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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 8 - N° 402 - 22 de Fevereiro de 2015

 
 

 

Trabalhar e orar

 

Existiu certa vez um homem muito religioso que desejava servir ao Senhor com sua vida e suas atitudes. Assim, Tadeu mantinha-se livre de quaisquer atos menos dignos, respeitando o Senhor e desejando fazer o melhor ao seu próximo.
 

Na pequena propriedade, vivia ele longe de outros seres humanos, constantemente a orar, suplicando ao Senhor que o protegesse e ajudasse para que pudesse amar a toda a Natureza, os animais e as pessoas.

A família o abandonou por passar fome e não concordar com sua maneira de viver.

 

Ainda assim, com o pensamento sempre elevado ao Alto, Tadeu nada fazia de errado, sentindo-se intimamente junto de Jesus.

Certo dia apareceu no sítio um homem. Ao vê-lo de mãos postas, orando, aguardou que Tadeu terminasse. Quando ele abriu os olhos e viu o desconhecido, sorriu satisfeito:

— Ah, meu amigo! Certamente veio você atraído pelas minhas orações! O que deseja? Estou pronto a atendê-lo!

O visitante, que vestia roupas velhas e rasgadas, sentiu-se satisfeito com a recepção do dono e ponderou:

— Senhor, fui dono de muitas terras. Infelizmente, numa seca prolongada perdi tudo. Agora procuro serviço. Ao ver estas terras boas para o plantio, resolvi perguntar se poderia empregar-me para cultivar o solo, dando-me por pagamento uma pequena parte da colheita?

Tadeu pensou um pouco e respondeu:

— Não posso, meu irmão. O Senhor deu-me estas terras, o que agradeço todos os dias, porém quero devolvê-las como o Senhor as entregou.

Triste pela oportunidade perdida, o antigo lavrador foi embora.

Outro dia surgiu no sítio um rapaz todo animado. Ao ver um homem sentado na rede de olhos fechados, mãos postas, esperou que terminasse a oração. Ao abrir os olhos, Tadeu viu o estranho e quis saber o que desejava, e o jovem respondeu:

— Amigo, passava pela estrada e ao ver um belo tronco de árvore certamente derrubado por uma tempestade, vim pedir-lhe que me dê o tronco e eu farei uma bela peça de arte, que será exposta para que todos a vejam.

O proprietário balançou a cabeça, lamentando o acontecido:

— É verdade, irmão. Tivemos grande vendaval na região e a árvore, a mais bela no meu sítio, não resistiu e caiu ao solo. 

— Lamento amigo.

Após pensar um pouco, o sitiante considerou:

— Eu também. Todavia, quero conservar este tronco como está, para lembrar-me sempre da bela árvore à qual este tronco deu vida, galhos e flores.

Não valeram pedidos, súplicas e propostas. O dono do sítio não abriu mão do enorme tronco. Então, o rapaz despediu-se tristonho.

Após alguns dias, apareceu um homem que viu o pomar carregado de frutos, muitos dos quais já apodrecendo no solo, e pediu ao dono que lhe deixasse colher os frutos e vendê-los na feira, em troca de uma parte dos lucros. Mas o proprietário do sítio respondeu:

— Não posso, meu irmão. O Senhor me deu o sítio e preciso preservá-lo em tudo. Assim, os frutos caem e os passarinhos têm com que se alimentar.  

Dessa forma, o homem foi embora muito triste.

Assim Tadeu agia com tudo que existia no sítio, querendo conservá-lo como o Senhor o entregara, para devolvê-lo quando chegasse a hora.
 

Os anos se passaram. A propriedade agora estava toda destruída; a cerca caíra por falta de cuidados, as árvores frutíferas, sem cuidados, foram comidas pelas pragas; o belo tronco, que um dia fora elogiado, agora era apenas um velho tronco destruído pela ação da chuva e dos vermes. O solo, antes bom e produtivo, se cobria de pragas e de ervas daninhas. 
 

Quanto ao velho sitiante, continuava a orar, lamentando a destruição da sua propriedade, que fora tão bela.

Retornando ao Mundo Espiritual, muito triste, Tadeu viu um Espírito amigo e indagou:

— Por que o Senhor, que me entregou um sítio tão belo, retirou-me tudo o que recebi, transformando-o em algo inútil, apesar da minha devoção e das minhas orações constantes?

O Amigo Espiritual sorriu tristemente e esclareceu:

— Tadeu, meu irmão, a responsabilidade pela perda da propriedade é sua, e não do Senhor, infinitamente generoso. Debalde foram enviadas pessoas que pudessem ajudá-lo a trabalhar a terra, plantar sementes e dar bela colheita, rendendo muito, a seu próprio benefício e de quem batesse à sua porta. Até o belo tronco, que poderia ser linda obra de arte, da qual você também teria os benefícios, não aceitou as súplicas do artista que encaminhamos para ajudá-lo.

Cabisbaixo, Tadeu chorava, ainda sem entender onde errara:

— No entanto, tudo o que fiz foi com vontade de fazer o melhor! Pois não passei minha existência entregue ao serviço do Senhor através da oração?!...

— Realmente. Todavia, Tadeu, o Senhor não quer que seus filhos fiquem eternamente orando, mas que trabalhem para aprender, produzir, criar condições melhores para si e para seus irmãos em humanidade. Você nunca ajudou ninguém, quando poderia ter feito tanto pelo próximo! Será responsabilizado até pelas pessoas que passaram fome ao seu lado e que você não notou.

Triste, Tadeu de cabeça baixa ouvia. O Amigo encerrou dizendo:

— Jesus, nosso Amigo, legou-nos o maior de todos os ensinamentos: o Amor! Porque a fé, sem trabalho, nada significa. De agora em diante Tadeu, lembre-se: Trabalhar é orar!   

                                                     MEIMEI 

(Recebida por Célia X. de Camargo, em 17/11/2014.)


                                                 
                                                   
 


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