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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 403 - 1° de Março de 2015

RICARDO ORESTES FORNI
iost@terra.com.br
Tupã, SP (Brasil)

 
 
 

Prisioneiros da matéria


No exemplar da revista VEJA, edição 2400 de 19 de novembro de 2014, páginas 86 a 92, encontramos uma extensa reportagem noticiando mais uma incursão do ser humano na exploração do espaço sideral. O homem busca a conquista da incógnita do espaço que o desafia como um canto de sereia, na ânsia inconsciente de sair de si mesmo, porque é mais fácil “ir para fora” do que explorar o próprio interior, penetrar na própria intimidade. É mais fácil mergulhar nas profundezas escuras de oceanos e mares do que na própria escuridão. É mais confortável invadir os segredos das células do que bater na porta da própria realidade.

Vamos tomar uma afirmativa de Carl Sagan, eminente astrofísico americano, escritor e um dos maiores propagandistas da ciência, que assim se manifesta na mesma reportagem da revista: “Quem somos nós? Descobrimos que vivemos em um planeta insignificante de uma estrela banal perdida em uma galáxia aninhada em algum canto esquecido do universo onde existem muito mais galáxias do que pessoas”.

Estaria realmente o cientista interessado em saber quem somos nós? Creio que não, porque ao limitar a pergunta ao homem físico que termina com a morte, estamos impedidos de conhecer plenamente quem somos. Enquanto a morte for o limite do homem, esse mesmo homem permanecerá como um grande desconhecido que mente nenhuma conseguirá elucidar sobre a sua plenitude que transcende a realidade física.

A seguir, a reportagem da revista mencionada informa que uma sonda espacial de nome Rosetta, lançada em março de 2004 na Guiana Francesa, tinha como destino um cometa conhecido como 67P (hoje Chury), distante 583 milhões (!) de quilômetros da Terra, o que demandaria dez anos para ser alcançado, como realmente o foi. Objetivo desse tremendo esforço da inteligência humana: Encontrar sinais se lá haveria alguma substância parecida com a água de nosso planeta; algumas moléculas orgânicas no solo ou na atmosfera do Chury e coletar dados da estrutura, da composição química, do campo magnético e da fina atmosfera do nosso universo. Essas possíveis descobertas explicariam como a água e a vida teriam chegado ao nosso distante e insignificante planeta, como a ele se referiu Carl Sagan no trecho citado anteriormente. Além disso, poder-se-ia saber mais sobre a sopa de moléculas que formou o nosso sistema solar.

Pelo pouco mencionado resumidamente e que tem como alvo principal o descobrimento dos fatos materiais do Universo, a pergunta de Carl Sagan – “Quem somos nós?” – continuará sem resposta. Por mais que dissequemos o macrocosmo ou o microcosmo, estaremos sempre distante dessa resposta que está além do físico, muito além do último limite que pudesse existir nas imensidões inimagináveis do Universo e que pudesse ser vasculhado com os recursos materiais e intelectuais que nossos cientistas possam mobilizar.

Será que Joanna de Ângelis com a sua visão mais abrangente poderia socorrer o cientista esclarecendo sua dúvida sobre quem somos nós? Vejamos: O homem, na perspectiva da psicologia profunda, é um ser real, estruturalmente parafísico, revestido de corpo somático, que lhe permite o processo de construção de valores ético-morais e aquisições espirituais que o tornam pleno, quanto mais conquista e ascende na escala ascensional, com abandono das mazelas que lhe constituem embaraço ao progresso.

Eis aí a questão. O homem é um ser parafísico que se reveste de um corpo somático em seu caminho ascensional. Enquanto nos detivermos na apresentação do “envelope” carnal, não poderemos ler a “carta” que é o próprio Espírito imortal. Ora, quem não abre o envelope e não lê a carta, fica a fazer conjecturas do que poderia, ou não, ter sido escrito.

Gastamos tanta inteligência, sem mencionarmos os valores financeiros, para encontrar respostas para o “quem somos nós”, de onde viemos, o que podemos conquistar, mas não nos detemos um segundo sequer no para onde vamos nós após o cumprimento do calendário dos homens.

Será que toda essa sinfonia perfeita do Universo foi criada para um homem que só existe nesse pequenino planeta e vive apenas um lapso de tempo correspondente a uma “vírgula” quando comparado ao infinito?

Quem somos nós? Somente o saberemos quando resolvermos explorar com inteligência e sem preconceitos o universo infinito que cada ser humano carrega em si mesmo, ao invés de nos lançarmos ao espaço exterior, esquecendo-nos, consciente ou inconscientemente, do espaço interior dentro do qual cabe o infinito e a eternidade!
 



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita