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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 8 - N° 400 - 8 de Fevereiro de 2015
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 


 

Trilhas da Libertação

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 7)

Continuamos a apresentar o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995.

Questões preliminares

A. São três as condições para que tenhamos saúde e paz. Quais são elas?

Adotar uma conduta correta, praticar o trabalho fraternal de socorro e buscar a educação pessoal, de modo que possa entender os fundamentos da vida e, assim transformado interiormente, contribuir em favor de uma sociedade mais justa e mais feliz – esse é o caminho que o indivíduo responsável deve seguir.

Somente quando o homem assumir suas culpas, delas reabilitando-se; suas responsabilidades, aplicando-as numa vivência correta; e sua consciência, agindo com equilíbrio, é que ocorrerá sua integração plena na vida com saúde e paz. Utilizando-se dos mecanismos escapistas a que se aferra e escamoteando o dever, apenas logrará adiar o enfrentamento dos problemas que gera e das dores que desencadeia. (Trilhas da Libertação. O desafio, pp. 56 e 57.)

B. De onde procedem, de verdade, nossas boas e más ações?

Nossas ações, boas ou más, procedem do nosso coração, entendendo aqui o coração como símbolo representativo dos sentimentos. “Se ele não se encontrar em harmonia, o lugar onde se esteja poderá criar condições para a paz, não, porém, para impedir os tormentos de quem os tem”, afirmou o dr. Carneiro de Campos. (Obra citada. Comprometimentos negativos, pp. 60 e 61.)

C. Há médiuns que pensam que seu sucesso material é sinal de apoio do Alto. Tal pensamento é correto ou isso não passa de um equívoco?

Infelizmente, é um mero equívoco. Foi o que ocorria com o médium Davi, personagem do livro em estudo. Ele acreditava que seu sucesso era um sinal de apoio do Alto, porque, do contrário, o êxito material não o acompanharia. Confundia, desse modo, ostentação com triunfo, esquecido de que triunfo é o que o homem consegue sobre si próprio e se manifesta como harmonia e equilíbrio emocional. (Obra citada. Comprometimentos negativos, pp. 62 a 64.)  

Texto para leitura

25. São três as condições para que tenhamos na vida saúde e paz – Vicente, após essas explicações, afirmou que as pessoas curadas, como ocorreu ao tempo de Jesus, prosseguem como antes, com raríssimas exceções, retornando quando adquirem novas mazelas e mandando outros enfermos, que se sucedem, em espetáculos lamentáveis. Não cuidam de remover as causas morais das suas doenças mediante a adoção de uma conduta correta, de um trabalho fraternal de socorro, de educação pessoal, de modo que possam entender os fundamentos da vida e, transformados interiormente, contribuam em favor de uma sociedade mais justa e mais feliz. Somente quando o homem  assumir suas culpas, delas reabilitando-se; suas responsabilidades, aplicando-as numa vivência correta; e sua consciência, agindo com equilíbrio, é que ocorrerá a sua integração plena na vida com saúde e paz. Utilizando-se dos mecanismos escapistas a que se aferra e escamoteando o dever, apenas logra adiar o enfrentamento dos problemas que gera e das dores que desencadeia. “Ninguém se evade indefinidamente da sua realidade”, asseverou Vicente, acrescentando: “Buscamos auxiliar estes labores que foram instalados em nossa Casa, à nossa revelia, porque os necessitados, embora ignorando os problemas reais que os tipificam, são credores de compaixão e amor, constituindo-nos oportunidade para treinarmos paciência e caridade. Acreditamos, porém, que, em face da conduta  do pobre médium, em breve teremos esses serviços interrompidos, quando então retornaremos às bases do compromisso que ficou esquecido”.  Miranda, que concordava com as observações do amigo, pensava nisso quando uma agitação infrene seguida de gritaria tomou conta do recinto. Tratava-se de uma senhora de parcos recursos econômicos, visivelmente mediunizada, em largo processo de obsessão, que fora trazida à força por vários homens. O suor lhes escorria em bátegas, traduzindo o esforço de que se viam objeto. A aturdida, desgrenhada, com os olhos  um tanto fora das órbitas, as mãos crispadas, a boca em rictos de crueldade, pálida e anêmica pela demorada vampirização que padecia, gargalhou, zombeteira, quando foi atirada na direção do dr. Hermann. “Eu o conheço, charlatão”, gritou  a Entidade incorporada, com voz estentórica. (O desafio, pp. 56 e 57.)

26. No confronto com o obsessor, o cirurgião se vê impotente – Os dois Espíritos –  o que subjugava a pobre mulher e o cirurgião-chefe –  viam-se um ao outro, sem necessidade do instrumento ocular dos médiuns. Dr. Hermann aplicou-lhe então ruidosa bofetada, desculpando-se ante a plateia: “Trata-se de um episódio histérico e este é o melhor recurso disponível no momento”. O obsessor, indiferente ao golpe que a sensitiva sofreu, sem o temer, voltou à carga, explodindo: “Venho desmascará-lo e demonstrar que você não tem força para afastar-me daqui. Eu o conheço. Por isso, impedi que a trouxessem antes, e ao aquiescer agora, resolvi enfrentá-lo... Vamos, expulse-me, se pode...” A situação era constrangedora. O médico, então, irritado, solicitou a uma das auxiliares que lhe trouxesse determinado medicamento com alta dose sonífera, e, amargando revolta, aplicou-o no músculo da enferma espiritual. Contava com resultado favorável, o que não aconteceu, porquanto o adversário blasonou: “Eu consigo neutralizar a ação da droga, e ela não ficará entorpecida”. Aturdido e sem nada poder fazer, o cirurgião impôs aos auxiliares: “Retirem essa louca daqui e mandem interná-la para sonoterapia. A sua alienação necessita de tratamento prolongado, o que não pode ser feito em tais circunstâncias neste local”. A mulher foi arrastada e conduzida para fora do recinto, enquanto o seu agressor espiritual gargalhava... Dr. Hermann, contudo, dando mostras de hábil histrião, passou a desviar a preocupação dos presentes, provocando riso e colocando o lamentável incidente em plano secundário. (O desafio, pp. 58 e 59.)

27. O verdadeiro templo é o coração, de onde procedem as boas e as más ações – Finda a sessão, Miranda interrogou o dr. Carneiro de Campos a respeito do incidente: “Por que o dr. Hermann não conseguiu silenciar e afastar do recinto o atormentado obsessor que o veio perturbar?” –  “Caro Miranda –  respondeu-lhe, sereno –  recordemos que o nosso médico, não obstante os seus respeitáveis títulos como hábil cirurgião e generoso trabalhador, ainda não adquiriu os requisitos honoráveis da humildade e do amor, que credenciam o ser com forças morais para tentames dessa natureza. Mencionemos que Jesus, após retirar o Espírito imundo que atazanava o jovem, cujo pai Lhe solicitara ajuda ao descer do Tabor, quando interrogado pelos discípulos sobre a razão pela qual Ele o lograra e não eles, obtemperou com bondade: –  Porque para esta classe de Espíritos são necessários jejum e oração, o que hoje traduzimos como conduta reta e comunhão com Deus em atos de enobrecimento. Não desconsideramos os valores que exornam o caráter do nosso amigo, todavia, a escada do progresso moral se caracteriza pela infinidade de degraus e patamares, nos quais se demoram todos aqueles que buscam a ascensão.” Miranda redarguiu: “Não estamos em um templo espírita, onde a presença do Bem, as vibrações da prece e as bênçãos da caridade geram uma psicosfera superior? Como se pôde adentrar nele o perturbador consciente?” O Benfeitor espiritual esclareceu: “O verdadeiro templo é o coração, de onde procedem as boas como as más ações, parafraseando Jesus. Entendamos aqui o coração como símbolo representativo dos sentimentos. Se ele não se encontrar em harmonia, o lugar onde se esteja poderá criar condições para a paz, não, porém, para impedir os tormentos de quem os tem. Vejamos: um paciente com várias ulcerações, ao adentrar-se em um hospital e demorar-se num recinto assepsiado, frui de bem-estar, sem dúvida, não se liberando, entretanto, das feridas que carrega. Assim, a Casa onde nos encontramos possui defesas e barreiras magnéticas de proteção, mas estas não impedem que os hospedeiros de obsessão carreguem os seus comensais e lhes atravessem as áreas guardadas... Sabemos que as fixações profundas nos centros mentais não são de fácil liberação. Isto posto, embora os invasores, como no caso em tela, logrem ultrapassá-las, sentem-lhes as constrições impeditivas, no entanto são arrastados pelo ímã psíquico das suas vítimas”. “Não seja, portanto, de estranhar esta como outras ocorrências semelhantes. O que podemos interceptar são as invasões dos assaltantes desencarnados, quando investem, a sós ou em grupos, sem o contributo da energia mental dos que lhes compartem os interesses no corpo físico.” (Comprometimentos negativos, pp. 60 e 61.)

28. Davi pensava que seu êxito material era um sinal de apoio do Alto – Dadas as explicações necessárias, dr. Carneiro aludiu, a seguir, aos problemas psíquicos e éticos gerados naquela Casa pelas atitudes do dr. Hermann, o que vinha tornando difícil a manutenção dos antigos níveis de harmonia vibratória, comuns na instituição antes das suas cirurgias. Foi por isso que, desafiado pelo agressor espiritual e ciente dos seus limites, sem a humilde necessária para a prece e a súplica a Deus com unção, ele fugiu para a atitude descaridosa, agressiva e infeliz que, pouco antes, todos presenciaram. Quando Davi e sua corte saíram do Centro, findos os trabalhos, os enfermos não atendidos tentaram alcançar o médium, suplicando-lhe socorro em total desvario, invertendo os objetivos da vida e esquecidos de Deus, enquanto ele, embora gentil, se desembaraçava dos que lhe pareciam cansativos e desagradáveis. Fora das defesas vibratórias da Casa encontrava-se uma turbamulta constituída de desencarnados de vários portes: doentes, perturbados, zombeteiros, escarnecedores e obsessores, em um pandemônio ensurdecedor, em que não faltavam blasfêmias, motejos e agressões. O tráfego na rua era igualmente confuso. As duas esferas da vida misturavam-se, sem que os encarnados se apercebessem da ocorrência, uns atropelando aos outros. Logo que o grupo atravessou as fronteiras de defesa espiritual, as Entidades assaltaram os descuidados, umas arremetendo acusações insensatas, outras utilizando-se de arengas e zombarias –  e Davi era o alvo preferido, embora seus aficionados não escapassem à sanha geral. Davi, porque dotado de maior sensibilidade, experimentou a psicosfera pestífera e, ao absorver os fluidos de um adversário que se lhe acercou, sentiu-se ligeiramente aturdido. Os amigos não lhe perceberam o palor da face, nem a sudorese viscosa que subitamente o dominaram. O fenômeno vinha ocorrendo amiúde e ele sabia que algo estava em desajuste. Contudo, a fascinação de que era objeto e a prosápia que passou a fazer parte de sua conduta não lhe permitiram reagir positivamente, conforme deveria fazer, seguindo a recomendação do Evangelho a respeito da vigilância e da oração. No silêncio que se fez no veículo, o médium começou a reflexionar, direcionado por antigo Benfeitor espiritual que o emulara à tarefa. Lúcido, ele sabia dos gravames que colocava no ministério, mas se sentia hipnotizado pelo luxo e prazer. Sua jornada fora rápida, desde o lar modesto à mansão onde agora residia. Seus negócios prosperavam, os investimentos davam lucros, todos, no entanto, ou quase todos eram frutos ácidos da simonia a que se entregava. Assim mesmo, acreditava que seu sucesso era um sinal de apoio do Alto, porque, do contrário, o êxito material não o acompanharia... Davi confundia, desse modo, ostentação com triunfo, esquecido de que triunfo é o que o homem consegue sobre si próprio e se manifesta como harmonia e equilíbrio emocional. (Comprometimentos negativos, pp. 62 a 64.) (Continua no próximo número.)


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita