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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 405 - 15 de Março de 2015

DIAMANTINO L. RODRIGUES DE BÁRTOLO
bartolo.profuniv@mail.pt
Venade - Caminha
,
 Viana do Castelo (Portugal)

 
 
 

Sal: fonte das relações pessoais


Ao longo de muitos séculos, o sal funcionou como moeda de troca, isto é, de pagamento de bens, qual valor precioso que comandava as relações comerciais entre pessoas, porque já então se lhe reconhecia, também, uma caraterística muito importante e indispensável, para o tempero das refeições (também designado por cloreto de sódio).

«O sal era, até ao início do século XX, um importante conservante alimentar. A tal ponto chegava a sua importância, que foi até mesmo usado como forma de pagamento no período romano, sendo esta a origem da palavra "salário". Por este motivo as explorações de sal chegaram a ter valor estratégico, inclusive tendo sido criadas vilas fortificadas para defender as salinas.

Historicamente a exploração de sal se realizava em salinas das zonas costeiras e dos mananciais de água salgada (que atravessam depósitos de sal no subsolo). Mais modernamente, os depósitos subterrâneos passaram a ser explorados através de minas, com isto as salinas de manancial foram perdendo importância e sendo abandonadas durante o século XX.» (Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Sal_de_cozinha, consultado em 09.06.2012.)

O Sal continua, nestes tempos modernos, a desempenhar um papel importantíssimo nos “temperos”, porém, em quantidades moderadas, sob pena de prejudicar a saúde individual e, por efeitos da cultura nacional, também a da população, de resto, sabe-se que em Portugal se abusa deste sal.

Mas o SAL a que o título desta reflexão se refere, e que está codificado numa sigla é, também, essencial à vida, porque sem a aplicação dos ingredientes que contém, a felicidade fica bem longe de cada pessoa; a relação entre os seres humanos depende, quase que exclusivamente, da combinação dos elementos que compõem este SAL maravilhoso.

A sociedade cada vez mais consumista (para quem pode, obviamente), mais materialista, nem sempre dá importância a certos constituintes que enriquecem a relação humana, que consolidam valores essenciais à vida da pessoa verdadeiramente afável, que contribuem decisivamente para a felicidade, qualquer que seja o conceito deste supremo valor, pelo qual se luta incansavelmente.

O SAL que aqui é trazido à reflexão, tal como outros elementos das diversas dimensões humanas, é um conjunto de valores, diga-se que um primeiro tripé que, a par de outros, ajuda a realização axiológica da pessoa profundamente sensível, a relação sadia, alegre e assertiva de cada um em particular e de todos os seres humanos em geral, de tal forma que, no conjunto, se alcança a dignidade da pessoa.

É impossível conseguir qualquer forma de satisfação, ao nível da realização humana mais elevada, sem que estejam devidamente assumidos, praticados e consolidados os ingredientes deste SAL da vida, porque se trata de um SAL muito especial, que não está à venda em nenhum estabelecimento comercial, que não se negocia e que, pelo contrário, ou se luta por ele e se aprimora e se entrega ao outro, nosso semelhante, ou nunca o viremos a possuir e a gozar dele.

O SAL a que se refere esta breve reflexão é composto por três elementos essenciais, insubstituíveis, invendíveis, para quem se quer muito bem, para quem deseja lutar por uma vida muito mais feliz, mais digna, mais elevada. Este SAL é a sigla de: “S” de Solidariedade; “A” de Amizade e “L” de Lealdade. Repare-se que a Amizade fica protegida, justamente no meio, pelos outros dois grandes valores – Solidariedade e Lealdade –, que só no ser humano se concretizam (ou não) conscientemente.

É já um lugar-comum, porém, infelizmente, com uma grande dose de verdade, dizer-se que se vive uma crise de valores, mais acentuada do que qualquer outra crise econômica e/ou financeira ou, ainda, de outra natureza. Muitas pessoas estão subalternizando valores próprios da dignidade humana, do relacionamento puro entre elas, colocando, em primeiro lugar, outros interesses, situações e objetivos.

Este SAL da vida digna, próprio de quem deseja ser pessoa de bem, começa a ser trocado, traído, ridicularizado, fortemente desvalorizado, para se atingirem fins menos consentâneos com a dignidade da pessoa virtuosa.

Por vezes, entregamos com entusiasmo, com sinceridade e esperança, os ingredientes deste maravilhoso SAL a pessoas em quem confiamos, a quem desejamos o melhor do mundo, mas nem sempre somos reconhecidos e, muito menos ainda, retribuídos por tais pessoas, porque estas, entretanto, optaram por outros valores, por outras pessoas, com atitudes e comportamentos casuísticos que, materialmente, até lhes são úteis, num dado período das suas vidas.

É bem provável que tais pessoas, que traíram aqueles que tudo lhes confiaram, um dia se sintam arrependidas (o que é um bom sentimento), que se autocondenem pela deslealdade que assumiram, pela negação da solidariedade a quem, em consciência e como pessoas de bem, estariam moral e eticamente, obrigadas, ou, pelo menos, gratas.

Por outro lado, a infelicidade, mais tarde ou mais cedo, poderá bater-lhes à “porta” e, aquelas pessoas a quem se tenham aliado, por meros interesses materialistas e casuísticos, já não estejam disponíveis para continuarem a ajudar, até porque, entretanto, aperceberam-se do oportunismo e do calculismo que comandou a aproximação daquelas, as atitudes e comportamentos “afáveis”.

As máscaras vão caindo e, no final, vão estar aquelas pessoas que ofereceram, justamente, o SAL da vida digna, com solidariedade, amizade e lealdade. Temos de preservar o SAL de quem é verdadeiramente nossa/o amiga/o e a estas pessoas não temos o direito de enganar, porque, de contrário, nem de nós próprios seremos dignos, e perderemos todo o respeito, toda a nobreza que nos seria devida, enquanto pessoas verdadeiramente humanas e de sentimentos puros, inegociáveis, intocáveis, supremos.


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