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O Espiritismo responde
Ano 8 - N° 404 - 8 de Março de 2015
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
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ESPIRITISMO SÉCULO XXI
 


 
O leitor Jorge da Silva Lima, de Portugal, em carta publicada anteriormente nesta revista, escreveu-nos o seguinte: 

Caros Amigos, saudações espíritas. Por favor, esclareçam-me. Pela pergunta 601 do L.E. ficamos com a ideia de que os animais, dentro das suas limitações e necessidades, evoluem paralelamente ao homem até aos mundos superiores. Mas depois, Kardec, na explicação a propósito da Metempsicose, diz o seguinte: Os dos mundos mais adiantados que o nosso constituem igualmente raças distintas apropriadas às necessidades desses mundos, dos quais são auxiliares, MAS QUE, DE MODO ALGUM, PROCEDEM DOS DA TERRA, ESPIRITUALMENTE FALANDO. Por esta explicação, fico com a ideia que cada mundo tem os seus animais próprios de acordo com o grau evolutivo desse mundo. Não há aqui uma contradição entre a pergunta 601 e esta explicação de Kardec?  

O leitor tem razão em suas dúvidas, mas, em verdade, a contradição mencionada é apenas aparente.

Vejamos, primeiramente, o que diz a questão 601 d´O Livro dos Espíritos:   

601. Os animais estão sujeitos, como o homem, a uma lei progressiva?

 “Sim; e daí vem que nos mundos superiores, onde os homens são mais adiantados, os animais também o são, dispondo de meios mais amplos de comunicação. São sempre, porém, inferiores ao homem e se lhe acham submetidos, tendo neles o homem servidores inteligentes.”

Da resposta dada pelos Espíritos superiores colhemos três importantes informações:

I - os animais estão sujeitos também a uma lei progressiva;

II - nos mundos superiores, os animais são mais adiantados do que os nossos;

III - lá, como em nosso orbe, são eles inferiores ao homem.

Vejamos agora os comentários feitos por Kardec, em nota aposta em seguida à questão 613, que, aliás, trata de outro tema, a metempsicose: 

"O ponto inicial do Espírito é uma dessas questões que se prendem à origem das coisas e de que Deus guarda o segredo. Dado não é ao homem conhecê-las de modo absoluto, nada mais lhe sendo possível a tal respeito do que fazer suposições, criar sistemas mais ou menos prováveis. Os próprios Espíritos longe estão de tudo saberem e, acerca do que não sabem, também podem ter opiniões pessoais mais ou menos sensatas.

É assim, por exemplo, que nem todos pensam da mesma forma quanto às relações existentes entre o homem e os animais.

Segundo uns, o Espírito não chega ao período humano senão depois de se haver elaborado e individualizado nos diversos graus dos seres inferiores da Criação.

Segundo outros, o Espírito do homem teria pertencido sempre à raça humana, sem passar pela fieira animal.

O primeiro desses sistemas apresenta a vantagem de assinar um alvo ao futuro dos animais, que formariam então os primeiros elos da cadeia dos seres pensantes.

O segundo é mais conforme à dignidade do homem e pode resumir-se da maneira seguinte:

As diferentes espécies de animais não procedem intelectualmente umas das outras, mediante progressão. Assim, o espírito da ostra não se torna sucessivamente o do peixe, do pássaro, do quadrúpede e do quadrúmano. Cada espécie constitui, física e moralmente, um tipo absoluto, cada um de cujos indivíduos haure na fonte universal a quantidade do princípio inteligente que lhe seja necessário, de acordo com a perfeição de seus órgãos e com o trabalho que tenha de executar nos fenômenos da Natureza, quantidade que ele, por sua morte, restitui ao reservatório donde a tirou. Os dos mundos mais adiantados que o nosso (ver nº 188) constituem igualmente raças distintas, apropriadas às necessidades desses mundos e ao grau de adiantamento dos homens, cujos auxiliares eles são, mas de modo nenhum procedem das da Terra, espiritualmente falando. Outro tanto não se dá com o homem. Do ponto de vista físico, este forma evidentemente um elo da cadeia dos seres vivos; porém, do ponto de vista moral, há, entre o animal e o homem, solução de continuidade. O homem possui, como propriedade sua, a alma ou Espírito, centelha divina que lhe confere o senso moral e um alcance intelectual de que carecem os animais e que é nele o ser principal, que preexiste e sobrevive ao corpo, conservando sua individualidade."

Do texto acima, de autoria pessoal de Kardec, não dos Espíritos, colhemos estas informações:

I - o ponto inicial do Espírito é uma dessas questões que o homem não pode ainda conhecer;

II - nem todos pensam da mesma forma quanto às relações existentes entre o homem e os animais;

III - segundo uns, o Espírito não chega ao período humano senão depois de se haver elaborado e individualizado nos diversos graus dos seres inferiores da Criação;

IV - segundo outros, o Espírito do homem teria pertencido sempre à raça humana, sem passar pela fieira animal.

Dos quatro tópicos acima, os três primeiros em nada contradizem as informações constantes da questão 601.

O que contraria a resposta dada à questão 601 é a ideia contida no tópico IV, segundo a qual não haveria relação alguma, no processo evolutivo, entre o Espírito do homem e os animais. Mas esse não era, já então, o pensamento de Kardec e dos Espíritos superiores que participaram da obra da codificação do Espiritismo.

Kardec apenas o mencionou, mas não o autenticou, visto que, como veremos, o codificador da doutrina espírita entendia que a  evolução anímica envolve necessariamente os seres inferiores da Criação, ou seja, o Espírito humano não chega a esse estado sem haver passado pelas experiências que o princípio espiritual colheu em sua passagem pelos diferentes reinos da Criação.

Esse entendimento, firmado inicialmente na questão 607-a d´O Livro dos Espíritos, está posto com toda a clareza nos textos adiante reproduzidos: 

607-a – Assim, poder-se-ia considerar a alma como tendo sido o princípio inteligente dos seres inferiores da Criação?

“Já não dissemos que tudo se encadeia na Natureza e tende para a unidade? É nesses seres, que estais longe de conhecer inteiramente, que o princípio inteligente se elabora, se individualiza pouco a pouco e se ensaia para vida. É, de certo modo, um trabalho preparatório, como o da germinação, por efeito do qual o princípio inteligente sofre uma transformação e se torna Espírito." (O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, questão 607-a.)

“O Espírito não chega a receber a iluminação divina, que lhe dá, simultaneamente com o livre-arbítrio e a consciência, a noção de seus altos destinos, sem haver passado pela série divinamente fatal dos seres inferiores, entre os quais se elabora lentamente a obra da sua individualização. Unicamente a datar do dia em que o Senhor lhe imprime na fronte o seu tipo augusto, o Espírito toma lugar no seio das humanidades." (A Gênese, de Allan Kardec, capítulo VI, item 19.)

“Na planta a inteligência dormita; no animal, sonha; só no homem acorda, conhece-se, possui-se e torna-se consciente; a partir daí, o progresso, de alguma sorte fatal nas formas inferiores da Natureza, só se pode realizar pelo acordo da vontade humana com as leis Eternas.” (O Problema do Ser, do Destino e da Dor, de Léon Denis, 1ª Parte, cap. IX – Evolução e finalidade da alma.)

“Se tivermos bem de vista os fatos retrocitados, a respeito dos selvagens, compreenderemos melhor a marcha ascendente do princípio pensante, a partir das mais rudimentares formas da animalidade, até atingir o máximo do seu desenvolvimento no homem. Os povos primitivos são vestígios que demonstram as fases do processo transformista, mas tais seres que nos parecem tão degradados são, ainda assim, superiores ao nosso ancestral da época quaternária, o que nos permite compreender que não existe diferença essencial entre a alma animal e a nossa. Os diversos graus observados nas manifestações inteligentes, à medida que remontamos à série dos seres animados, são correlativos ao desenvolvimento orgânico das formas.” (A Evolução Anímica, de Gabriel Delanne, págs. 70 e 71.)

"Estamos diante do órgão espiritual do ser humano, adeso à duplicata física (...) Todo o campo nervoso da criatura constitui a representação das potências perispiríticas, vagamente conquistadas pelo ser, através de milênios e milênios. (...) Através dele, sentimos os fenômenos exteriores segundo a nossa capacidade receptiva, que é determinada pela experiência; por isto, varia ele de criatura a criatura, em virtude da multiplicidade das posições na escala evolutiva. Nem os símios ou os antropoides, a caminho da ligação com o gênero humano, apresentam cérebros absolutamente iguais entre si. Cada individualidade revela-o consoante o progresso efetivo realizado. O selvagem apresenta um cérebro perispiritual com vibrações muito diversas das do órgão do pensamento no homem civilizado." (No Mundo Maior, de André Luiz, capítulo 4 – Estudando o Cérebro, páginas 57 e 58.)

“Com a Supervisão Celeste, o princípio inteligente gastou, desde os vírus e as bactérias das primeiras horas do protoplasma na Terra, mais ou menos quinze milhões de séculos, a fim de que pudesse, como ser pensante, embora em fase embrionária da razão, lançar as suas primeiras emissões de pensamento contínuo para os Espaços Cósmicos.” (Evolução em Dois Mundos, de André Luiz, capítulo III.) 

Concluindo estas considerações, não há por que duvidar da informação dada por Kardec de que os animais que habitam os mundos superiores não procedem, espiritualmente falando, dos animais existentes em nosso planeta. Conquanto não existam meios de provar tal assertiva, ela nos parece lógica e em nada fere o contido nas questões acima examinadas.


 


 
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