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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 400 - 8 de Fevereiro de 2015

ALESSANDRO VIANA VIEIRA DE PAULA
vianapaula@uol.com.br
Itapetininga, SP(Brasil)

 
 
 

150 anos da obra
“O Céu e o Inferno”


O obra “O Céu e o Inferno ou A Justiça Divina segundo o Espiritismo” é o quarto livro do chamado “pentateuco de Kardec” (há cinco livros que compõem as chamadas “obras básicas da codificação espírita”) e foi lançado em Paris no mês de agosto de 1865, portanto, este ano, em que se comemoram os 150 anos de lançamento dessa obra, cabe aos espíritas a excelente oportunidade de estudar com profundidade as valiosas lições do livro em questão.

O livro, segundo o próprio Allan Kardec, contém “o exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual, as penas e as recompensas futuras, os anjos e os demônios, as penas eternas, etc., seguido de numerosos exemplos sobre a situação real da alma durante e após a morte”.

Anote-se que Allan Kardec dividiu pedagogicamente o livro em duas partes. A primeira enfrenta as questões relacionadas aos locais onde a alma ficaria após a morte e os assuntos correlatos, como anjos e demônios, as penas eternas e as penas futuras segundo o espiritismo, etc. A segunda parte traz a narrativa dos espíritos que se encontram em diversas situações no mundo espiritual, desde que aqueles que são felizes e outros que estão em sofrimento, arrependidos ou não.

Dessa forma, o livro aprofunda-se em questões primordiais, de cunho filosófico-religioso, porque responderá dúvidas milenares a respeito da morte e do que acontece logo após a sua ocorrência, demonstrando que os conceitos exarados pelas doutrinas judaico-cristã em torno do céu e do inferno e do destino da alma após a morte estão equivocados.

Vale a pena conferir a lógica exposta por Allan Kardec ao refutar os conceitos convencionais de céu, de inferno e de purgatório, bem como as ideias errôneas a respeito do demônio e de sua intervenção sobre as criaturas humanas.

O Espiritismo parte da premissa de que Deus é amor infinito e soberanamente justo, portanto, não poderia gerar um local de sofrimento eterno e não criaria espíritos em condições de privilégio, como, por exemplo, os anjos, os serafins, os querubins e os arcanjos.

Vamos entendendo que somos o autor do nosso destino e que fomos criados simples e ignorantes, de forma que todos, sem exceção, atingiremos a plenitude, sendo que poderemos retardar ou apressar esse estado evolutivo da alma, através dos acertos ou erros, e a reencarnação é o método pedagógico criado por Deus para permitir que essa fatalidade divina, a perfeição relativa, aconteça para todos.

Assim sendo, céu e inferno não são locais geográficos, mas são estados íntimos da alma, quer ela esteja no corpo ou fora dele.

Todo erro, por mais grave que seja, é passível de reparação, podendo o espírito, a partir do arrependimento, refazer seu caminho e prosseguir na estrada da evolução.

Imaginemos quanto consolo o Espiritismo oferta aos familiares de um suicida, de um criminoso contumaz, de uma pessoa com desvios morais, porque ensina que nenhum investimento de amor é perdido e que eles terão infinitas oportunidades de conquistarem a felicidade, sendo que as preces intercessoras serão valiosíssimas nesse processo de recuperação, por revigorar o ânimo deles.

Existe, sim, locais de sofrimento na erraticidade, mas são estados transitórios, porque os benfeitores espirituais lá estão trabalhando, socorrendo os espíritos arrependidos. Existe, também, locais de felicidade no além, destinados aos espíritos que aprenderam a amar e a servir ao próximo, mas eles não ficam lá reclusos, indiferentes ao sofrimento alheio, num estado de contemplação, mas agem em favor daqueles que ainda sofrem.

Certa feita, Chico Xavier foi questionado se o céu, conforme o conceito clássico, estaria cheio ou vazio, e ele respondeu que estaria vazio, porque os bons estariam ajudando no “inferno”. Vejamos que resposta sábia. Quem ama, jamais está parado, inativo.

Pode-se perguntar: Como é que nós, os espíritas, sabemos disso tudo? Através da abençoada mediunidade, porque são os próprios espíritos, que estão em sofrimento ou que já estão em condições melhores, que vêm nos contar a sua história pessoal, para nos servir de aprendizado.

Por essa razão, a 2ª parte do livro “O Céu e o Inferno” é belíssima, porque a narrativa dos espíritos, em diversas situações morais, vem dar credibilidade e veracidade a toda argumentação lógica exposta por Allan Kardec na 1ª parte da obra.

Os ensinos espíritas constantes nessa obra fazem-nos entender a morte e por que não devemos temê-la, bem como nos faz compreender a lição de Jesus exarada na frase: “A cada um será dado segundo as suas obras” (Mateus 16:27), não havendo privilégio concedido por Deus e/ou a eliminação de nossas faltas, pela confissão dos pecados ou pela oração intercessória, mas cabe a cada um de nós, espíritos imortais que somos, optarmos o quanto antes pelo caminho do bem, da verdade e do amor, a fim de que o “céu interior” surja em nós, pois o Reino de Deus está dentro de nós (Lucas 17:20-21).



 


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