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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 8 - N° 403 - 1° de Março de 2015
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Trilhas da Libertação

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 10)

Continuamos a apresentar o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995.

Questões preliminares

A. É correto dizer que com a liberação do animismo podemos chegar ao mediunismo?  

Sim. O animismo tem assustado muitos médiuns iniciantes e diversos aprendizes e estudiosos espíritas enfocam-no com tal frequência, que passaram a ter quase uma sistemática prevenção contra o fenômeno mediúnico, se este não for robusto, isto é, recheado de provas. Como efeito do exagero, belas florações mediúnicas em começo experimentam injustificáveis conflitos e passam a sofrer restrições, estiolando-as, nos iniciantes, ou bloqueando-lhes as possibilidades em desdobramento. O que poucos sabem, porém, é que com a liberação do animismo podemos também alcançar o mediunismo. (Trilhas da Libertação.Terapia desobsessiva, pp. 82 a 84.) 

B. Pode um Espírito desencarnado estimular manifestações anímicas em um médium?

Pode. Foi esse exatamente o caso da médium Raulinda. Segundo o dr. Carneiro de Campos,  as expressões anímicas de sua comunicação foram estimuladas pelo adversário desencarnado. Verificou-se então um fenômeno duplo – animismo e mediunismo – com prevalência e direcionamento do último sobre o primeiro. Afligindo-a, o perseguidor a deprimia, desarticulando-lhe os centros do equilíbrio e fazendo-a passar por portadora de histeria, a um passo de transtorno psicótico maníaco-depressivo, a caminho da autodestruição. (Obra citada. Terapia desobsessiva, pp. 84 e 85.)

C. Que advertência fez o doutrinador a um Espírito comunicante que insistia em vingar-se de um desafeto? 

O doutrinador lembrou ao Espírito que a única justiça invariável é a que procede de Deus, porquanto a justiça a que ele se referia é a da iniquidade, da vingança, da loucura, que colhe em suas malhas todo aquele que se desrespeitou e assumiu delitos perante a consciência. Chegará, no entanto, o momento do despertar e mesmo os Gênios das Trevas serão alcançados pelas vibrações de misericórdia do Pai e sairão da infinita desdita a que se entregam, alcançando, desse modo, a dignificação interior que os levará à paz, à felicidade e ao bem. Por fim, o doutrinador advertiu-o de que a vingança gera desforços futuros e aditou: “Quando passar o prazer, o gozo da cobrança, que sempre é de curto prazo, e você se encontrar vazio, desmotivado, já imaginou o caminho a percorrer, o tempo malbaratado, as complicações a resolver, os males a sanear?” “Ninguém foge indefinidamente à consciência nem às Leis da Vida.” (Obra citada. Terapia desobsessiva, pp. 86 e 87.)

Texto para leitura

37. O caso da médium vacilante – À mesa mediúnica, uma jovem frágil e pálida chamou a atenção de Miranda, que logo percebeu a dificuldade que ela apresentava para manter-se concentrada em ideias otimistas superiores. Aproximadamente com trinta anos de idade, assomavam-lhe do inconsciente atual os conflitos psicológicos que a atormentavam. Vivendo só, ansiava por amar e ser amada; no entanto sentia-se repelente, porque todos os rapazes que dela se aproximavam, após os primeiros contatos superficiais, afastavam-se rapidamente, deixando-a frustrada. Ao buscar o socorro do Espiritismo, sentira-se bem e, estudando a Doutrina e frequentando as reuniões, adquirira alguma consolação e crença. Passando a tomar parte nas tarefas de desobsessão, a convite do Sr. Almiro, ela não estava convencida de possuir qualquer faculdade e, embora quisesse acreditar nisso, titubeava na fé. Por duas ou três vezes fora acometida de incorporação psicofônica; todavia, porque ficasse consciente, temia que o fenômeno se apresentasse mais anímico do que mediúnico. Ao lado da jovem, se postava taciturno Espírito, com a face marcada pelo ódio, que a inspirava negativamente e exercia grande controle psíquico e emocional sobre ela, roubando-lhe mesmo energias do aparelho genésico, que se apresentava escuro, com manchas negras e obstruções vibratórias em vários dos seus órgãos. A Entidade perseguidora parecia haver bloqueado com sua mente atormentada canais e condutos internos, produzindo-lhe dificuldades orgânicas e, possivelmente, as cefalalgias que ela experimentava no período pré-menstrual. Isso talvez explicasse sua palidez e debilidade de forças... Destilando amargura e escarnecendo-a, o Espírito passou a controlar-lhe o centro coronário, o cerebral e o cardíaco, produzindo-lhe sudorese abundante e colapso periférico, seguidos de alteração respiratória. Além disso, comprimiu-lhe com força os ovários, como se desejasse estrangulá-los, e gargalhou, estentórico. (Terapia desobsessiva, pp. 80 e 81.)

38. Com a liberação do animismo, podemos chegar ao mediunismo – A paciente perdeu o controle e gritou, sendo logo dominada pelo sarcasmo que ele injetava em sua perseguição implacável. O episódio se assemelhava a uma crise de histeria, tais as reações físicas e emocionais apresentadas. A médium debatia-se atabalhoadamente e, embora emulada pelo doutrinador a manter o controle, toda vez que o invasor lhe comprimia a região, sensível e enferma, ela sentia dores e estrugia em gritos, que misturava a gargalhadas e quase convulsões nervosas. Pacientemente, o Sr. Almiro começou a doutrinar o perseguidor invisível, advertindo-o quanto à responsabilidade que assumia com aquela atitude e as demais de vingador constante, mas a palavra calma do doutrinador o excitava ainda mais à vingança, fazendo com que prosseguisse nas atitudes de desforço e maus tratos. Aplicando energias saudáveis na médium e fluidos dispersivos nos centros da fixação mediúnica, por entender que a terapia deveria ser de longo curso, o dirigente conseguiu interromper a psicofonia atormentada, enquanto o irmão Vicente induziu psiquicamente o obsessor ao afastamento da vítima. A jovem retornou, então, à normalidade sob a ajuda bondosa do diretor, enquanto recebia forças que lhe eram aplicadas por especialistas do Plano Espiritual. A região genésica, muito afetada, recebeu vibrações dispersivas para interceptar e destruir os bloqueios, ao tempo em que ondas vibratórias calmantes lhe foram aplicadas na área cardíaca, permitindo ao coração retomar o seu ritmo normal. De imediato, a médium começou a interrogar-se: “Teria sido uma crise histérica ou anímica? Seria um fenômeno mediúnico?” Dr. Carneiro informou: “Esta é a nossa Raulinda. Iremos estudar, no momento próprio, mais acuradamente, o seu problema. Por enquanto, basta-nos considerar o seu conflito psicológico sobre a autenticidade do fenômeno mediúnico por seu intermédio. Ela o aceita, quando se trata de outros intermediários. Todavia, o fantasma do animismo apavora-a”.  “O animismo – explicou o Mentor, aproveitando o ensejo – é hoje assunto muito comentado, quando as pessoas se referem às sessões mediúnicas. De tal forma, com as exceções naturais, veio a ser mais considerado que o fenômeno mediúnico. Diversos aprendizes e estudiosos espíritas enfocam-no com tal frequência, que passaram a ter quase uma sistemática prevenção contra o fenômeno mediúnico, se este não for robusto, isto é, recheado de provas, de autenticidade, como afirmam, como se nessa área fosse possível colocar-se barreiras, fronteiras delimitadoras entre uma e outra ocorrência. Como efeito do exagero, belas florações mediúnicas em começo experimentam injustificáveis conflitos e passam a sofrer restrições, estiolando-as, nos iniciantes, ou bloqueando-lhes as possibilidades em desdobramento. Em todas as áreas do comportamento humano o excesso é sempre prejudicial. Muita exigência produz parcos resultados. Certamente que não estimulamos a liberação dos conteúdos do inconsciente a pretexto de mediunidade. Porém, não estamos de acordo com as atitudes de castração do animismo, por cuja liberação também podemos alcançar o mediunismo.” (Terapia desobsessiva, pp. 82 a 84.)

39. Jesus é o nosso Condutor e o faz para nosso bem, não para a nossa aflição – Reportando-se ao caso Raulinda, dr. Carneiro explicou que as expressões anímicas de sua comunicação foram estimuladas pelo adversário desencarnado. Verificou-se então um fenômeno duplo – animismo e mediunismo – com prevalência e direcionamento do último sobre o primeiro. Afligindo-a, o perseguidor a deprimia, desarticulando-lhe os centros do equilíbrio e fazendo-a passar por portadora de histeria, a um passo de transtorno psicótico maníaco-depressivo, a caminho da autodestruição. “De bom alvitre, portanto, que, no início dos fenômenos de educação da mediunidade, os candidatos se precatem das ocorrências anímicas, não, porém, evitando as do intercâmbio espiritual”, acrescentou o Mentor. Nesse instante, Leonardo, dedicado médium daquele grupo espírita entregava-se à comunicação. Levando o sensitivo a contorcer-se, o comunicante desencarnado vociferou: “Até que enfim vocês o expulsaram daqui... Sem a proteção que ele aqui recebia, ser-nos-á fácil acabar-lhe com a presunção e o prestígio... Este era um dos nossos programas. Agora, estabeleceremos novas metas que levaremos de vencida... Estou, pessoalmente, feliz com o resultado do meu esforço, o que não indica encontrar-me ditoso com a teimosa interferência de vocês no reino dos mortos. Este lado de cá é nosso e não admitimos que homens da Terra nos venham perturbar...”. Inspirado por Vicente, o Sr. Almiro acercou-se do médium e respondeu, calmo: “Seria o caso então de dizer-lhe que este é o nosso lado, e não nos convém manter submissão ao amigo que está do outro, não lhe parece?” A Entidade respondeu: “Claro que não, porquanto é sabido que os mortos sempre conduziram os vivos”. O doutrinador concordou, mas observou: “Certamente, conduzir não é o mesmo que perturbar, injuriar, afligir, levar ao desespero. Jesus é o nosso Condutor e o faz para o nosso bem, jamais para a nossa aflição”. E, em seguida, acrescentou: “Ele é igualmente o seu condutor, que talvez você não perceba, por se haver extraviado, enquanto Ele prossegue insistindo em favor de sua recuperação e equilíbrio”. O comunicante afirmou não estar desequilibrado e se declarou consciente e livre. “Ajo, porque sei o que é mais favorável e benéfico para mim”, asseverou ele. “Tenho créditos que estão em pendência e desejo-os. Como o meu devedor tenta escapar-me à regularização do compromisso, sigo-lhe no encalço. O meu problema é com Davi, de início, e, por extensão, com os senhores... Felizmente, expulsaram-no daqui e fizeram bem.” (Terapia desobsessiva, pp. 84 e 85.)

40. A única justiça invariável é a que procede de Deus – O doutrinador ripostou-lhe dizendo que ele estava equivocado, pois ninguém expulsa ninguém da Casa do Senhor. Davi estava enfermo; no entanto, encontrava-se presente no carinho das preces e vibrações de saúde moral daquele grupo, qual se daria com ele mesmo a partir daquele instante. O perseguidor espiritual rebateu a afirmativa, aduzindo que, para ele, o importante é que Davi estava agora por sua própria conta e do seu triste dominador cirurgião, que, por sua vez, estava também muito comprometido com os Gênios... “Quando estes resolverem alcançá-lo – disse o Espírito –, ele retornará à cela de onde foi libertado. Ambos, o médico e o seu enfermeiro, são foragidos da justiça e nós somos os meirinhos, que os encontramos, podendo, não apenas notificá-los, mas também submetê-los à disciplina, à punição.” O Sr. Almiro argumentou que a única justiça invariável é a que procede de Deus, porquanto a justiça a que ele se referia é a da iniquidade, da vingança, da loucura, que colhe em suas malhas todo aquele que se desrespeitou e assumiu delitos perante a consciência. Chegará, no entanto, o momento do despertar e mesmo os Gênios das Trevas serão alcançados pelas vibrações de misericórdia do Pai e sairão da infinita desdita a que se entregam, alcançando, desse modo, a dignificação interior que os levará à paz, à felicidade e ao bem. “Isso, porém – acrescentou o Sr. Almiro –, não é importante agora. Você, sim, é o investimento da Vida, neste momento. Desperte e lute contra as paixões que o envilecem; torne-se forte, porém, contra as suas debilidades morais; faça-se senhor da própria vontade e não permaneça marionete movido por outras mãos ou perseguidor submetido a outros inditosos verdugos.” O Espírito rebateu com firmeza essa sugestão e indagou como podia ele atrever-se a dizer tais mentiras. O doutrinador, contudo, afirmou, de modo enfático: “Não sou eu quem lhas diz. A sua consciência é que situa as minhas palavras nos seus conflitos e necessidades imediatas. Desperte, pois, e viva. Reconsidere as atitudes e ocorrências. Será que perseguindo, você recupera o que perdeu?” O comunicante respondeu: “É claro que não! Porém, fruirei o prazer de haver-me vingado”. O Sr. Almiro advertiu-o, então, de que a vingança gera desforços futuros e aditou: “Quando passar o prazer, o gozo da cobrança, que sempre é de curto prazo, e você se encontrar vazio, desmotivado, já imaginou o caminho a percorrer, o tempo malbaratado, as complicações a resolver, os males a sanear?” “Agora, é o seu momento de liberdade. O dele virá depois. Ninguém foge indefinidamente à consciência nem às Leis da Vida.” (Terapia desobsessiva, pp. 86 e 87.) (Continua no próximo número.)
 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita