização, simbiose, dependência, gerando uma psicosfera morbífica, aterradora. “Somente o despertar da consciência – afirma dr. Carneiro – logra interromper o comércio desastroso, no qual se exaurem os homens, e mais se decompõem moralmente os Espíritos.” (Obra citada. Os Gênios das Trevas, pp. 101 a 103.)

C. Que consequências podem resultar desse intercâmbio de energias?

As consequências são variadas. Enfermidades degenerativas do organismo físico, desequilíbrios mentais desesperadores, disfunções nervosas de alto porte, contendas, lutas, ódios, paixões asselvajadas, guerras e tiranias têm a sua geratriz nesses antros de hediondez, onde as Forças do Mal, em forma de novos Lucíferes da mitologia, pretendem opor-se a Deus e tomar-lhe o comando. É por isso que o ser humano dá preferência à sensação, em detrimento das emoções enobrecidas, jugulando-se à dependência do prazer, cristalizando as suas aspirações no gozo imediato e retendo-se nas faixas punitivas do processo evolutivo. Devido a esse comportamento, reencarna e desencarna por automatismo, sob lamentáveis condições de perturbação, perplexidade e interdependência psíquica. (Obra citada. Os Gênios das Trevas, pp. 101 a 103.)

Texto para leitura

45. Muitos inimigos do bem são antigos religiosos fracassados – Miranda e seus companheiros continuaram na Casa ao lado do irmão Vicente, mesmo quando as atividades no plano físico já estavam encerradas. O Mentor da Instituição sentia-se tranquilo quanto aos resultados da etapa de renovação iniciada naquela noite. “Conforme os nossos queridos visitantes perceberam – disse ele –, nossa Sociedade, graças à imprevidência de alguns companheiros encarnados, aos quais não culpamos, derrapava para a sintonia com Entidades perversas, que a si mesmas se intitulam Gênios das Trevas. Nesta reunião, que ora se encerrou, alguns Espíritos, subordinados à comunidade de infelizes que eles dirigem, aqui estiveram. Dando-se conta das novas diretrizes aplicadas, irão levar-lhes notícias e, certamente, ao primeiro ensejo, seremos visitados por alguns desses obsessores. O bom senso induz-nos a tomar certas providências, especialmente através de atendimento cuidadoso aos encarnados que se lhes vinculam mais diretamente. Recordo-me aqui do caro Davi que, por enquanto, elegeu a viagem mais difícil, dos irmãos Raulinda e Francisco, que atuaram mediunicamente, entre outros.” Havendo combinado visitar a jovem Raulinda dali a três horas, Miranda e seus amigos, enquanto esperavam o momento, fizeram um passeio pela orla marítima em cidade próxima. Fernando narrou então ter sido ele quem atraíra à reunião a Entidade que se comunicara por Francisco, em razão de vínculos pessoais que ambos mantiveram em existências passadas. “Além do interesse de esclarecê-lo espiritualmente – indagou Miranda –, há algum outro motivo que me possa informar, sem ruptura do sigilo em que se devem manter labores especiais como este?” O dr. Carneiro respondeu: “Ao convidar o caro Miranda para esta excursão de trabalho, não lhe quisemos detalhar o compromisso em tela porque muitas dificuldades estavam em pauta, aguardando solução. A fim de não deixá-lo ansioso, resolvemos esperar a ajuda divina para inteirá-lo depois, qual ocorre neste momento”. O Mentor fez breve pausa e continuou: “Oportunamente, ao ser liberado das Regiões infernais antigo comandante das forças do mal – que reencontrou em Jesus a porta estreita da salvação graças aos esforços sacrificiais e renúncias imensas de sua genitora –, aqueles que permaneceram no esquema da impiedade reuniram-se para tomar providências em conjunto contra o que denominam como os exércitos do Cordeiro, que detestam.” “Estes seres, que se extraviaram em diversas reencarnações, assumindo altíssimas responsabilidades negativas para eles mesmos, procedem, na sua maioria, de Doutrinas religiosas cujos nomes denegriram com as suas condutas relapsas, atividades escusas e cortes extravagantes, nas quais o luxo e os prazeres tinham primazia em detrimento dos rebanhos que diziam guardar, mas que somente exploravam, na razão do quanto os desprezavam.”  (Os Gênios das Trevas, pp. 95 a 97.)

46. Felizmente, tudo na vida marcha na direção de Deus – “Ateus e cínicos – continuou o Mentor –, galgavam os altos postos que desfrutavam mediante o suborno, o homicídio, as perversões sexuais, a politicagem sórdida, morrendo nos tronos das honras e glórias mentirosas, para logo enfrentarem a consciência humilhada e, sob tormentos inenarráveis, sintonizando com os sequazes que os aguardavam no Além, serem reconvocados aos postos de loucura, dispostos a enfrentar Jesus e Deus, que negam e dizem desprezar...” Dr. Carneiro esclareceu, na sequência, que as figuras mitológicas dos demônios e seus reinos, bem como os abismos infernais e seus torturadores de almas são relatos feitos inicialmente por pessoas que foram até ali conduzidas em desdobramento espiritual, por afinidade moral ou pelos Mentores, a fim de advertirem as criaturas da Terra. “Variando de denominação, cada grupamento, como ocorre na Terra, tem o seu chefe e se destina a uma finalidade coercitiva, reparadora”, disse o Mentor, informando que, periodicamente, tais chefes se reúnem e elegem um comandante a quem prestam obediência e submissão, concedendo-lhe regalias reais. Sandeus e absolutos, esses Espíritos anularam a consciência no mal e na força, tornando-se adversários voluntários da Luz e do Bem, que pretendem combater e destruir, não se dando conta de que tais cousas ocorrem, porque vivem em um planeta ainda inferior e em processo de desenvolvimento, onde os que o habitam são também atrasados e padecem limites, em trânsito do instinto para a razão. Apesar disso, luz, nesta época, o Consolador, e em toda parte doutrinas de amor e paz inauguram a Nova Idade na Terra, convidando o homem ao mergulho interior, ao rompimento dos grilhões da ignorância, à solidariedade e ao bem... “A ciência – observou dr. Carneiro –  dá as mãos à moral, e a filosofia redescobre a ética, para que a religião reate a criatura ao seu Criador em um holismo profundo de fé, conhecimento e caridade, numa síntese de sabedoria transcendental.” “Tudo marcha na direção de Deus, é inelutável. A Grande Causa, a Inteligência Suprema, é o fulcro para o qual convergem todos, mediante a vigorosa atração da Sua própria existência. As lutas de oposição desaparecem com relativa rapidez, rompendo-se as barricadas e trincheiras que se tornam inúteis. A trajetória do progresso é irrefreável. Só o Amor tem existência real e perene, lei que é da vida, por ser a própria Vida.” Dr. Carneiro calou-se novamente e, pouco depois, informou que na mencionada reunião ficou decidido que o novo substituto deveria ser impiedoso ao extremo e sem qualquer sensibilidade e que a escolha se faria um mês depois, em novo encontro. (Os Gênios das Trevas, pp. 97 a 99.)

47. Os sicários mais abjetos candidatam-se a Comandante – Naturalmente, em face do que fora deliberado, buscaram-se nas Trevas os sicários mais abjetos da Humanidade, que fossilizavam nos antros mais hediondos das regiões de sofrimento, de onde foram retirados temporariamente para apresentação de planos, sua avaliação e imediata votação. “Difícil imaginar – disse o Mentor – tais conciliábulos e consequente escrutínio para a eleição de um Chefe. Recordando as reuniões de antigos religiosos, ontem como hoje, cada representante se vestiu com as roupagens e características do seu poder, e, acolitados pelos subalternos, compareceram em massa, diversos deles conduzindo os seus candidatos para o pleito macabro e ridículo.” Mais de vinte algozes da sociedade apresentaram-se ao terrível parlamento. Uns encontravam-se hebetados em padecimentos que se autoimpuseram; outros pareciam desvairados, e um número menor, com fácies patibular e olhos miúdos, fuzilantes, chamaram mais a atenção dos governantes e da turbamulta alucinada que repletava as galerias daquele simulacro infeliz de tribunal. Nomes que fizeram tremer a Terra, no passado remoto como no mais recente, foram pronunciados, enquanto eles se apresentavam, ou eram trazidos. Muitos, em estado de loucura, foram apupados, embora seus defensores prometessem despertá-los e colocá-los lúcidos para o ministério que lhes seria delegado. A balbúrdia ensurdecedora interrompeu várias vezes as decisões. Os árbitros, porém, ameaçaram expulsar a malta, que foi atacada por mastins ferozes, até o momento em que assomou ao pódio um ser implacável, com postura temerária, passos lentos, coxeando, corpo balouçante com ginga primitiva, que, erguendo os braços para dominar o cenário, com facilidade o logrou, graças ao terror que expressava nos olhos fulminantes. “Tenho a honra – disse aquele que o conduzia – de apresentar o inexcedível conquistador que submeteu o mundo conhecido do seu tempo, na Ásia, e esteve na Terra, novamente, apenas uma vez mais. As suas façanhas ultrapassaram em muito outros dominadores, graças à sua absoluta indiferença pela vida e aos métodos que utilizava para a destruição da raça humana. Fundou o segundo império mongol, realizando guerras cruentas. A sua existência corporal transcorreu durante o século XIV, havendo renascido na Ásia Central, próximo a Samarcanda. Informando descender de Gengis Khan, aos cinquenta anos de idade alargou seus domínios do Eufrates à Índia, impondo-se ao Turquestão, Coraçã, Azerbajá, Curdistão, Afeganistão, Fars. Logo depois, invadiu a Rússia, a Índia, deixando um rastro de dezenas de milhares de cadáveres, somente em Delhi, às portas da cidade e nos seus arredores... Cruel até o excesso, realizou alguns trabalhos de valor na sua pátria, porém as suas memórias são feitas de atrocidade e horror, por cujas razões, ao desencarnar, mergulhou nas regiões abismais onde foi localizado, nas Trevas...” (Os Gênios das Trevas, pp. 99 a 101.)

48. É maior do que se imagina a permuta de energias entre nós e os Espíritos – O dr. Carneiro fez breve silêncio e depois prosseguiu: “À medida que a arenga apaixonada conquistava os eleitores triunfantes, o horror mais humilhava os presentes, que silenciaram diante do certamente vencedor hediondo. Encerrada a apresentação do candidato, foi ele aceito por quase todos os chefes e aclamado como o Soberano Gênio das Trevas, que se encarregaria de administrar os corretivos na humanidade, a qual ele propunha submeter e explorar”. Relatados os fatos verificados na assembleia, o Mentor lembrou aos companheiros que o intercâmbio de energias psicofísicas entre os seres inferiores desencarnados e os homens é muito maior do que se imagina. Dezenas de milhões de criaturas de ambos os planos se encharcam de vitalidade, explorando-se umas às outras, mediante complexos processos de vampirização, simbiose, dependência, gerando uma psicosfera morbífica, aterradora. “Somente o despertar da consciência – afirma dr. Carneiro – logra interromper o comércio desastroso, no qual se exaurem os homens, e mais se decompõem moralmente os Espíritos. Para sustentarem tão tirânica interdependência, são criados mecanismos e técnicas contínuas de degradação das pessoas, que espontaneamente se deixam consumir por afinidade com os seres exploradores, viciados, inclementes, amolentados secularmente na extravagante parasitose. Pululam, incontáveis, os casos dessa natureza. Enfermidades degenerativas do organismo físico, desequilíbrios mentais desesperadores, disfunções nervosas de alto porte, contendas, lutas, ódios, paixões asselvajadas, guerras e tiranias têm a sua geratriz nesses antros de hediondez, onde as Forças do Mal, em forma de novos Lucíferes da mitologia, pretendem opor-se a Deus e tomar-lhe o comando. Vão e inqualificável desvario este do ser humano inferior!” Esclarecendo que o homem marcha, na Terra, como nos círculos espirituais mais próximos, ignorando ou teimando ignorar a sua realidade de ser imortal, dr. Carneiro diz que é por isso que o ser humano dá preferência à sensação, em detrimento das emoções enobrecidas, jugulando-se à dependência do prazer, cristalizando as suas aspirações no gozo imediato e retendo-se nas faixas punitivas do processo evolutivo. Devido a esse comportamento, reencarna e desencarna por automatismo, sob lamentáveis condições de perturbação, perplexidade e interdependência psíquica. As obsessões se sucedem. O algoz de hoje, ao reencarnar, torna-se a vítima que, mais tarde, dá curso ao processo infeliz, até quando as Soberanas Leis interferem com decisão. As religiões, por sua vez, na maioria aferradas aos dogmas ultramontanos(1) preferem não descerrar a cortina da ignorância, mantendo os seus rebanhos submissos, em mecanismos de rude hipocrisia, desinteressadas do homem real, integral, espiritual. Sucede, também, que grande número dos condutores religiosos está vinculado aos sicários espirituais, que os mantêm em dependência psíquica e explorados, para que preservem o estado de coisas conforme se encontra. Eis o motivo por que, quando as doutrinas libertadoras se apresentam empunhando as tochas do discernimento, seus apologistas, divulgadores e realizadores são perseguidos, cumulados de aflições e tormentos, para que desistam, desanimem ou se submetam aos mentirosos padrões dos triunfos terrenos. (Os Gênios das Trevas, pp. 101 a 103.) (Continua no próximo número.)
 

(1) Ultramontano: partidário do ultramontanismo, doutrina e política dos católicos franceses (e outros) que buscavam inspiração e apoio além dos montes, i. e., na Cúria Romana; sistema dos que defendem a autoridade absoluta do Papa em matéria de fé e disciplina. 
 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita