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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 399 - 1° de Fevereiro de 2015

JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
Brasília, DF (Brasil)

 
 
 

O Sermão da Montanha e O Evangelho segundo o Espiritismo (Parte I)


O confrade Olenyr Teixeira, em sua palestra realizada em Campo Grande, MS, no dia 11 de abril de 2014, pelo 4º Congresso Espírita Brasileiro, apresentou-nos excelente pesquisa sobre a presença do Sermão da Montanha (cap. 5 do Evangelho de Mateus) n'O Evangelho segundo o Espiritismo (ESE).

Segundo informação do citado palestrante, o Sermão da Montanha está contido em 14 capítulos d'O Evangelho segundo o Espiritismo, diretamente citado. Nos demais capítulos, o Sermão é citado indiretamente. Vamos enfatizar, em três artigos, as citações diretas. São elas: capítulos 1, 5, 7, 8, 9, 10, 12, 13, 16, 17, 21, 24, 25 e 27 do ESE.

Esta pesquisa será dividida em três partes. Neste primeiro artigo, comentaremos os capítulos 1, 5, 7, 8 e 9 d'O Evangelho segundo o Espiritismo e sua relação com o Sermão da Montanha. São eles:

cap. 1: Não vim destruir a Lei;

cap. 5: Bem-aventurados os aflitos;

cap. 7: Bem-aventurados os pobres de espírito;

cap. 8: Bem-aventurados os que têm puro o coração; e

cap. 9: Bem-aventurados os que são brandos e pacíficos.

O capítulo primeiro d'O Evangelho segundo o Espiritismo (ESE) aborda a frase crística "Não vim destruir a Lei" (Mateus, 5:17). A Lei de Deus, entenda-se, pois as leis humanas foram o tempo todo alteradas por Jesus. Exemplo: "Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo [...]" (Mateus, 5: 21 e 22). Isso significa que até em nossas mínimas ações contrárias ao amor, Lei suprema de Deus, estaremos nos comprometendo moralmente, ante a própria consciência, juiz supremo da Divindade em cada um de nós.

A Lei de Deus está toda contida nos 10 Mandamentos, que Jesus sintetizou em dois: "amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo" (Mateus, 22:37 a 40). O cap. 5 do ESE - Bem-aventurados os aflitos corresponde ao vers. 4 do cap. 5, em Mateus: "Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados". Kardec explica que "somente na vida futura podem efetivar-se as compensações que Jesus promete aos aflitos da Terra. Sem a certeza do futuro, essas máximas seriam um contrassenso; mais ainda, seriam um engodo" (ESE, cap. 5, it. 3).

Ninguém precisa sofrer para ser feliz, sem haver uma causa justa. Portanto, o sofrimento é decorrente de nossas próprias faltas ante as Leis divinas. Se não ocorreram essas faltas na atual existência, elas por certo são decorrentes de existências passadas. Sofrendo sem revolta, com resignação e humildade, estamos nos preparando para ser consolados no Plano espiritual.

No cap. 7 do ESE, temos que são "bem-aventurados os pobres de espírito", repetição do vers. 3 do cap. 5 de Mateus, que complementa: "porque deles é o reino dos céus". Kardec explica que pobres de espírito aqui tem o significado de "humildes". Conclui o codificador o seguinte: "Dizendo que o Reino dos Céus é dos simples, quis Jesus significar que a ninguém é concedida entrada nesse Reino, sem a simplicidade de coração e humildade de espírito; que o ignorante possuidor dessas qualidades será preferido ao sábio que mais crê em si do que em Deus" (ESE, cap. 7, it. 2).

Sobre a pureza de coração, virtude abordada no cap. 8 do ESE, explica o codificador que ela "é inseparável da simplicidade e da humidade. Exclui toda ideia de egoísmo e de orgulho. Por isso é que Jesus toma a infância como emblema dessa pureza, do mesmo modo que a tomou como o da humildade". No versículo 8 do cap. 5 de Mateus, essa é a condição para ver Deus.

A brandura e a paciência são abordadas no cap. 9 do ESE: Bem-aventurados os que são brandos e pacíficos, que confirma o que disse Jesus no vers. 9, do cap. 5 de Mateus. Ser brando e pacífico não significa, porém, mostrar-se manso apenas quando nada nos irrite, ou ser amável na presença de alguém e maldosos, maledicentes em sua ausência. A brandura e a paciência devem ser exercitadas sempre, seja no lar, seja no trabalho e nos diferentes relacionamentos sociais.

Diz o Espírito Lázaro: "Não basta que dos lábios manem leite e mel. Se o coração de modo algum lhes está associado, só há hipocrisia. Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas nunca se desmente: é o mesmo, tanto em sociedade como na intimidade" (Id., it. 6). Os verdadeiros pacificadores, diz Jesus, "serão chamados filhos de Deus" (Mateus, 5:9), mas o Espírito Lázaro, no it. 6 do cap. 9 do ESE, após nos alertar sobre a suposta brandura dos hipócritas, conclui que "a Deus ninguém engana".

Concluímos esta primeira parte com o seguinte soneto de nossa inspiração:

 

Espírito & Matéria

 

Para vencer a força da matéria

Que nos impulsiona a fundo abismo

É necessário ter visão etérea

Na grande luta contra o atroz egoísmo.

 

É necessário transcender a Terra

No bom combate pelo Espiritismo

Das consequências do Materialismo

Que em vez da paz só nos fomenta a guerra.

 

É necessário acreditar no amor

À natureza, aos animais e humanos

Como criações de Deus, nosso Senhor,

 

Que com perfeitos traços soberanos

Criou a Terra e o espaço universal

Onde a matéria cede ao espiritual. 

Nos dois artigos seguintes, analisaremos os capítulos restantes.

 

Referências: 

KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Tradução de Guillon Ribeiro. 131 ed. (histórica). Brasília: FEB, 2013.

A BÍBLIA Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida. Rio de Janeiro: Sociedade Bíblica do Brasil, 1969.


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