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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 403 - 1° de Março de 2015

MARCOS PAULO DE OLIVEIRA SANTOS
marcospauloeducador@gmail.com

Taguatinga, DF (Brasil)

 
 
 

Carnaval: uma velha questão somada a velhos problemas

 
Não pretendo, nestes apontamentos, adotar uma postura iconoclasta sobre o fenômeno sociocultural: carnaval. Aliás, é da Doutrina Espírita não impor ou obrigar a nada. Pelo contrário, ela esclarece e respeita o alvedrio dos indivíduos.

Com esse compromisso de respeito à nobre Doutrina é que tecerei a seguir alguns comentários acerca do Carnaval.

Trata-se de um evento humano bastante antigo.

A palavra vem do latim carnem levare e denota “suspender a carne, porque logo depois dessa época começava a suspensão do consumo de carne à mesa”[1]. Além desta conduta, havia ainda a tentativa do controle dos prazeres mundanos.

Tais comportamentos eram reflexos da política da Igreja de aculturação das turbas.

Muito antes, porém, o carnaval, noutras culturas, era associado aos fenômenos climáticos e às deidades (especialmente, Baco e Dionísio). Consubstanciava-se na inversão de valores; na subversão dos papéis sociais; nas orgias.

Na esteira deste processo que a Igreja inculcou suas regras litúrgicas, uma vez que não via com bons olhos o descalabro que se desenrolava no bojo das sociedades. Assim, permitia um período de prazeres da matéria e, posteriormente, as severidades religiosas.

Sob a batuta da evolução e do contexto histórico de cada povo, o carnaval amalgamou-se conforme o cenário em que ele se encontrava até chegar aos dias atuais...

Não é a festa em si o problema, mas a conduta do indivíduo.

É verdade que ainda é possível ver raros cenários de folguedos, engajamento político, diversão por parte das pessoas. Entretanto, não podemos desconsiderar a psicosfera ambiente que é formada.

“Mergulhados nas mesmas energias em que todos se encharcam, em franca cadeia de interesses similares, toda a gente se mantém no mesmo caldo de nutrição psíquica. Assim, a boa intenção contrasta com a inutilidade e materialidade dos referidos interesses, não tendo então, o bem-intencionado, a inocência ou a escusa que a si mesmo se atribui.” (BRITO, 2004, p. 92.)

Na esteira desse conúbio psíquico devastador, as pessoas dão azo à sexolatria, ao consumo de drogas lícitas e ilícitas e, inconscientes de seus atos, celebram a loucura, a promiscuidade e a violência!

Passada a azáfama, na qual os indivíduos adentraram livremente (de semeadura livre), advém a colheita obrigatória; de cardos dolorosos.

Os dados dos órgãos públicos, pesquisadores, ONGs, entre outros, atestam o resultado da sandice: abortos incontáveis, mortes ou sequelas graves em decorrência dos acidentes de trânsito (frutos da embriaguez e da irresponsabilidade); os assassinatos; as agressões físicas; os estupros; as destruições das famílias; os adultérios; as doenças sexualmente transmissíveis; os vícios em decorrência das drogas; as loucuras...

Diante deste cenário dantesco e considerando que o fenômeno carnavalesco durará por muito tempo, sou caudatário de atividades mais edificantes, quais sejam, a leitura de um livro edificante, o convívio familiar (já tão difícil de efetivar no cotidiano), a visita a um abrigo para auxiliar o próximo, a doação de sangue, o plantio de uma árvore, o passeio para lugares idílicos e tranquilos, o descanso simplesmente, o ócio criativo!

Como dissemos no início, nada é imposto pela Doutrina Espírita, tampouco estou aqui para dizer o que é certo ou errado na conduta de qualquer pessoa. Ainda necessito aparar as minhas anfractuosidades, que já são muitas. Mas é imperioso considerar que os ensinamentos espíritas trazem em seu bojo luzes miríficas para que possamos trilhar com mais segurança a existência terrena.

Abaixo, compartilho com os leitores um vídeo do insigne Divaldo Pereira Franco, no qual ele tece comentários muito mais caudalosos do que o que foi apresentado aqui: http://www.youtube.com/watch?v=M8tqoDfHXjA

 

Referência:  

BRITO, Thereza de (Espírito). Vereda Familiar, psicografado por J. Raul Teixeira. 5ª ed., Niterói, RJ: Fráter, 2004.


 

[1] Disponível em <http://origemdapalavra.com.br/site/palavras/carnaval/>. Acesso em 23/02/2014.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita